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Movimento Revolucionário Tupac Amaru
O Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) é um movimento armado peruano, fundado em 1982, inspirado por uma ideologia radical de esquerda escassamente definida. Assaltava estabelecimentos comerciais e raptava homens de negócios para obter resgate. O líder, Victor Polay Campos (mais conhecido como "comandante Rolando"), foi capturado em junho de 1992 e condenado a prisão perpétua, o que constituiu um rude golpe para a organização.
Crê-se que era intenção das chefias do movimento expandir a ação do MRTA além-fronteiras, a países como a Bolívia, o Chile e o Equador.
O MRTA conseguiu a atenção mundial em 17 de dezembro de 1996, dia em que um grupo de guerrilheiros ocupou a residência oficial do embaixador japonês em Lima e sequestrou 490 reféns. Comemorava-se o aniversário do imperador do Japão, e na residência encontravam-se vários diplomatas, altos magistrados, políticos, importantes homens de negócios e o próprio irmão do presidente do Peru.
O grupo de sequestradores era constituído por 14 elementos, incluindo duas mulheres, quase todos bastante jovens, e comandado por Nestor Cerpa Cartolini, o "comandante Evaristo". O seu objetivo era exigir a libertação de 442 correligionários detidos em cadeias peruanas.
A situação arrastou-se por 126 dias, ao longo dos quais grande parte dos reféns foi sendo libertada, enquanto se estabeleciam negociações entre os guerrilheiros e o Governo, com intervenção de mediadores internacionais, da Igreja e da Cruz Vermelha. Em 22 de abril de 1997, o presidente Alberto Fujimori ordenou o assalto à residência, no qual foram salvos os últimos reféns (eram na altura 72, mas um morreu) e mortos todos os sequestradores.
A operação contou com o contributo de especialistas internacionais em luta antiterrorista. Do ponto de vista militar, foi minuciosamente preparada: foram empregues microfones introduzidos nas canalizações; sensores que permitiam seguir os movimentos das pessoas no edifício; túneis, que chegaram a atingir os 200 m de comprimento; e diverso equipamento de assalto, como granadas de gás, coletes à prova de balas, etc. Envolvendo 140 homens, o ataque teve início com uma explosão no teto da residência e durou pouco mais de meia hora, apanhando os sequestradores de surpresa.
Há notícia (por testemunho de alguns reféns libertados) de que membros do grupo terrorista se tentaram render, o que levou alguns comentadores a criticar a ação implacável das forças de assalto. Mário Soares, por exemplo, chegou mesmo a falar em "terrorismo de Estado".
Crê-se que era intenção das chefias do movimento expandir a ação do MRTA além-fronteiras, a países como a Bolívia, o Chile e o Equador.
O MRTA conseguiu a atenção mundial em 17 de dezembro de 1996, dia em que um grupo de guerrilheiros ocupou a residência oficial do embaixador japonês em Lima e sequestrou 490 reféns. Comemorava-se o aniversário do imperador do Japão, e na residência encontravam-se vários diplomatas, altos magistrados, políticos, importantes homens de negócios e o próprio irmão do presidente do Peru.
O grupo de sequestradores era constituído por 14 elementos, incluindo duas mulheres, quase todos bastante jovens, e comandado por Nestor Cerpa Cartolini, o "comandante Evaristo". O seu objetivo era exigir a libertação de 442 correligionários detidos em cadeias peruanas.
A situação arrastou-se por 126 dias, ao longo dos quais grande parte dos reféns foi sendo libertada, enquanto se estabeleciam negociações entre os guerrilheiros e o Governo, com intervenção de mediadores internacionais, da Igreja e da Cruz Vermelha. Em 22 de abril de 1997, o presidente Alberto Fujimori ordenou o assalto à residência, no qual foram salvos os últimos reféns (eram na altura 72, mas um morreu) e mortos todos os sequestradores.
A operação contou com o contributo de especialistas internacionais em luta antiterrorista. Do ponto de vista militar, foi minuciosamente preparada: foram empregues microfones introduzidos nas canalizações; sensores que permitiam seguir os movimentos das pessoas no edifício; túneis, que chegaram a atingir os 200 m de comprimento; e diverso equipamento de assalto, como granadas de gás, coletes à prova de balas, etc. Envolvendo 140 homens, o ataque teve início com uma explosão no teto da residência e durou pouco mais de meia hora, apanhando os sequestradores de surpresa.
Há notícia (por testemunho de alguns reféns libertados) de que membros do grupo terrorista se tentaram render, o que levou alguns comentadores a criticar a ação implacável das forças de assalto. Mário Soares, por exemplo, chegou mesmo a falar em "terrorismo de Estado".
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Como referenciar
Porto Editora – Movimento Revolucionário Tupac Amaru na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-02 11:55:41]. Disponível em
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