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Mangualde
Aspetos Geográficos
O concelho de Mangualde, do distrito de Viseu, localiza-se na Região Centro (NUT II) em Dão-Lafões (NUT III), ocupa uma área de 219,3 km2 e abrange 18 freguesias: Abrunhosa-a-Velha; Alcafache; Chãs de Tavares; Cunha Alta; Cunha Baixa; Espinho; Fornos de Maceira Dão; Freixiosa; Lobelhe do Mato; Mangualde; Mesquitela; Moimenta de Maceira Dão; Póvoa de Cervães; Quintela de Azurara; Santiago de Cassurrães; São João da Fresta; Travanca de Tavares e Várzea de Tavares.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 18 294 habitantes.
O natural ou habitante de Mangualde denomina-se mangualdense.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Penalva do Castelo, a oeste por Viseu, a este por Gouveia, no distrito da Guarda, a sul por Nelas e a nordeste por Fornos de Algodres (distrito da Guarda).
Possui um clima mediterrânico com feição continental, apresentando invernos frios e verões quentes e secos, destacando-se contudo situações microclimáticas.
A sua morfologia é caracterizada por uma cadeia de pequenas montanhas que percorrem o concelho de nascente, desde a Senhora do Bom Sucesso até à Senhora do Pranto, destacando-se como áreas de maior altitude o Alto de Vila Garcia (488 m), a Senhora do Castelo (629 m) e a Pedra da Loba (506 m).
Como recursos hídricos, possui o rio Mondego, o rio Dão e o rio de Ludares.
História e Monumentos
O povoamento de Mangualde começou na época castreja. A prová-lo está o castro do monte do Castelo, origem da terra de (A)Zurara, contudo, existem outros vestígios históricos dessa época, como a citânia da Raposeira e a anta da Cunha de Baixo, em Guimarães de Tavares, que levantam a hipótese de povoamentos anteriores.
As terras deste concelho sofreram também a ocupação dos Romanos e Mouros.
Foi-lhe outorgado o primeiro foral em 1102 pelo conde D. Henrique, posteriormente confirmado pelas ordenações afonsinas (Afonso III) e manuelinas (D. Manuel I), em 1514. Até fins do século XVIII, Mangualde teve a designação de Azurara da Beira. O nome Azurara provinha de um alcaide mouro, que teria esse nome.
A 23 de agosto de 1986, foi elevada à categoria de cidade.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se a Igreja Matriz, em cuja face externa se encontram embutidas as armas da família Cabral. Apesar das alterações que sofreu, mantém traços de origem românica do século XII, possuindo diversas siglas e cachorros historiados. Também digno de nota é o Solar dos Pais de Amaral ou Palácio de Anadia, construído nos fins do século XVII. É de referir ainda a Igreja da Misericórdia, que remonta ao século XVII e possui pinturas no teto da capela-mor e painéis de azulejos que revestem as paredes interiores do templo.
E, ainda, o Santuário de Nossa Senhora do Castelo, que possui uma escadaria com 212 degraus.
Tradições, Lendas e Curiosidades
Das manifestações populares e culturais do concelho são de destacar a Feira de Chãs de Tavares, no terceiro sábado do mês, a Feira de Mangualde, na segunda e quarta quinta-feira do mês; a Feira dos Santos, no primeiro fim de semana de novembro; a Feira de Santiago de Cassurrães, na primeira quinta-feira do mês; a festa de Nossa Senhora do Castelo, a 8 de setembro e a de Santo António dos Cavacos, a 13 de junho.
No artesanato, merecem referência os bordados de Tibaldinho, os tapetes de Arraiolos e a olaria.
Como personalidades, destacam-se Álvaro Gil Cabral, que habitou neste concelho e que seria o avô de Álvares Cabral, descobridor do Brasil, e combatente na batalha de Aljubarrota; e a escritora Ana e Castro Osório (1872-1935), também natural deste concelho.
Como curiosidade será de referir que a montagem do "2 cavalos" da Citröen fixou-se aqui em 1964, de onde saiu o último exemplar a 27 de julho de 1990, que atualmente se encontra no Museu da Citröen, em Paris.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, seguindo-se o setor secundário na área da indústria ligada à metalurgia, aos têxteis, à madeira e pedra.
No que respeita à atividade agrícola, destacam-se os cultivos de cereais para grão, leguminosas secas para grão, prados temporários e culturas forrageiras, batata, prados, pastagens permanentes e vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, coelhos e aves. Cerca de 43,4% (2286 ha) do seu território está coberto de floresta.
O concelho de Mangualde, do distrito de Viseu, localiza-se na Região Centro (NUT II) em Dão-Lafões (NUT III), ocupa uma área de 219,3 km2 e abrange 18 freguesias: Abrunhosa-a-Velha; Alcafache; Chãs de Tavares; Cunha Alta; Cunha Baixa; Espinho; Fornos de Maceira Dão; Freixiosa; Lobelhe do Mato; Mangualde; Mesquitela; Moimenta de Maceira Dão; Póvoa de Cervães; Quintela de Azurara; Santiago de Cassurrães; São João da Fresta; Travanca de Tavares e Várzea de Tavares.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 18 294 habitantes.
O natural ou habitante de Mangualde denomina-se mangualdense.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Penalva do Castelo, a oeste por Viseu, a este por Gouveia, no distrito da Guarda, a sul por Nelas e a nordeste por Fornos de Algodres (distrito da Guarda).
Possui um clima mediterrânico com feição continental, apresentando invernos frios e verões quentes e secos, destacando-se contudo situações microclimáticas.
A sua morfologia é caracterizada por uma cadeia de pequenas montanhas que percorrem o concelho de nascente, desde a Senhora do Bom Sucesso até à Senhora do Pranto, destacando-se como áreas de maior altitude o Alto de Vila Garcia (488 m), a Senhora do Castelo (629 m) e a Pedra da Loba (506 m).
Como recursos hídricos, possui o rio Mondego, o rio Dão e o rio de Ludares.
História e Monumentos
O povoamento de Mangualde começou na época castreja. A prová-lo está o castro do monte do Castelo, origem da terra de (A)Zurara, contudo, existem outros vestígios históricos dessa época, como a citânia da Raposeira e a anta da Cunha de Baixo, em Guimarães de Tavares, que levantam a hipótese de povoamentos anteriores.
As terras deste concelho sofreram também a ocupação dos Romanos e Mouros.
Foi-lhe outorgado o primeiro foral em 1102 pelo conde D. Henrique, posteriormente confirmado pelas ordenações afonsinas (Afonso III) e manuelinas (D. Manuel I), em 1514. Até fins do século XVIII, Mangualde teve a designação de Azurara da Beira. O nome Azurara provinha de um alcaide mouro, que teria esse nome.
A 23 de agosto de 1986, foi elevada à categoria de cidade.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se a Igreja Matriz, em cuja face externa se encontram embutidas as armas da família Cabral. Apesar das alterações que sofreu, mantém traços de origem românica do século XII, possuindo diversas siglas e cachorros historiados. Também digno de nota é o Solar dos Pais de Amaral ou Palácio de Anadia, construído nos fins do século XVII. É de referir ainda a Igreja da Misericórdia, que remonta ao século XVII e possui pinturas no teto da capela-mor e painéis de azulejos que revestem as paredes interiores do templo.
E, ainda, o Santuário de Nossa Senhora do Castelo, que possui uma escadaria com 212 degraus.
Das manifestações populares e culturais do concelho são de destacar a Feira de Chãs de Tavares, no terceiro sábado do mês, a Feira de Mangualde, na segunda e quarta quinta-feira do mês; a Feira dos Santos, no primeiro fim de semana de novembro; a Feira de Santiago de Cassurrães, na primeira quinta-feira do mês; a festa de Nossa Senhora do Castelo, a 8 de setembro e a de Santo António dos Cavacos, a 13 de junho.
No artesanato, merecem referência os bordados de Tibaldinho, os tapetes de Arraiolos e a olaria.
Como personalidades, destacam-se Álvaro Gil Cabral, que habitou neste concelho e que seria o avô de Álvares Cabral, descobridor do Brasil, e combatente na batalha de Aljubarrota; e a escritora Ana e Castro Osório (1872-1935), também natural deste concelho.
Como curiosidade será de referir que a montagem do "2 cavalos" da Citröen fixou-se aqui em 1964, de onde saiu o último exemplar a 27 de julho de 1990, que atualmente se encontra no Museu da Citröen, em Paris.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, seguindo-se o setor secundário na área da indústria ligada à metalurgia, aos têxteis, à madeira e pedra.
No que respeita à atividade agrícola, destacam-se os cultivos de cereais para grão, leguminosas secas para grão, prados temporários e culturas forrageiras, batata, prados, pastagens permanentes e vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, coelhos e aves. Cerca de 43,4% (2286 ha) do seu território está coberto de floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Mangualde na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-06 14:05:22]. Disponível em
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