O Império dos Sentidos
Controverso filme erótico coproduzido pela França e o Japão em 1976 e escrito e realizado por Nagisa Oshima. Ai No Corrida, no seu título original, foi interpretado por Tatsuya Fuji, Eiko Matsuda, Aoi Nakajima e Meika Seri, tendo ficado mundialmente famoso pela sua carga explícita (mesmo pornográfica) que chocou plateias e originou a proibição do filme em diversos países.
Alegadamente baseado na realidade, a história tem lugar no Japão em 1936. Num contexto de militarização crescente no país (em vésperas da Segunda Guerra Mundial), uma prostituta, Sada (Eiko Matsuda), vai trabalhar como criada para um bordel. O dono Kichizo (Tatsuya Fuji) rapidamente a corteja e, apesar de serem ambos casados, logo obtém a retribuição de Sada. A sua relação vai em crescendo, passando todo o tempo a ter relações sexuais, até que a obsessão mútua ameaça destruí-los. O casal não se interessa por mais nada que não seja o prazer sexual, praticando-o nas suas mais variadas formas e situações - mesmo enquanto comem ou tocam música.
A polémica em volta do filme gerou basicamente duas opiniões díspares: uma considera tratar-se da mais pura e gratuita pornografia travestida de filme artístico, com o objetivo único de provocar o espectador e o ir indignando gradualmente. A outra argumenta a subtil e poderosa crítica social que simboliza ao descrever de uma forma ímpar e ousada o espaço máximo de liberdade íntima num contexto de opressão social. Esta perspetiva nega também a gratuitidade das cenas e acrescenta tratar-se de uma encenação desafiadora e corajosa, bela e original.
De qualquer das formas, é inegável que, para além de constituir um importante documento sócio-histórico, O Império dos Sentidos revela-se como um momento central na história do cinema. Poucos filmes se fizeram com um cariz tão sexualmente transgressor, tão libertário e capaz de colocar à prova as audiências como este.
Estando previsto ter uma passagem no Festival de Cinema de Nova Iorque, o filme acabou por ser apreendido pelas autoridades norte-americanas que o baniram do país pelo seu conteúdo gráfico excessivo, acontecendo o mesmo noutros países. A título de curiosidade, o filme causou grande escândalo em Portugal quando passou pela primeira vez na televisão, na RTP, em 1991. Ficou célebre a frase do bispo de Braga da altura: "Aprendi mais em 10 minutos deste filme do que no resto da minha vida".
Alegadamente baseado na realidade, a história tem lugar no Japão em 1936. Num contexto de militarização crescente no país (em vésperas da Segunda Guerra Mundial), uma prostituta, Sada (Eiko Matsuda), vai trabalhar como criada para um bordel. O dono Kichizo (Tatsuya Fuji) rapidamente a corteja e, apesar de serem ambos casados, logo obtém a retribuição de Sada. A sua relação vai em crescendo, passando todo o tempo a ter relações sexuais, até que a obsessão mútua ameaça destruí-los. O casal não se interessa por mais nada que não seja o prazer sexual, praticando-o nas suas mais variadas formas e situações - mesmo enquanto comem ou tocam música.
A polémica em volta do filme gerou basicamente duas opiniões díspares: uma considera tratar-se da mais pura e gratuita pornografia travestida de filme artístico, com o objetivo único de provocar o espectador e o ir indignando gradualmente. A outra argumenta a subtil e poderosa crítica social que simboliza ao descrever de uma forma ímpar e ousada o espaço máximo de liberdade íntima num contexto de opressão social. Esta perspetiva nega também a gratuitidade das cenas e acrescenta tratar-se de uma encenação desafiadora e corajosa, bela e original.
De qualquer das formas, é inegável que, para além de constituir um importante documento sócio-histórico, O Império dos Sentidos revela-se como um momento central na história do cinema. Poucos filmes se fizeram com um cariz tão sexualmente transgressor, tão libertário e capaz de colocar à prova as audiências como este.
Estando previsto ter uma passagem no Festival de Cinema de Nova Iorque, o filme acabou por ser apreendido pelas autoridades norte-americanas que o baniram do país pelo seu conteúdo gráfico excessivo, acontecendo o mesmo noutros países. A título de curiosidade, o filme causou grande escândalo em Portugal quando passou pela primeira vez na televisão, na RTP, em 1991. Ficou célebre a frase do bispo de Braga da altura: "Aprendi mais em 10 minutos deste filme do que no resto da minha vida".
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Como referenciar
Porto Editora – O Império dos Sentidos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-22 16:36:21]. Disponível em
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