Movimento dos Capitães de abril
O movimento dos Capitães de abril foi desencadeado pelos oficiais das Forças Armadas portuguesas. Apresentava um programa político com a intervenção de Spínola e Costa Gomes e sob a coordenação de Otelo Saraiva de Carvalho, que elaborou o plano das operações militares, envolvendo todas as principais unidades do exército português.
Esta grave crise, a terceira a abalar o regime do Estado Novo, foi, no entanto, fatal para o marcelismo, que capitulou na sequência deste movimento militar, que muito rapidamente transformou o movimento conspirativo num assunto político que refletia a crise da sociedade nacional e o descontentamento instalado entre a instituição militar.
O movimento revolucionário de abril de 1974 derrubou o Estado Novo e abriu assim caminho a uma nova era da História portuguesa, com a adoção de um regime democrático. Este movimento foi exclusivamente militar, apartidário e independente das forças políticas, sem qualquer tipo de compromisso com civis. Tinha um programa próprio, que contemplava desde o início a entrega do poder às instituições competentes, mediante um sufrágio que as legitimasse.
Os objetivos definidos pelos seus mentores eram a mudança da política ultramarina e a transição para uma democracia. Estes pontos angariaram o apoio de muitos oficiais do quadro permanente e dos milicianos que a eles se juntaram, sobretudo após o golpe inconsequente de 16 de março. É preciso dar o realce devido aos problemas internos das Forças Armadas no processo que evoluirá para a revolução. Com a guerra colonial, registou-se um problema de falta de quadros no exército e, para atrair oficiais, foram concedidas facilidades de progressão aos milicianos, sendo claramente prejudicados os oficiais do quadro permanente. As reivindicações destes deram origem a uma série de reuniões mais ou menos clandestinas onde se definiram os pontos básicos de atuação. Aquilo que inicialmente surgia como reivindicação salarial transformar-se-ia num completo programa de reforma da sociedade portuguesa.
Contrariamente ao 5 de outubro de 1910, um movimento onde cooperaram civis e militares, sob a orientação do Partido Republicano, e do 28 de maio de 1926, um movimento das forças conservadoras, o 25 de abril de 1974 resultou de um movimento militar sem intervenção civil, nem uma aproximação ideológica ou partidária, o que não impediu que no programa das Forças Armadas estivessem enunciadas as reivindicações da oposição ao regime.
Esta revolução fechou uma página da História da nação portuguesa, iniciada com os Descobrimentos no século XV, e aproximou o país democrático do resto do continente europeu.
Esta grave crise, a terceira a abalar o regime do Estado Novo, foi, no entanto, fatal para o marcelismo, que capitulou na sequência deste movimento militar, que muito rapidamente transformou o movimento conspirativo num assunto político que refletia a crise da sociedade nacional e o descontentamento instalado entre a instituição militar.
O movimento revolucionário de abril de 1974 derrubou o Estado Novo e abriu assim caminho a uma nova era da História portuguesa, com a adoção de um regime democrático. Este movimento foi exclusivamente militar, apartidário e independente das forças políticas, sem qualquer tipo de compromisso com civis. Tinha um programa próprio, que contemplava desde o início a entrega do poder às instituições competentes, mediante um sufrágio que as legitimasse.
Contrariamente ao 5 de outubro de 1910, um movimento onde cooperaram civis e militares, sob a orientação do Partido Republicano, e do 28 de maio de 1926, um movimento das forças conservadoras, o 25 de abril de 1974 resultou de um movimento militar sem intervenção civil, nem uma aproximação ideológica ou partidária, o que não impediu que no programa das Forças Armadas estivessem enunciadas as reivindicações da oposição ao regime.
Esta revolução fechou uma página da História da nação portuguesa, iniciada com os Descobrimentos no século XV, e aproximou o país democrático do resto do continente europeu.
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Como referenciar
Porto Editora – Movimento dos Capitães de abril na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-23 22:57:57]. Disponível em
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