Megapodiídeos
Família de aves, da subordem galli e da ordem das galiformes, constituída por 12 espécies, distribuídas da Austrália à Malásia e que raramente voam. As aves desta família são terrícolas e só de noite pousam nas árvores. Também conhecidas vulgarmente por talégalos ou megapodiídeos, são verdadeiros galiformes. Em conjunto formam-se em grupos pequenos e, exceto uma espécie com distribuição geográfica relativamente ampla (Megapodius freycinet), encontram-se em zonas muito restritas. Os megapodiídeos podem ser divididos em três grupos ecológicos: os galos da selva, que incluem o megapódio de cabeça grande (Megacephalon maleo), o megapódio de Wallace (Eulipoa wallacei) e o megapódio propriamente dito (Megapodius); o dos perus do matagal (Aepypodius arfakianus e Aepypodius bruijni) e as três espécies de talégalos em sentido restrito (Talegalla); o terceiro grupo é constituído pelo megapódio ocelado ou leipoa (Leipoa ocellata). Os dois primeiros grupos têm o seu habitat nos bosques ou na selva tropical e o leipoa tem o seu habitat em terrenos secos e sem arborização e, por vezes, em zonas semidesérticas.
Em geral a cor dos indivíduos desta família é pardacenta, com tons sombreados, apresentando no vértice penas compridas que formam uma espécie de crista. São de tons mais vivos o megapódio de cabeça grande e o megapódio de Wallace.
Todas as espécies de galos da selva são aproximadamente do mesmo tamanho, cerca de 50 centímetros.
O comprimento dos perus do matagal e das leipoas é de cerca de 70 centímetros.
Os megapódios embora tenham um alargado regime alimentar, como acontece com as galináceas, são essencialmente fitófagos. A sua alimentação é composta por frutos, sementes, insetos e pequenos animais que possam capturar.
Constroem grandes ninhos, onde os ovos são incubados, não pelo calor dos seus próprios corpos, mas pelo calor proveniente da fermentação de matéria vegetal, do calor vulcânico ou do sol. A postura, que pode ir até 36 ovos, tem uma incubação que normalmente é de 60 dias, embora possa variar entre os 50 e 80 dias. Os ninhos chegam a ter 1,5 metros de altura e mais de 3 metros de diâmetro.
Durante o período de incubação o macho vigia de muito perto a câmara de fermentação, controlando a temperatura.
As crias perfuram o ninho até à superfície e uma vez ao ar livre fogem rapidamente, começando a viver por sua conta, escondidas na vegetação do solo e completamente independentes.
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