O Dilúvio
O mito universal do Dilúvio é descrito na tradição de muitas civilizações. A mais conhecida versão desse mito encontra-se na Bíblia, no episódio da Arca de Noé (Génesis, 6-9). Segundo a tradição, houve uma época em que o mundo era dominado pela maldade e pela violência, pelo que Deus resolveu fazer desaparecer da terra todos os vícios humanos, aniquilando para tal o homem e os animais.
Porém, Noé, o nono descendente de Adão, homem justo, foi escolhido por Deus para construir uma grande arca fechada, com uma única porta, por onde ele deveria entrar com a mulher, os três filhos Sem, Ham e Japeth e as suas três noras. Com eles deveriam ir um macho e uma fêmea de todas as espécies animais do mundo. Deus disse a Noé que, passados sete dias sobre a entrada de todos na arca, choveria na terra, durante quarenta dias e quarenta noites, exterminando, através de um dilúvio, a vida à face da terra.
Depois do dilúvio, Noé soltara uma pomba para ver se as águas já tinham diminuído. Como a pomba não trazia nada, Noé esperou mais sete dias e, de novo, soltou a pomba que trouxe então uma folha verde de oliveira. A esperança estava relançada e a sua família repovoaria a terra. Esta história faz parte da tradição cristã da humanidade e é uma das muitas versões que existem no mundo sobre a inundação total e catastrófica.
A mais antiga descrição do Dilúvio, gravada em placas de argila, conta-nos que, segundo os Sumérios, existiam cinco cidades pré-diluvianas - Eridu, Badtibira, Larak, Sitpar e Shuruppak (cidade onde Ziusudra construiu a sua arca). Conta também que, depois do dilúvio os deuses dos Sumérios voltariam à terra.
Na Epopeia de Gilgamesh, faz-se também referência ao dilúvio, assim como na lenda grega de Deucalião. Tal como é narrado nas Metamorfoses de Ovídio, Zeus, considerando que os homens da Idade do Bronze eram corruptos e viciosos, resolveu provocar um grande dilúvio que os afogasse a todos. Somente Deucalião e Pirra, sua mulher, foram poupados. Estes construíram uma arca onde permaneceram durante nove dias e nove noites, acabando por atingir as montanhas da Tessália.
Em seguida, Zeus condeceu-lhes um desejo; Deucalião pedira-lhe então companheiros. Pra tal, Deucalião tinha que lançar pedras por cima dos ombros e, por cada pedra lançada, surgia um homem e, por cada uma lançada por Pira, surgia uma mulher.
Na América existiam lendas do dilúvio muito anteriores a Colombo, assim como também na Índia, Austrália, Tibete, Polinésia, entre outros. Todos estes mitos e lendas, transmitidas de geração em geração, são unânimes na dimensão e na universalidade do dilúvio, o que leva a crer que, se houve uma catástrofe, ela terá ocorrido numa altura em que o homem tinha capacidade de pensar e transmitir a realidade num conceito abstrato.
A Arca para além de, simbolicamente, se reportar à regeneração cíclica, a exemplo de um ovo que contém os genes para a restauração da vida e da espécie, representa também a celebração da união de Deus com a humanidade.
Porém, Noé, o nono descendente de Adão, homem justo, foi escolhido por Deus para construir uma grande arca fechada, com uma única porta, por onde ele deveria entrar com a mulher, os três filhos Sem, Ham e Japeth e as suas três noras. Com eles deveriam ir um macho e uma fêmea de todas as espécies animais do mundo. Deus disse a Noé que, passados sete dias sobre a entrada de todos na arca, choveria na terra, durante quarenta dias e quarenta noites, exterminando, através de um dilúvio, a vida à face da terra.
Depois do dilúvio, Noé soltara uma pomba para ver se as águas já tinham diminuído. Como a pomba não trazia nada, Noé esperou mais sete dias e, de novo, soltou a pomba que trouxe então uma folha verde de oliveira. A esperança estava relançada e a sua família repovoaria a terra. Esta história faz parte da tradição cristã da humanidade e é uma das muitas versões que existem no mundo sobre a inundação total e catastrófica.
A mais antiga descrição do Dilúvio, gravada em placas de argila, conta-nos que, segundo os Sumérios, existiam cinco cidades pré-diluvianas - Eridu, Badtibira, Larak, Sitpar e Shuruppak (cidade onde Ziusudra construiu a sua arca). Conta também que, depois do dilúvio os deuses dos Sumérios voltariam à terra.
Na Epopeia de Gilgamesh, faz-se também referência ao dilúvio, assim como na lenda grega de Deucalião. Tal como é narrado nas Metamorfoses de Ovídio, Zeus, considerando que os homens da Idade do Bronze eram corruptos e viciosos, resolveu provocar um grande dilúvio que os afogasse a todos. Somente Deucalião e Pirra, sua mulher, foram poupados. Estes construíram uma arca onde permaneceram durante nove dias e nove noites, acabando por atingir as montanhas da Tessália.
Em seguida, Zeus condeceu-lhes um desejo; Deucalião pedira-lhe então companheiros. Pra tal, Deucalião tinha que lançar pedras por cima dos ombros e, por cada pedra lançada, surgia um homem e, por cada uma lançada por Pira, surgia uma mulher.
Na América existiam lendas do dilúvio muito anteriores a Colombo, assim como também na Índia, Austrália, Tibete, Polinésia, entre outros. Todos estes mitos e lendas, transmitidas de geração em geração, são unânimes na dimensão e na universalidade do dilúvio, o que leva a crer que, se houve uma catástrofe, ela terá ocorrido numa altura em que o homem tinha capacidade de pensar e transmitir a realidade num conceito abstrato.
A Arca para além de, simbolicamente, se reportar à regeneração cíclica, a exemplo de um ovo que contém os genes para a restauração da vida e da espécie, representa também a celebração da união de Deus com a humanidade.
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Como referenciar
Porto Editora – O Dilúvio na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-17 10:43:23]. Disponível em
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