Marcha sobre Roma
Ação decisiva que levou os fascistas ao poder em Itália. No início da década de 20, surgiu no panorama político italiano uma nova organização partidária, o Partido Fascista Italiano, dirigido por um antigo socialista, Benito Mussolini, que irá dominar os destinos políticos do país durante as duas décadas subsequentes, através da instauração de uma ditadura. Fazendo uso de uma propaganda política eficaz, demagógica e aparatosa, o futuro ditador vai conseguir impor-se entre a população italiana, desencantada com a grave situação socioeconómica do pós-guerra.
A sua "grande cruzada" é contra aquilo que chama o "terror bolchevique", embora nos vibrantes apelos que dirige às massas se refira a uma luta geral contra os extremismos, incluindo a burguesia entre os inimigos a derrubar.
Em 25 de outubro de 1922, o Congresso do Partido Fascista, reunido em Nápoles, terminava bruscamente com as ameaças de Mussolini aos poderes instituídos, acusando-os de incapacidade na resolução do estado de anarquia reinante. Era o culminar de um processo de cerca de dois anos e de uma "pequena guerra". Apoiado nas suas milícias, Mussolini movia-se contra os seus adversários, recorria ao assalto às sedes dos partidos de esquerda, às dos sindicatos, à intimidação, à violência e ao assassinato.
Benito Mussolini desejava fazer algo em grande e achava que o momento certo para essa ação cautelosamente encenada chegara no dia 28 de outubro. Neste momento duas colunas de "camisas negras", o braço militarizado do Partido, com cerca de 50 mil homens, respondem ao apelo do líder e dirigem-se para Roma; à sua frente estava Benito Mussolini.
O Governo proclama o estado de sítio; contudo, o rei recusa apoiar estas medidas de exceção e, perante a passividade do Parlamento (um dos maiores alvos do líder fascista), convida Mussolini a formar governo. Como que por encanto, a ordem já estava restabelecida quando, em 30 de outubro, Mussolini aceita o régio convite e toma posse como chefe do gabinete italiano. No dia seguinte, o exército fascista, à boa maneira do Império Romano, desfilou triunfalmente sobre as ruas da capital. Mussolini passou a intitular-se o "Duce", o chefe. O tempo da ditadura chegava.
A sua "grande cruzada" é contra aquilo que chama o "terror bolchevique", embora nos vibrantes apelos que dirige às massas se refira a uma luta geral contra os extremismos, incluindo a burguesia entre os inimigos a derrubar.
Em 25 de outubro de 1922, o Congresso do Partido Fascista, reunido em Nápoles, terminava bruscamente com as ameaças de Mussolini aos poderes instituídos, acusando-os de incapacidade na resolução do estado de anarquia reinante. Era o culminar de um processo de cerca de dois anos e de uma "pequena guerra". Apoiado nas suas milícias, Mussolini movia-se contra os seus adversários, recorria ao assalto às sedes dos partidos de esquerda, às dos sindicatos, à intimidação, à violência e ao assassinato.
Benito Mussolini desejava fazer algo em grande e achava que o momento certo para essa ação cautelosamente encenada chegara no dia 28 de outubro. Neste momento duas colunas de "camisas negras", o braço militarizado do Partido, com cerca de 50 mil homens, respondem ao apelo do líder e dirigem-se para Roma; à sua frente estava Benito Mussolini.
O Governo proclama o estado de sítio; contudo, o rei recusa apoiar estas medidas de exceção e, perante a passividade do Parlamento (um dos maiores alvos do líder fascista), convida Mussolini a formar governo. Como que por encanto, a ordem já estava restabelecida quando, em 30 de outubro, Mussolini aceita o régio convite e toma posse como chefe do gabinete italiano. No dia seguinte, o exército fascista, à boa maneira do Império Romano, desfilou triunfalmente sobre as ruas da capital. Mussolini passou a intitular-se o "Duce", o chefe. O tempo da ditadura chegava.
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Como referenciar
Marcha sobre Roma na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$marcha-sobre-roma [visualizado em 2025-06-17 12:37:26].
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