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Mosteiro da Flor da Rosa
O Mosteiro da Flor da Rosa situa-se nos arredores da vila alentejana do Crato, tendo sido mandado construir por D. Álvaro Gonçalves Pereira, Grão-mestre da Ordem Militar do Hospital.
Sofrendo remodelações posteriores, as maiores consequências do empobrecimento deste notável monumento nacional ocorreram com o seu abandono, após o liberal decreto de 1834 que extinguia as ordens religiosas em Portugal, nomeadamente com a derrocada de uma das paredes do templo e da capela-mor, ocorrida no ano de 1879.
Apesar das obras de restauro conduzidas nos anos 40 deste século pela Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (D.G.E.M.N.), grande parte do seu espólio não pôde ser salvo. Atualmente, parte das suas dependências conventuais são ocupadas por uma pousada de Portugal. O nome de Mosteiro da Flor da Rosa provém de uma bela escultura gótica do século XIV, embora esta imagem tenha sido inicialmente conhecida como N. Sra. das Neves. No entanto, a população local denominou-a de N. Senhora da Flor, mais tarde rebatizada por Flor da Rosa.
Todas as dependências conventuais da Flor da Rosa se articulam em função do seu claustro, sendo este edifício construído em granito. Apresentando uma vasta e imponente mole arquitetónica, abre-se no exterior do cenóbio um arco de volta perfeita que resguarda o portal de menores dimensões e de arco abatido. Num dos flancos ergue-se a sua alta igreja, sendo os seus volumes marcados por algumas frestas e janelas de pequenas dimensões, notando-se na cimalha superior a silhuetas do campanário com dupla ventana.
No lado oposto erguem-se duas torres ameadas, o que confere ao edifício uma maior severidade estrutural, quebrada pela abertura de janelas retangulares nos seus panos pétreos.
O templo monástico é um espaço vasto formado por uma só nave, de grandes dimensões, coberta por abóbada de berço quebrado e reforçada por arcos torais. O espaço do transepto é soberbo e de altura invulgar, coberto no cruzeiro por uma abóbada ogival harmoniosa de cruzaria, contrastando vivamente com a curta e pouco saliente capela-mor do templo. No solo da igreja repousa o túmulo de mármore que invoca o fundador do cenóbio, apenas adornado com as cruzes de Malta e dos Pereiras. Como uma das raras peças que esta igreja possui é a já mencionada imagem de N. Sra. da Flor da Rosa, escultura de pedra policromada provavelmente realizada por um artista francês do século XIV. Das restantes dependências monásticas, destaque para o Claustro e para a antiga Sala do Capítulo. As galerias que compõem os dois andares do claustro são marcadas por arcos abatidos repousando sobre colunas de mármore, sendo cobertas por abóbadas decoradas com florões. Do pátio do claustro acede-se à Sala do Capítulo, através de uma porta em arco de querena. Este espaço foi concebido no século XVI, está dividido em duas naves que são ritmadas por colunas torsas de aresta, sobre as quais repousa uma elegante abóbada abatida de tijoleira, com nervuras de pedra e respetivos fechos no centro da cruzaria.
Sofrendo remodelações posteriores, as maiores consequências do empobrecimento deste notável monumento nacional ocorreram com o seu abandono, após o liberal decreto de 1834 que extinguia as ordens religiosas em Portugal, nomeadamente com a derrocada de uma das paredes do templo e da capela-mor, ocorrida no ano de 1879.
Apesar das obras de restauro conduzidas nos anos 40 deste século pela Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (D.G.E.M.N.), grande parte do seu espólio não pôde ser salvo. Atualmente, parte das suas dependências conventuais são ocupadas por uma pousada de Portugal. O nome de Mosteiro da Flor da Rosa provém de uma bela escultura gótica do século XIV, embora esta imagem tenha sido inicialmente conhecida como N. Sra. das Neves. No entanto, a população local denominou-a de N. Senhora da Flor, mais tarde rebatizada por Flor da Rosa.
Todas as dependências conventuais da Flor da Rosa se articulam em função do seu claustro, sendo este edifício construído em granito. Apresentando uma vasta e imponente mole arquitetónica, abre-se no exterior do cenóbio um arco de volta perfeita que resguarda o portal de menores dimensões e de arco abatido. Num dos flancos ergue-se a sua alta igreja, sendo os seus volumes marcados por algumas frestas e janelas de pequenas dimensões, notando-se na cimalha superior a silhuetas do campanário com dupla ventana.
No lado oposto erguem-se duas torres ameadas, o que confere ao edifício uma maior severidade estrutural, quebrada pela abertura de janelas retangulares nos seus panos pétreos.
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Como referenciar
Porto Editora – Mosteiro da Flor da Rosa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-11 10:15:36]. Disponível em
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