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Mina Loy
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Poetisa e pintora inglesa, Mina Gertrude Lowy nasceu a 27 de dezembro de 1882, na cidade de Londres. O pai, um alfaiate judeu, havia engravidado a mãe, oriunda de famílias protestantes e conservadoras, pelo que, e de acordo com o espírito da época, não lhes restou outra alternativa senão o casamento. Mina sentiu desde muito cedo o desconforto emocional causado pelo inconformismo da mãe, marcada pelo estigma das uniões interraciais e das disparidades sociais.
O pai, liberal e tolerante, enviou a filha para a Alemanha com o intuito de estudar Pintura, quando esta contava apenas dezassete anos de idade. Após esta temporada em Munique, breve certamente pela barreira linguística, regressou a Londres, onde frequentou escolas da especialidade. Pouco tempo depois, foi encorajada financeiramente a prosseguir a sua aprendizagem em Paris.
Descontente com a sua ascendência judaica, mudou o seu apelido para Loy. Ao atingir os dezoito anos de idade, conheceu um colega de curso, Stephen Haweis, com quem acabou por casar em 1903. A relação entre ambos assumiu um carácter de fragilidade, sobretudo por causa das dificuldades económicas, já que a manutenção do casal recaía sobre os proventos que Mina ia conseguindo ao expor e comercializar os seus quadros e, principalmente, sobre a sua família.
Dedicando-se incansavelmente à pintura, mesmo após ter experimentado a maternidade, teve ocasião de tomar contacto com personalidades do mundo das artes, como Auguste Rodin, Pablo Picasso, Gertrude Stein e Guillaume Apollinaire.
Em 1905, o casal mudou-se para Florença, e Mina Loy pôde então entabular também relações com alguns futuristas italianos, tornando-se mesmo amante de homens como Filippo T. Marinetti e o célebre Giovanni Papini. O seu marido acabou por partir para os mares do Sul em 1913, confirmando a separação conjugal.
Com a deflagração da Primeira Grande Guerra, Mina Loy sentiu-se na obrigação de participar no esforço cívico, pelo que serviu por um curto período de tempo como enfermeira num hospital militar. Logo se deixou deslumbrar pelo apelo da opulência norte-americana e, deixando os seus filhos aos cuidados de uma ama, decidiu partir para Nova Iorque em 1916.
Envolveu-se então nos ambientes artísticos da cidade e, conhecendo Arthur Cravan, sobrinho do poeta inglês Oscar Wilde e pugilista profissional, apaixonou-se intensamente. Depois de ter conseguido divorciar-se de Haweis em 1917, casou-se com Cravan no ano seguinte.
De novo em dificuldades financeiras, os recém-casados resolveram fixar-se na Europa, para junto dos filhos de Mina. Cravan adquiriu um veleiro decrépito com o intuito de o restaurar e nele empreender o transbordo oceânico. Após ter conseguido finalmente recuperar o destroço, Cravan quis levá-lo numa pequena viagem inaugural e, despedindo-se de Mina Loy no cais, nunca mais foi visto.
Em 1923 publicou a sua mais famosa coletânea de poemas, com o título Lunar Baedeker. A obra assumia-se como modernista e relectia a feminilidade e o erotismo da sua autora. O volume foi acrescentado e reeditado em 1958, desta feita com o título Lunar Baedeker & Time-Tables.
Regressando a Inglaterra, deu à luz o seu terceiro filho, partiu de novo para Florença, e daí para os Estados Unidos da América, ainda esperançada em encontrar o seu grande amor, e aí frequentou as tertúlias de Greenwich Village. As suas viagens prosseguiram mais intensivamente, e teve possibilidade de conhecer Sigmund Freud em Viena, Peggy Guggenheim e Djuna Barnes em Nova Iorque e Sylvia Beach em Paris.
Seguiu-se um período em que viveu quase em pobreza absoluta, sobretudo graças ao seu desleixo pessoal, acabando por falecer, vítima de pneumonia, a 25 de setembro de 1966.
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Como referenciar
Porto Editora – Mina Loy na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-23 12:58:08]. Disponível em
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