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Os Poemas de Álvaro Feijó
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Obra póstuma, publicada no ano da morte do autor pela coleção Novo Cancioneiro, Os Poemas reúnem a obra completa de Álvaro Feijó.
Incluem Corsário, publicado em 1940, e os inéditos Primeiros Versos e Diário de Bordo. As três obras estabelecem uma continuidade com o lirismo neorromântico e finissecular, na esteira de António Nobre ou Guerra Junqueiro, combinando nas composições coligidas a inspiração tradicional da expressão amorosa e da subjetividade, com preocupações sociais e com a angústia provocada por um contexto histórico marcado pela Guerra Civil de Espanha e pelo início do segundo conflito mundial ("Façam-se os alicerces da cidade do futuro/ nas rotas que a metralhadora vai abrindo!", "Poema", in Corsário). Datando as composições de Primeiros Versos de 1936 a 1940, e os textos de Diário de Bordo essencialmente de 1940, parece que o último volume, embora recorrendo também com frequência à imagética marítima na expressão da situação existencial, está mais próximo da forma e dos conteúdos da poesia neorrealista, nomeadamente na opção por um compromisso com a vida e com a luta e no repúdio do lirismo individualista e inútil: "(...) se cantares a rua, a fome, o sofrimento,/ se abrires os olhos sobre o nosso mundo,/ se conseguires que toda a gente o veja/ e o sinta, e sofra, só de ver sofrer,/ ninguém se lembrará de ti, poeta,/ mas terás feito a tua luta,/ e, nela,/ justificado uma razão de ser." (de Diário de Bordo).

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Como referenciar
Porto Editora – Os Poemas de Álvaro Feijó na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-12 02:56:17]. Disponível em

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