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Mandrake
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Série de banda desenhada, apareceu em tiras no diário New York American Journal, a 11 de junho de 1934, nos Estados Unidos da América (EUA), sob argumento de Lee Falk e desenho de Phil Davis. A 3 de fevereiro de 1935 começou a surgir também nas páginas dominicais, que têm a vantagem de apresentar uma página inteira (prancha) a cores.
Embora tenha surgido em 1934, na realidade Lee Falk já tinha idealizado a personagem dez anos antes, enquanto aluno na Universidade de Illinois, chegando a desenhar algumas tiras. Em 1934 apresentou uma proposta à agência de distribuição King Features Syndicate que, para sua surpresa, aceitou sem qualquer entrave Mandrake. Lee Falk confiou o desenho a Phil Davis, que deu forma à personagem até 1964.
Com a morte de Phil Davis em dezembro de 1964, Mandrake passou a ser desenhado por Fred Fredericks, sempre sob argumentos do fecundo Lee Falk, tendo antes Ray Moore auxiliado Phil Davis no desenho.
Capa de "Mandrake", uma edição em banda desenhada da Hitaqui-Editora, Lda
Mágico de brilhantina no cabelo e fino bigode, não dispensa o bastão, a cartola, a casaca escura de cerimónia e a capa espanhola sobre as costas, pelo que Mandrake está sempre impecavelmente pronto para dar "espetáculo" em qualquer situação, tanto na selva como na cidade. A magia, o ilusionismo e a hipnose são as suas armas de combate, sem esquecer o seu irresistível charme e educação junto das mulheres, que fazem dele um verdadeiro gentleman.
A sua origem é misteriosa, sabendo-se que teve formação dada por um mago tibetano em Xanadu, que lhe ensinou os segredos da magia.
Mandrake tem a ajuda do seu fiel Lotário, príncipe africano que não dispensa o fato de pele de leopardo e que tem um poderio físico que mete respeito a qualquer bandido. Há ainda Narda, uma princesa originária dos Balcãs, eterna noiva de Mandrake, que os acompanha em muitas aventuras, onde combatem perigosos bandidos.
Cobra é o seu principal inimigo, sendo líder de uma seita de magia negra, pelo que é o adversário que mais complicações coloca a Mandrake. Mas a sua férrea vontade de combater o crime e a injustiça, recorrendo à magia, ao seu poder hipnótico e a um humor muito refinado, leva sempre a melhor.
Durante algumas décadas especulou-se que a escolha do seu nome se inspirou na planta homónima, a mandrágora, que tinha propriedades mágicas segundo os antigos. Na realidade Lee Falk utilizou, em acordo com o próprio, o nome de Leon Mandrake, the Magician, que apresentou espetáculos de magia entre 1930 e 1985 nos EUA, e que assim desfrutou da grande popularidade da personagem de BD nas suas atuações. Este acordo secreto foi respeitado até à morte dos dois, Leon Mandrake (1993) e Lee Falk (1999).
Em 1939 a Columbia Pictures filmou 12 episódios de Mandrake para uma série televisiva, realizada por Sam Nelson e Nordman Deming, com Warren Hull (Mandrake), Doris Weston (Narda) e Al Kikume (Lotário).
Foram feitas tentativas para levar Mandrake de novo à televisão e ao grande ecrã, por nomes como Alain Resnais e Federico Fellini, mas infelizmente sem sucesso.
Em Portugal, a sua primeira aparição verificou-se nas páginas da revista Mundo de Aventuras (número 62, de 19 de outubro de 1950), seguindo-se Condor Popular, Ciclone, Coleção Tigre, Seleções, Jornal do Cuto (1972), O Grilo, Enciclopédia O Mosquito, entre outras publicações. A editora Hiquafi apresentou uma efémera revista Mandrake, tendo a série ainda aparecido na revista Heróis Inesquecíveis, entre 1997 e 1998, e no Jornal de Notícias.
Ao nível de álbuns, registo para um editado pela Agência Portuguesa de Revistas, dois da Coleção "Antologia da BD Clássica" da Editorial Futura e Mandrake & Fantasma, volume da Coleção "Os Clássicos da Banda Desenhada" da Panini Comics e Edições Devir, distribuído com o Correio da Manhã.
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Como referenciar
Porto Editora – Mandrake na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-15 07:09:49]. Disponível em

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