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ONG
As ONG, Organizações Não Governamentais, são associações benévolas que contribuem de diversas formas para o desenvolvimento das áreas mais carenciadas. Podemos apontar como exemplos a ACEP (Associação para a Cooperação entre Povos), a AMI (Fundação Assistência Médica Internacional), a Amnistia Internacional, o Banco Alimentar Contra a Fome, SOS Racismo, entre muitas outras.
Os fundos reunidos por estas organizações resultam de donativos particulares que provêm, na sua maioria, da Suécia, Suíça, Noruega, Alemanha e do Estado em que estão implantadas. As ajudas iniciaram-se na década de 70 no Bangladesh, com incidência no planeamento familiar e na vacinação de crianças. Desenvolveram programas de educação no Quénia, Grana, Nigéria, Serra Leoa, África do Sul e Zimbabwe, com o objetivo de aumentar a participação na vida coletiva. No Uganda foi desenvolvido um programa sanitário a partir de 1986. No Zimbabwe agricultores foram apoiados e multiplicaram as produções agrícolas, sendo uma parte destas destinada à venda no mercado. No Sul da Índia, também com o apoio das ONG, os pescadores melhoraram o seu nível de vida após a aplicação de novas técnicas de pesca. Estas são algumas das intervenções destas importantes organizações.
As Organizações Não Governamentais representam uma importante faceta da política internacional desde meados do século XIX.
Habitualmente aponta-se o ano de 1840 como o do arranque destas estruturas com o surgimento da Convenção Mundial Anti-esclavagista, que espalhou pelo mundo as suas ideias acerca desse tema. Desde cedo, também as ONG cobriam e pugnavam por uma grande variedade de assuntos e causas de todo o género: científicas, religiosas, ajuda de emergência e assuntos humanitários.
As Conferências Pugwash sobre Ciência e Assuntos do Mundo, o Movimento Internacional Escutista, a Ajuda Cristã e a Cruz Vermelha Internacional são alguns exemplos deste crescente fenómeno de consciencialização social.
Em 1909, as ONG eram pouco mais de 200; em meados dos anos 90, e em grande medida devido ao desenvolvimento da comunicação global, estavam registadas mais de 2000. Hoje em dia, estas organizações beneficiam do facto de desempenharem um papel de relevo em organizações multilaterais como a Organização das Nações Unidas, a Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE) ou a União Europeia.
O artigo 71 da Carta das Nações Unidas instrui mesmo o Conselho Económico e Social desta organização a organizar canais de consulta destas estruturas. Com notória voz ativa e um largo apoio, o papel das ONG é cada vez mais decisivo na resolução de problemas internacionais mais ou menos dramáticos. A sua estrutura e forma de atuação tornaram possível, por exemplo, contactos e trocas de informação em fronteiras ou espaços de crise sem qualquer envolvimento dos governos.
Hoje em dia o seu papel é amplamente reconhecido; a tal ponto que há quem considere que, dada a sua influência política, correm muitas vezes o risco de instrumentalização. Outra crítica que habitualmente se lhes faz diz respeito às "agendas apertadas" que as impede de tornar duradoura a sua atuação, e a falta de uma contabilidade eficaz que, para além de afastar algumas suspeitas de fraudes, permita uma perfeita aplicação dos fundos acumulados.
Os fundos reunidos por estas organizações resultam de donativos particulares que provêm, na sua maioria, da Suécia, Suíça, Noruega, Alemanha e do Estado em que estão implantadas. As ajudas iniciaram-se na década de 70 no Bangladesh, com incidência no planeamento familiar e na vacinação de crianças. Desenvolveram programas de educação no Quénia, Grana, Nigéria, Serra Leoa, África do Sul e Zimbabwe, com o objetivo de aumentar a participação na vida coletiva. No Uganda foi desenvolvido um programa sanitário a partir de 1986. No Zimbabwe agricultores foram apoiados e multiplicaram as produções agrícolas, sendo uma parte destas destinada à venda no mercado. No Sul da Índia, também com o apoio das ONG, os pescadores melhoraram o seu nível de vida após a aplicação de novas técnicas de pesca. Estas são algumas das intervenções destas importantes organizações.
As Organizações Não Governamentais representam uma importante faceta da política internacional desde meados do século XIX.
As Conferências Pugwash sobre Ciência e Assuntos do Mundo, o Movimento Internacional Escutista, a Ajuda Cristã e a Cruz Vermelha Internacional são alguns exemplos deste crescente fenómeno de consciencialização social.
Em 1909, as ONG eram pouco mais de 200; em meados dos anos 90, e em grande medida devido ao desenvolvimento da comunicação global, estavam registadas mais de 2000. Hoje em dia, estas organizações beneficiam do facto de desempenharem um papel de relevo em organizações multilaterais como a Organização das Nações Unidas, a Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE) ou a União Europeia.
O artigo 71 da Carta das Nações Unidas instrui mesmo o Conselho Económico e Social desta organização a organizar canais de consulta destas estruturas. Com notória voz ativa e um largo apoio, o papel das ONG é cada vez mais decisivo na resolução de problemas internacionais mais ou menos dramáticos. A sua estrutura e forma de atuação tornaram possível, por exemplo, contactos e trocas de informação em fronteiras ou espaços de crise sem qualquer envolvimento dos governos.
Hoje em dia o seu papel é amplamente reconhecido; a tal ponto que há quem considere que, dada a sua influência política, correm muitas vezes o risco de instrumentalização. Outra crítica que habitualmente se lhes faz diz respeito às "agendas apertadas" que as impede de tornar duradoura a sua atuação, e a falta de uma contabilidade eficaz que, para além de afastar algumas suspeitas de fraudes, permita uma perfeita aplicação dos fundos acumulados.
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Como referenciar
Porto Editora – ONG na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-11 22:32:12]. Disponível em
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