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México
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Geografia
País da América do Norte. Se tivermos em conta critérios relativos à origem da população e da língua, o México integra-se também na América Latina. Encontra-se limitado pelos Estados Unidos da América, a norte, pelo golfo do México e pelo mar das Caraíbas, a leste, pelo Belize e pela Guatemala, a sudeste, e pelo oceano Pacífico, a sul e a oeste. Com uma área de 1 972 550 km2, é o terceiro maior país da América Latina e o segundo mais populoso do continente americano. As cidades mais importantes são a Cidade do México, a capital, com 8 705 100 habitantes (2004) e, na área metropolitana, 21 503 700, Guadalajara (1 672 000 hab.), Ciudad Netzahualcóyotl (1 259 100 hab.), Monterrey (1 142 900 hab.), Puebla (1 370 800 hab.), Ciudad Juárez (1 330 800 hab.), León (1 084 400 hab.), Tijuana (1 313 800 hab.), Mérida (698 400 hab.) e Chihuahua (698 500 hab.).
O país é atravessado, no sentido norte-sul, por uma cadeia montanhosa conhecida por "Sierra Madre" que estabelece a ligação entre as Montanhas Rochosas, na América do Norte, e a Cordilheira dos Andes, na América do Sul. No litoral do Pacífico e no litoral atlântico, desenvolvem-se planícies que se estreitam para sul. A atestar a origem relativamente recente do território e a sua instabilidade tectónica, a presença de numerosos vulcões, dos quais o mais conhecido é o Popocatapetle, perto da cidade de Acapulco.
 

Clima
O clima é tropical nas orlas litorais e nas áreas mais baixas, apresentando-se temperado com o aumento da altitude.
 

Palmeira numa praia caribenha, no México
Ruínas maias em Tulum, no México, junto ao mar das Caraíbas
Sé Catedral da Cidade do México na Praça Zócalo
Peças de pedra esculpida, ruínas Maia
Igreja de São Paulo, junto às ruínas de Mitla, Vale de Oaxaca, México
Alto relevo, civilização Maia
Ruínas da civilização Maia
Traje típico mexicano
Escultura, cultura Maia
Bandeira do México
Aspeto de uma rua no México
Economia
A economia do México baseia-se no comércio, na indústria, na agricultura e na exploração mineira. As culturas dominantes são a cana-de-açúcar, o milho, o trigo, o sorgo, a laranja, a banana, a manga, o abacate, o feijão, o tomate, o limão, o melão, a batata, a cevada, o café, a soja, o arroz, o ananás, o morango, o algodão e a noz. A expansão da agricultura e a criação de gado (30 milhões de cabeças de gado ovino) tiveram um enorme impacto sobre as áreas de floresta que, no período de 1981-90, desapareceram à razão de 6,8% em cada ano. A indústria extrativa engloba o petróleo, o ferro, o zinco, o cobre, o chumbo, o manganésio, o mercúrio, a prata, o ouro, o sal, a pedra de gesso, o enxofre e a barite. Os produtos industriais são o equipamento para os transportes, os produtos alimentares, as bebidas, o tabaco, os produtos químicos, os produtos metálicos, os produtos minerais, os derivados do papel e os têxteis. Os principais parceiros comerciais do México são os Estados Unidos da América, a Alemanha, o Canadá e e o Japão.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 3,9.
 

População
A população mexicana é de cerca de 107 449 525 habitantes (2006), o que corresponde a uma densidade de 53,84 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 20,69%o e 4,74%o. A esperança média de vida é de 75,41 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,800 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,790 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 133 835 000 habitantes. As maiores etnias são a mestiça, com 60%, a ameríndia (30%) e a branca (9%). A religião com maior expressão é a católica (90%). A língua oficial é o castelhano.
 

História
O México foi uma das regiões do Novo Mundo onde muitas civilizações se desenvolveram, como a Maia e a Asteca. Mas, com a conquista espanhola, a população indígena reduziu-se de 21 milhões, em 1519, para 1 milhão, em 1607. Em 1810 tiveram início os primeiros movimentos contra o colonialismo opressivo e a favor da independência. Rapidamente o movimento independentista se tornou numa guerra de guerrilha. Em 1823, uma rebelião militar forçou os colonizadores a abandonarem o país e a República do México foi proclamada. Em 1824 foi adotada a Constituição, baseada no modelo norte-americano. Nesse ano Manuel Félix Fernández, mais conhecido por Guadalupe Victoria, foi eleito o primeiro presidente do país mas, em 1833, uma revolta liberal colocou no poder Antonio López de Santa Anna. Em 1845 os EUA votaram a anexação do Texas, originando a Guerra Mexicana. As tropas de Santa Anna foram derrotadas e a Cidade do México foi tomada pelas forças norte-americanas. Em 1948 o Tratado de Guadalupe Hidalgo concedeu aos EUA o território que, atualmente, corresponde ao Arizona, à zona ocidental do Colorado, ao Nevada, ao Utah, ao Texas, à Califórnia e ao Novo México.
Em 1857 foi promulgada a nova Constituição que permitiu abolir definitivamente os vestígios da colonização. Um ano depois, as divergências entre os conservadores, que se opunham à Constituição, e os liberais deram início à guerra civil. Em 1861 a guerra terminou com a vitória dos liberais. O país passou a ser governado por Benito Juárez. Em 1876 uma nova rebelião levou Porfirio Díaz ao poder, que governou até ser derrubado em 1910. Nesse ano o revolucionário Francisco Madero ocupou a presidência. Sucederam-se uma série de golpes de Estado, até à criação do Partido Nacional Revolucionário (PNR), que governou o México até 1938, ano em que passou a ser designado por Partido Revolucionário do México (PRM). A partir de 1946 passou a ser o Partido Revolucionário Institucional (PRI). Nas décadas de 1920, de 1930 e de 1940, o PRI concretizou uma série de reformas sociais e económicas. Depois da Segunda Guerra Mundial, o Governo deu prioridade ao crescimento económico. Durante a década de 1970, sob a presidência de José Lopez Portillo, o país tornou-se num dos maiores produtores de petróleo do mundo. No final da governação de Portillo, o México tinha acumulado uma enorme dívida externa. Com a queda mundial do preço do petróleo, em meados da década de 1980, o país foi confrontado com uma severa crise financeira.
As eleições de 1985 deram uma nova vitória ao PRI, mas os problemas aumentaram com o terramoto que afetou a Cidade do México e que causou milhares de mortos e de desalojados. O maior desafio do PRI deu-se durante as eleições de 1988. Depois de terem sido levantadas suspeitas de fraude nas eleições, o colégio eleitoral deu a vitória ao candidato do Partido Revolucionário Institucional, Carlos Salinas de Gortari. A presidência de Salinas ficou marcada pelas campanhas que encabeçou contra a corrupção e contra os traficantes de droga e pelas negociações com o presidente norte-americano sobre a redução da dívida externa. Em 1994, o PRI ganhou novamente as eleições gerais. Ernesto Zedillo Ponce de León tornou-se presidente do México e assim permaneceu até 2000, quando foi derrotado pelo opositor Vicente Fox Quesada pertencente ao Partido de Ação Nacional (PAN).

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Como referenciar
Porto Editora – México na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-19 06:37:29]. Disponível em
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