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Manuel Baptista
O artista plástico Joaquim Manuel Guerreiro Batista nasceu em Faro em 1936. Chegou a Lisboa em 1957, para se licenciar em Pintura na ESBAL em 1962. De 1962 a 1963 é bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, e a partir de 1964 leciona na ESBAL, cargo que abandona em 1972.
Enquanto aluno, interessava-se já pelo abstracionismo e, efetivamente, os seus quadros abstratos eram inovadores no meio lisboeta, desde a técnica à conceção informalista. Batista cola sobre a tela pedaços de panos e de cordéis que pinta depois, obtendo formas em relevo.
Para definir a sua obra nada como a afirmação do crítico João Lima Pinharanda: "Esta disponibilidade [de Manuel Batista] para a glosa interminável dos seus temas ou para a retoma, em cada momento, de projetos antigos é suficiente para dar a entender a dificuldade ou quase inutilidade de estabelecimento de ciclos evolutivos no interior da sua obra".
De facto, na obra de Manuel Batista nota-se uma evolução plástica, mas sobretudo a capacidade de retomar temas, reorganizar projetos, reestruturar questões. Assim, para entender o seu trabalho mais recente, há que mergulhar no arquivo suspenso das suas formas, projetos, composições e desenhos.
Importará mais sublinhar que, dentro de uma obra que se destaca tanto da figuração como da abstração, colocando a tónica num fazer, num processo que se alimenta a si mesmo, o artista partiu de nódulos de sensações auditivas e tácteis, visuais, também, como os muros algarvios ou as esteiras que tanto o marcaram na sua infância. As idas ao alfaiate fascinavam no com aquele tecido todo de uma cor, marcado a giz, como uma forma que um corpo iria animar. A superfície rugosa e acidentada da cal conduziu-o à primeira experiência de tela rasgada, à constituição de telas brancas só com recortes de tecidos. O artista tem a expressão certa para este seu aspeto da obra: são "relevos monocromáticos".
Enquanto aluno, interessava-se já pelo abstracionismo e, efetivamente, os seus quadros abstratos eram inovadores no meio lisboeta, desde a técnica à conceção informalista. Batista cola sobre a tela pedaços de panos e de cordéis que pinta depois, obtendo formas em relevo.
Para definir a sua obra nada como a afirmação do crítico João Lima Pinharanda: "Esta disponibilidade [de Manuel Batista] para a glosa interminável dos seus temas ou para a retoma, em cada momento, de projetos antigos é suficiente para dar a entender a dificuldade ou quase inutilidade de estabelecimento de ciclos evolutivos no interior da sua obra".
De facto, na obra de Manuel Batista nota-se uma evolução plástica, mas sobretudo a capacidade de retomar temas, reorganizar projetos, reestruturar questões. Assim, para entender o seu trabalho mais recente, há que mergulhar no arquivo suspenso das suas formas, projetos, composições e desenhos.
Importará mais sublinhar que, dentro de uma obra que se destaca tanto da figuração como da abstração, colocando a tónica num fazer, num processo que se alimenta a si mesmo, o artista partiu de nódulos de sensações auditivas e tácteis, visuais, também, como os muros algarvios ou as esteiras que tanto o marcaram na sua infância. As idas ao alfaiate fascinavam no com aquele tecido todo de uma cor, marcado a giz, como uma forma que um corpo iria animar. A superfície rugosa e acidentada da cal conduziu-o à primeira experiência de tela rasgada, à constituição de telas brancas só com recortes de tecidos. O artista tem a expressão certa para este seu aspeto da obra: são "relevos monocromáticos".
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Como referenciar
Porto Editora – Manuel Baptista na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-10 04:35:18]. Disponível em
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