O Osso de Prata

Andrei Kurkov

Os trinta nomes de Deus

Bruno Paixão

Corpo Vegetal

Julieta Monginho

hilaridade ou hilariedade?

ver mais

à última hora ou à última da hora?

ver mais

tiles ou tis?

ver mais

à parte ou aparte?

ver mais

gratuito ou gratuíto?

ver mais

2 min

Movimento das Forças Armadas (MFA)
favoritos

O nascimento do Movimento dos Capitães, designação original, encontra-se ligado à publicação dos Decretos-Leis n.os 353, de 13 de julho de 1973, e 409, de 20 de agosto do mesmo ano, por meio dos quais se pretendia resolver o problema da falta de oficiais com que o Exército se debatia perante a continuação da Guerra Colonial. Contudo, a evolução do Movimento não deve ser entendida apenas numa perspetiva corporativista, já que a contestação ao Governo não abrandou com a suspensão dos dois diplomas. Pelo contrário, as reuniões destes militares continuaram e o movimento politizou-se.

A recusa de Marcello Caetano em aceitar uma solução política para a guerra levou a que os oficiais de nível intermédio, que suportavam realmente o combate no teatro de operações, percebessem que o fim do conflito passava pelo derrube do regime do Estado Novo. Os capitães sabiam ser este também o sentimento geral da população. Sabiam ainda, após a publicação do livro de Spínola Portugal e o Futuro (fevereiro de 1974), que podiam contar com o apoio dos seus chefes militares.
Capa de "Portugal e o Futuro", o livro de António de Spínola, de 1974, que provocou conflitos entre as altas chefias militares e o Governo
O símbolo do MFA foi concebido por Marcelino Vespeira, pintor português
Assim, o Movimento dos Capitães começou a consolidar ligações e canais de divulgação de informação dentro dos quartéis (na metrópole e nas colónias). Foi eleita uma Comissão Coordenadora, que passou a liderar todo o processo de contestação.

Em novembro de 1973, o Movimenta explicita que, além das reivindicações corporativas, estavam em causa outros objetivos, como o fim da Guerra Colonial e o restabelecimento da democracia. Em dezembro foi eleito um Secretariado Executivo constituído por Vasco Lourenço, Otelo Saraiva de Carvalho e Vítor Alves, e foram formadas as várias comissões que iniciaram o processo de preparação de um golpe militar. A 5 de março de 1974, o Movimento dos Capitães passou a designar-se Movimento das Forças Armadas e foram aprovadas as suas bases programáticas, que constam de um documento distribuído nos quartéis, O Movimento, as Forças Armadas e a Nação. O programa iria depois sintetizar-se em três palavras-lema: democratizar, descolonizar e desenvolver.

O ensaio geral para o derrube do regime deu-se a 16 de março de 1974, quando o Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha tentou um golpe militar. Devido à falta de coordenação com outros setores do movimento, a iniciativa não teve sucesso.

A conspiração que finalmente derrubou o Estado Novo envolveu cerca de trezentos oficiais das Forças Armadas e desenvolveu-se em menos de um ano. O golpe foi marcado para a semana de 20 a 27 de abril de 1974. Acabou por ter lugar a 25, com Otelo Saraiva de Carvalho como principal comandante das operações. O regime caiu sem ter quase quem o defendesse.

Depois da revolução, o MFA sofreu várias transformações de estrutura. Primeiro através da Comissão Coordenadora, depois do Conselho dos Vinte, mais tarde ainda pelas Assembleias do MFA e finalmente pelo Conselho da Revolução, coube-lhe desempenhar o papel principal na recomposição das hierarquias das Forças Armadas Portuguesas até 1982.
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Movimento das Forças Armadas (MFA) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-09 10:01:54]. Disponível em
Partilhar
  • partilhar whatsapp
Como referenciar
Porto Editora – Movimento das Forças Armadas (MFA) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-09 10:01:54]. Disponível em

O Osso de Prata

Andrei Kurkov

Os trinta nomes de Deus

Bruno Paixão

Corpo Vegetal

Julieta Monginho

hilaridade ou hilariedade?

ver mais

à última hora ou à última da hora?

ver mais

tiles ou tis?

ver mais

à parte ou aparte?

ver mais

gratuito ou gratuíto?

ver mais