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Magrebe
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Designando uma região do Noroeste de África, Magrebe é uma palavra árabe que significa "ocidente" ou "pôr do Sol", como o mencionavam os escritores árabes referindo-se à parte ocidental do mundo islâmico que se confinava ao norte de África e que depois se aplicou ao território situado a oeste de Tunes. Trata-se assim de um conjunto de territórios limitados no eixo norte-sul entre o mar Mediterrâneo e o deserto do Sara e no eixo oeste-leste entre o Atlântico e o golfo de Gabés. Desta vasta área fazem parte Marrocos, Argélia e Tunísia. O seu clima é muito quente e árido. Por isso, o Magrebe é pouco povoado, com exceção das planícies e das zonas próximas do mar.
Os problemas territoriais criados com a composição do Magrebe - três países: Marrocos, Argélia e Tunísia ou cinco: com a junção da Mauritânia e da Líbia - têm originado uma discussão acerca da constituição de um novo Estado, o Sara Ocidental ou a República Sarauí.
Marrocos encontra-se separado da Europa pelo estreito de Gibraltar, o que tem facilitado o contacto com Espanha, já desde o terceiro milénio antes da era cristã. Sabe-se também da presença dos fenícios, que ocorreu cerca do ano 1200 a. C., com a fundação de feitorias.
Região do Magrebe
Governado por reis indígenas, foi incluído no reino da Mauritânia em 25 a. C.. No ano 42 foi conquistado pelos romanos mas estes apenas conseguiram dominar a parte setentrional com o estabelecimento de colónias. O Governo romano foi ameaçado por sublevações de tribos berberes e tiveram que restringir (285) o seu território à região de Tânger, integrando-a na província da Bética.
Na época das invasões bárbaras, foi ocupado pelos vândalos em 429. No início do século VIII o território foi conquistado pelos árabes sob o comando de Muça ibn-Nasser. Durante o período medieval Marrocos esteve sob o governo do omíada de Cairuão mas a vontade de se tornar independente irá levá-lo à revolta. Como seja a dos carijitas, levada a cabo em 742. Foi depois conquistado e governado pelos almorávidas de 1054 a 1069.
O território foi de crucial importância para Portugal decorrente da política de reconquista iniciada durante o século XV e da tentativa de assegurar a hegemonia na costa atlântica marroquina. Foram tomadas as cidades de Ceuta (1415), de Alcácer Ceguer (1458), de Arzila e de Tânger (1471). Em 1578 Portugal sairia derrotado da batalha de Alcácer Quibir quando Marrocos era governado pela dinastia dos Sádidas.
Nos séculos XVIII e XIX Marrocos estreitou relações com a Europa, mas devido ao ataque da França a Argel viria a iniciar-se um período de hostilidades. A França voltará a ocupar Marrocos em 1900, preparando-se para partilhar o território com a Espanha e com a Inglaterra, no entanto a Alemanha intervêm declarando-se favorável à independência do sultão e defende os interesses da Alemanha. Na realização da convenção franco-alemã de 1909 procedeu-se à partilha económica. Em 1912 instaura-se o protetorado francês sobre Marrocos durante o qual se verificou uma expansão económica. A partir dos anos 30 a França esforçar-se-ia por alterar o estatuto de protetorado de modo a intervir diretamente na sua administração.
O Norte de África foi ocupado pelas forças aliadas em 1942 tendo o sultão Mohamed V de Marrocos obtido de Roosevelt a promessa de independência. A França, no entanto, reprimiu violentamente os tumultos e as reivindicações de independência. Acaba por deportar Mohammed V para a Córsega e o país vê-se mergulhado em terrorismo e violência. O sultão regressa ao país em 1955 e obtém o reconhecimento da independência pela França. É membro da liga árabe desde 1958 e na década de 60 dá-se a retirada definitiva das tropas francesas, espanholas e americanas.
O sucessor de Mohammed V foi Hassan II (1962), seu filho, que reinaria até à morte, em julho de 1999 (quem lhe sucede é seu filho Mohammed VI). Deu a Marrocos uma Constituição que contemplava o Parlamento bicameral, porém a monarquia manteria muitos privilégios (1962). Viu-se obrigado a reformular a Constituição por mais três vezes, a última das quais em 1992, em que se pretendeu alcançar uma maior democratização.
Anexou em 1976 o Sara espanhol e, posteriormente, teve de se defender dos ataques dos guerrilheiros sarauis, que também reivindicavam para si este território, no que é apoiado pela Argélia.
Em 1988, a Argélia, Marrocos e a Frente Polisário aceitavam o plano da ONU quanto à execução de um referendo para a independência do Sara Ocidental.
A criação da União do Magrebe Árabe em 1989 foi o início de melhores relações entre os estados do Magrebe.
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Porto Editora – Magrebe na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-23 04:16:31]. Disponível em
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