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Miguel de Unamuno
Pedagogo, filósofo e ensaísta espanhol. Nasceu em 1864, em Bilbau, Espanha, e morreu em 1936, em Salamanca.
Ficou célebre pela influência dos seus ensaios, no princípio do século XX.
Unamuno ingressou na Universidade de Madrid em 1880 e, em quatro anos, doutorou-se em Filosofia e em Letras. Seis anos mais tarde tornou-se professor de Grego e de Literatura, na Universidade de Salamanca. Em 1901, passou a ser reitor da universidade, mas, em 1914, abandonou o cargo, depois de ter defendido publicamente os Aliados, durante a I Guerra Mundial.
Em 1924, da sua oposição ao regime do General Miguel Primo de Rivera, resultou o seu exílio nas Ilhas Canárias, de onde fugiu para França. Quando a ditadura de Primo de Rivera caiu, Unamuno regressou à Universidade de Salamanca e, em 1931, foi renomeado reitor. Cinco anos mais tarde, denunciou os falangistas do General Francisco Franco e novamente lhe retiraram o cargo de reitor, tendo sido mantido em prisão domiciliária. Dois meses depois morreu de ataque cardíaco.
Embora tenha escrito poesia e peças de teatro, ficou célebre como ensaísta e como romancista. Os seus ensaios refletem a necessidade de preservar a integridade moral, em face da conformidade social, do fanatismo e da hipocrisia. O seu primeiro trabalho publicado foi a compilação de vários ensaios En Torno al Casticismo (1895), em que faz uma análise crítica ao isolamento espanhol e à posição anacrónica do país na Europa Ocidental daquela época. A Vida de Don Quijote y Sancho (1905) é uma análise detalhada das características literárias de Miguel de Cervantes. A sua maturidade filosófica atingiu a expressão máxima em Del Sentimiento Trágico de la Vida en los Hombres y en los Pueblos (1913). Nessa obra, ele defende que a ansiedade espiritual é vital à condução do homem a uma vida plena. Esse e outros temas foram explorados em La Agonía del Cristianismo (1925). Os romances de Unamuno são marcados pela desilusão psicológica e ilustram, sobretudo, as suas próprias ideias filosóficas. O romance mais conhecido é Abel Sánchez: Una Historia de Pasión (1917), uma recriação moderna da história biblíca de Abel e Caim. Também escreveu outros romances, como Amor y Pedagogía (1902), que descreve o esforço de um pai ao educar "cientificamente" o filho; Niebla (1914); San Manuel Bueno Mártir (1933), a história de um padre descrente; e El Cristo de Velásquez (1920), o estudo do grande pintor espanhol, em forma poética, considerado exemplar na composição poética espanhola. Unamuno foi, antes de mais, um existencialista preocupado com a dialética entre o intelectual e o emocional, a fé e a razão. Na sua visão da vida esteve sempre presente um grande desejo de imortalidade. Para ele, a vontade que o homem tem de viver para além da morte é constantemente negada pela razão e só pode ser satisfeita através da fé. A tensão que resulta deste conflito origina uma agonia constante.
Ficou célebre pela influência dos seus ensaios, no princípio do século XX.
Unamuno ingressou na Universidade de Madrid em 1880 e, em quatro anos, doutorou-se em Filosofia e em Letras. Seis anos mais tarde tornou-se professor de Grego e de Literatura, na Universidade de Salamanca. Em 1901, passou a ser reitor da universidade, mas, em 1914, abandonou o cargo, depois de ter defendido publicamente os Aliados, durante a I Guerra Mundial.
Em 1924, da sua oposição ao regime do General Miguel Primo de Rivera, resultou o seu exílio nas Ilhas Canárias, de onde fugiu para França. Quando a ditadura de Primo de Rivera caiu, Unamuno regressou à Universidade de Salamanca e, em 1931, foi renomeado reitor. Cinco anos mais tarde, denunciou os falangistas do General Francisco Franco e novamente lhe retiraram o cargo de reitor, tendo sido mantido em prisão domiciliária. Dois meses depois morreu de ataque cardíaco.
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Como referenciar
Porto Editora – Miguel de Unamuno na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 14:19:09]. Disponível em
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