O Desprezo
Filme dramático franco-italiano realizado em 1963 por Jean-Luc Godard, Le Mépris foi interpretado por Brigitte Bardot, Michel Piccoli, Jack Palance e Fritz Lang, entre outros. O argumento foi escrito por Jean-Luc Godard, adaptando o romance Il Disprezzo, de Alberto Moravia.
Triste e bela fábula sobre o cinema, a história centra-se em Paul Javal (Michel Piccoli), um antigo escritor de histórias policiais que se tornou num argumentista de pouco sucesso. Embora ambicione escrever para teatro, acha que a sua bela mulher, Camille (Brigitte Bardot), espera um desafogo financeiro muito superior ao que o teatro pode proporcionar. É então que Paul é abordado por um produtor de cinema americano, Jeremiah Prokosch (Jack Palance), que lhe propõe que reescreva o argumento de A Odisseia, de Homero, para que ele o produza como um filme realizado pelo lendário cineasta alemão Fritz Lang (interpretado pelo próprio). Paul aceita o trabalho, mas a sua mulher fica desapontada pela falta de convicção que ele demonstra na tarefa, apesar de ele o ter aceite principalmente por ela. Camille começa então a manifestar uma profunda desconfiança no marido, embora nunca se perceba bem porquê. Depois de um episódio social em que Paul se comporta de forma duvidosa, Camille volta-se para o produtor americano numa tentativa de iniciar com ele uma relação amorosa.
O filme surgiu a partir de uma abordagem do produtor italiano Carlo Ponti, que deu a Godard o maior orçamento da sua carreira até então. Godard sugeriu uma adaptação do romance de Moravia com o par Kim Novak e Frank Sinatra, mas estes recusaram. Ponti sugeriu Sophia Loren e Marcello Mastroianni, mas aí foi Godard a recusar. Acabou por ser chamada Brigitte Bardot pelo seu enorme potencial comercial e sensual. Habituado a um cinema pessoal, Godard conseguiu sempre subverter o projeto a seu favor e conseguiu até ter o grande Fritz Lang a interpretar-se a si próprio e a funcionar como porta-voz de Godard.
O Desprezo é uma fascinante reflexão sobre o casamento, o mundo do cinema, a noção de autoria e a dificuldade de fazer uma adaptação cinematográfica de uma obra literária. Tal como A Odisseia é uma história de indivíduos que se confrontam com situações num mundo real, também o filme é um exame sobre a posição de um autor no seio do cinema comercial, ou seja, é uma reflexão sobre o mundo real e particular que Godard vivia.
Triste e bela fábula sobre o cinema, a história centra-se em Paul Javal (Michel Piccoli), um antigo escritor de histórias policiais que se tornou num argumentista de pouco sucesso. Embora ambicione escrever para teatro, acha que a sua bela mulher, Camille (Brigitte Bardot), espera um desafogo financeiro muito superior ao que o teatro pode proporcionar. É então que Paul é abordado por um produtor de cinema americano, Jeremiah Prokosch (Jack Palance), que lhe propõe que reescreva o argumento de A Odisseia, de Homero, para que ele o produza como um filme realizado pelo lendário cineasta alemão Fritz Lang (interpretado pelo próprio). Paul aceita o trabalho, mas a sua mulher fica desapontada pela falta de convicção que ele demonstra na tarefa, apesar de ele o ter aceite principalmente por ela. Camille começa então a manifestar uma profunda desconfiança no marido, embora nunca se perceba bem porquê. Depois de um episódio social em que Paul se comporta de forma duvidosa, Camille volta-se para o produtor americano numa tentativa de iniciar com ele uma relação amorosa.
O filme surgiu a partir de uma abordagem do produtor italiano Carlo Ponti, que deu a Godard o maior orçamento da sua carreira até então. Godard sugeriu uma adaptação do romance de Moravia com o par Kim Novak e Frank Sinatra, mas estes recusaram. Ponti sugeriu Sophia Loren e Marcello Mastroianni, mas aí foi Godard a recusar. Acabou por ser chamada Brigitte Bardot pelo seu enorme potencial comercial e sensual. Habituado a um cinema pessoal, Godard conseguiu sempre subverter o projeto a seu favor e conseguiu até ter o grande Fritz Lang a interpretar-se a si próprio e a funcionar como porta-voz de Godard.
O Desprezo é uma fascinante reflexão sobre o casamento, o mundo do cinema, a noção de autoria e a dificuldade de fazer uma adaptação cinematográfica de uma obra literária. Tal como A Odisseia é uma história de indivíduos que se confrontam com situações num mundo real, também o filme é um exame sobre a posição de um autor no seio do cinema comercial, ou seja, é uma reflexão sobre o mundo real e particular que Godard vivia.
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Como referenciar
Porto Editora – O Desprezo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-23 01:43:26]. Disponível em
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