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Maria Amália Vaz de Carvalho
Escritora portuguesa nascida em 1847, em Lisboa, e falecida em 1921. Descendente de famílias ilustres nas Letras e nas armas (descendente do poeta quinhentista Sá de Miranda), esposa do poeta parnasiano Gonçalves Crespo, é sobretudo conhecida pela sua faceta de educadora, tendo deixado uma vasta obra acerca da formação das crianças e das mulheres (Cartas a Uma Noiva, 1891), onde assume posições tradicionalistas.
O seu talento revelou-se através de crónicas, artigos políticos, folhetins de crítica e diversas traduções. Em 1867, fez a sua estreia literária com o poema romântico Uma Primavera de Mulher, prefaciado por Tomás Ribeiro e aplaudido por Castilho, Mendes Leal e Bulhão Pato, entre outros. Em 1876, publicou o seu primeiro livro, Vozes no Ermo, o qual foi elogiado por escritores como Guerra Junqueiro.
No seu salão literário, recebeu escritores como Camilo, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro e António Cândido. Iniciou a sua colaboração jornalística no Diário Popular, onde assinava com o pseudónimo Valentina de Lucena, mas colaborou também no Jornal do Comércio, Repórter, Artes e Letras, Diário de Notícias, Novidades, Ocidente e Comércio do Porto. Grande parte dessas crónicas, nomeadamente as consagradas à crítica literária, foram reunidas nos volumes Serões no Campo (1877), Arabescos (1880), Em Portugal e no Estrangeiro (1899) e Figuras de Ontem e de Hoje (1902). Em 1886, de parceria com o seu marido, Gonçalves Crespo, editou a antologia infantil Contos para os Nossos Filhos. Entre 1898 e 1903 publicou a biografia Vida do Duque de Palmela D. Pedro de Sousa e Holstein. Em 1912, ingressou na Academia das Ciências de Lisboa, a par com Carolina Michaëlis, tornando-se as duas primeiras mulheres portuguesas a receberem essa distinção. Apesar da feição subjetiva e impressionista, os seus textos de crítica literária espelham leituras de orientação moderna e europeia e revelam o conhecimento das doutrinas de Taine relativas à influência da raça e do meio sobre o indivíduo: "a obra do poeta só poderá ser compreendida plenamente por quem lhe houver estudado a vida; uma completa e explica a outra; subordina-se-lhe e recebe dela a consagração e a realidade" (in Arabescos).
Na sua vasta obra, destacam-se também Crónicas de Valentina (1890), A Arte de Viver na Sociedade (1897), As Nossas Filhas (1905) e No Meu Cantinho (1909). Foi condecorada com o oficialato da Ordem de Sant'Iago, tendo sido também eleita sócia da Academia das Ciências.
O seu talento revelou-se através de crónicas, artigos políticos, folhetins de crítica e diversas traduções. Em 1867, fez a sua estreia literária com o poema romântico Uma Primavera de Mulher, prefaciado por Tomás Ribeiro e aplaudido por Castilho, Mendes Leal e Bulhão Pato, entre outros. Em 1876, publicou o seu primeiro livro, Vozes no Ermo, o qual foi elogiado por escritores como Guerra Junqueiro.
No seu salão literário, recebeu escritores como Camilo, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro e António Cândido. Iniciou a sua colaboração jornalística no Diário Popular, onde assinava com o pseudónimo Valentina de Lucena, mas colaborou também no Jornal do Comércio, Repórter, Artes e Letras, Diário de Notícias, Novidades, Ocidente e Comércio do Porto. Grande parte dessas crónicas, nomeadamente as consagradas à crítica literária, foram reunidas nos volumes Serões no Campo (1877), Arabescos (1880), Em Portugal e no Estrangeiro (1899) e Figuras de Ontem e de Hoje (1902). Em 1886, de parceria com o seu marido, Gonçalves Crespo, editou a antologia infantil Contos para os Nossos Filhos. Entre 1898 e 1903 publicou a biografia Vida do Duque de Palmela D. Pedro de Sousa e Holstein. Em 1912, ingressou na Academia das Ciências de Lisboa, a par com Carolina Michaëlis, tornando-se as duas primeiras mulheres portuguesas a receberem essa distinção. Apesar da feição subjetiva e impressionista, os seus textos de crítica literária espelham leituras de orientação moderna e europeia e revelam o conhecimento das doutrinas de Taine relativas à influência da raça e do meio sobre o indivíduo: "a obra do poeta só poderá ser compreendida plenamente por quem lhe houver estudado a vida; uma completa e explica a outra; subordina-se-lhe e recebe dela a consagração e a realidade" (in Arabescos).
Na sua vasta obra, destacam-se também Crónicas de Valentina (1890), A Arte de Viver na Sociedade (1897), As Nossas Filhas (1905) e No Meu Cantinho (1909). Foi condecorada com o oficialato da Ordem de Sant'Iago, tendo sido também eleita sócia da Academia das Ciências.
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Como referenciar
Porto Editora – Maria Amália Vaz de Carvalho na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-14 11:37:52]. Disponível em
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