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Matt Mullican
Artista plástico norte-americano, nascido em 1951, em Santa Mónica, Califórnia. Matt Mullican teve a sua primeira exposição em 1974 no Californian Institute of Arts, onde também estudou, terminando o curso nesse ano.
Matt Mullican desenvolveu, no decurso da sua carreira artística, um trabalho que tem por objetivo representar uma visão particular do mundo. O seu mundo é um contínuo desafio à relação com a realidade percecionada, desmontando preconceitos de imediatez de visão por contraposição a um jogo permanente entre o objetivo e o subjetivo.
O trabalho inicial de Matt Mullican, em meados da década de 1970, traduzia o seu interesse na diferença entre a luz natural refletida e a luz da iluminação artificial que tinha que ver com o fracionamento da perceção ótica nos seus elementos visuais e com a aceção de que a cor, a luz e o que realmente vemos é um fenómeno variável. Com o seu interesse pela observação e subjetividade e a noção de que a objetividade é ela própria uma ilusão, o trabalho de Mullican surgiu em Nova Iorque na década de 1980 com o bem conhecido vocabulário de símbolos. Estas imagens, abstratas e simbólicas, foram postas em telas, através de impressão, e em instalações públicas de grande escala, tendo como objetivo funcionar como um meio de comunicar a base da nossa orientação em relação à realidade - uma linguagem visual universal. Este projeto levou Mullican a criar, através de suporte informático, modelos tridimensionais de cidades imaginárias. Em vez de um diagrama utópico de um local, Mullican estava mais interessado em interpretar e participar num espaço interpretativo e interpretado.
A grande viragem no seu trabalho ocorreu quando, em 1978, retido num aeroporto de Nova Scotia, Mullican reparou na grande série de sinais de imagem que o rodeavam. Eram intensas concentrações de reduções gráficas que o direcionavam para restaurantes e salas de espera, que o proibiam de fumar aqui ou entrar ali, que o encorajavam a sorrir, etc. Ficou impressionado não só pela forma como os sinais públicos e aqueles que existiam na sua imaginação inventiva se interligavam mas também pela forma como uma simples ubiquidade dava a cada sinal o seu poder. Para ele foi uma epifania - o momento em que foi obrigado a tomar a semiologia de modo pessoal.
No que respeita à importância da cor no seu trabalho, Mullican originalmente usava apenas as cores básicas de imprensa - preto e branco e, pontualmente, o vermelho - mas foi alargando a sua paleta de cores incluindo o amarelo, o verde e o azul. A cada uma delas associou uma função correspondente às cinco divisões do universo Mullican. O amarelo é "O mundo emoldurado" ("The world framed"), o mundo da arte. O verde significa "O mundo elementar" ("The elemental world") da natureza e o azul é "O mundo desemoldurado" ("The world unframed") que compreende os objetos funcionais mundanos que nos rodeiam. O preto e o branco representam o mundo das "Linguagens e sinais" ("Languages and signs") aproximando-se da noção de Mullican do espiritual. O vermelho, na realidade, significava o inferno, conceito que provinha de uma performance realizada por Mullican na qual sob um estado hipnótico relatava as visões para o público.
Tomados como um todo, os símbolos de Mullican são uma clara expressão da sua fase de entendimento. Ele produziu centenas de signos únicos representando "objetos" do mundo: de costeletas de porco a atos sexuais ou a ideias metafísicas.
Mullican raramente expõe no seu país realizando exposições por toda a Europa e na Ásia. Já recebeu inúmeras encomendas de intervenções artísticas que estão espalhadas por cidades como Tóquio, Eindhoven, Lyon, ou Amesterdão.
Matt Mullican desenvolveu, no decurso da sua carreira artística, um trabalho que tem por objetivo representar uma visão particular do mundo. O seu mundo é um contínuo desafio à relação com a realidade percecionada, desmontando preconceitos de imediatez de visão por contraposição a um jogo permanente entre o objetivo e o subjetivo.
O trabalho inicial de Matt Mullican, em meados da década de 1970, traduzia o seu interesse na diferença entre a luz natural refletida e a luz da iluminação artificial que tinha que ver com o fracionamento da perceção ótica nos seus elementos visuais e com a aceção de que a cor, a luz e o que realmente vemos é um fenómeno variável. Com o seu interesse pela observação e subjetividade e a noção de que a objetividade é ela própria uma ilusão, o trabalho de Mullican surgiu em Nova Iorque na década de 1980 com o bem conhecido vocabulário de símbolos. Estas imagens, abstratas e simbólicas, foram postas em telas, através de impressão, e em instalações públicas de grande escala, tendo como objetivo funcionar como um meio de comunicar a base da nossa orientação em relação à realidade - uma linguagem visual universal. Este projeto levou Mullican a criar, através de suporte informático, modelos tridimensionais de cidades imaginárias. Em vez de um diagrama utópico de um local, Mullican estava mais interessado em interpretar e participar num espaço interpretativo e interpretado.
A grande viragem no seu trabalho ocorreu quando, em 1978, retido num aeroporto de Nova Scotia, Mullican reparou na grande série de sinais de imagem que o rodeavam. Eram intensas concentrações de reduções gráficas que o direcionavam para restaurantes e salas de espera, que o proibiam de fumar aqui ou entrar ali, que o encorajavam a sorrir, etc. Ficou impressionado não só pela forma como os sinais públicos e aqueles que existiam na sua imaginação inventiva se interligavam mas também pela forma como uma simples ubiquidade dava a cada sinal o seu poder. Para ele foi uma epifania - o momento em que foi obrigado a tomar a semiologia de modo pessoal.
No que respeita à importância da cor no seu trabalho, Mullican originalmente usava apenas as cores básicas de imprensa - preto e branco e, pontualmente, o vermelho - mas foi alargando a sua paleta de cores incluindo o amarelo, o verde e o azul. A cada uma delas associou uma função correspondente às cinco divisões do universo Mullican. O amarelo é "O mundo emoldurado" ("The world framed"), o mundo da arte. O verde significa "O mundo elementar" ("The elemental world") da natureza e o azul é "O mundo desemoldurado" ("The world unframed") que compreende os objetos funcionais mundanos que nos rodeiam. O preto e o branco representam o mundo das "Linguagens e sinais" ("Languages and signs") aproximando-se da noção de Mullican do espiritual. O vermelho, na realidade, significava o inferno, conceito que provinha de uma performance realizada por Mullican na qual sob um estado hipnótico relatava as visões para o público.
Tomados como um todo, os símbolos de Mullican são uma clara expressão da sua fase de entendimento. Ele produziu centenas de signos únicos representando "objetos" do mundo: de costeletas de porco a atos sexuais ou a ideias metafísicas.
Mullican raramente expõe no seu país realizando exposições por toda a Europa e na Ásia. Já recebeu inúmeras encomendas de intervenções artísticas que estão espalhadas por cidades como Tóquio, Eindhoven, Lyon, ou Amesterdão.
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Como referenciar
Porto Editora – Matt Mullican na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 19:10:58]. Disponível em
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