Os Welser
Importante família de mercadores sediada em Augsburg, onde fundaram companhias comerciais e mineiras durante o século XIV. A sua evolução culmina com o papel de destaque alcançado quer na política quer na economia durante o século XVI.
Os impulsionadores dos negócios familiares foram os quatro irmãos - Bartholomäus, Lucas, Ulrich e Jakob - que em 1490 se aliam a Hans Vöhlin de Memmlingen com o objetivo de comerciar o minério extraído da região do Tirol.
É com Anton, filho de Lucas Welser, que a firma familiar atingirá um grande sucesso através da multiplicação dos negócios em várias áreas. Comercia um variado leque de produtos, nomeadamente os panos originários da Flandres, as especiarias que vinham da Índia e da Guiné, a lã da Inglaterra e o minério que chegava das minas do Saxe. Tem a iniciativa de fundar em 1498 uma companhia que tinha por missão levar a cabo ações de troca nas principais praças europeias e por isso espalhou sucursais em várias cidades. O desafogo financeiro e o grande volume de transações efetuadas pelos Welser comprovam-se pela possessão de uma frota comercial e de entrepostos em Lisboa e Antuérpia em 1503, chegando mesmo a aliar-se a outros mercadores alemães na constituição de um consórcio para o comércio das especiarias entre as Índias e Lisboa.
Teriam um papel relevante no panorama político europeu aquando da eleição de Carlos V ao trono do império dos Habsburgos em 1519 daí tirando contrapartidas financeiras e sociais, porque foi-lhes possível ascender à nobreza castelhana em 1531.
A Coroa portuguesa estabeleceu ligações comerciais com esta família entre 1576 e 1581 através da concessão do monopólio do comércio com a Índia a companhias particulares, entrando os Welser com metade do dinheiro. Filipe II voltou a adotar uma política de abertura de tráfego e arrendou o exclusivo da pimenta aos Welser e Fugger entre 1581 e 1586.
A ligação a Carlos V veio a refletir-se mais tarde já quando o filho de Anton, Bartholomäus, se encontrava à frente dos negócios. Assim, passou a orientar os negócios da grande empresa para a América espanhola. Sediados primeiro nas Canárias e depois na ilha de São Domingos, obtêm do imperador a autorização de comercializar cobre extraído da ilha, negoceiam um monopólio do comércio de escravos e alcançam o direito de colonizar a Venezuela.
Todavia uma atitude de intransigência na condução dos negócios em São Domingos fez rescindir o contrato de exploração da ilha e marcaria definitivamente a queda da família Welser.
Os impulsionadores dos negócios familiares foram os quatro irmãos - Bartholomäus, Lucas, Ulrich e Jakob - que em 1490 se aliam a Hans Vöhlin de Memmlingen com o objetivo de comerciar o minério extraído da região do Tirol.
É com Anton, filho de Lucas Welser, que a firma familiar atingirá um grande sucesso através da multiplicação dos negócios em várias áreas. Comercia um variado leque de produtos, nomeadamente os panos originários da Flandres, as especiarias que vinham da Índia e da Guiné, a lã da Inglaterra e o minério que chegava das minas do Saxe. Tem a iniciativa de fundar em 1498 uma companhia que tinha por missão levar a cabo ações de troca nas principais praças europeias e por isso espalhou sucursais em várias cidades. O desafogo financeiro e o grande volume de transações efetuadas pelos Welser comprovam-se pela possessão de uma frota comercial e de entrepostos em Lisboa e Antuérpia em 1503, chegando mesmo a aliar-se a outros mercadores alemães na constituição de um consórcio para o comércio das especiarias entre as Índias e Lisboa.
Teriam um papel relevante no panorama político europeu aquando da eleição de Carlos V ao trono do império dos Habsburgos em 1519 daí tirando contrapartidas financeiras e sociais, porque foi-lhes possível ascender à nobreza castelhana em 1531.
A Coroa portuguesa estabeleceu ligações comerciais com esta família entre 1576 e 1581 através da concessão do monopólio do comércio com a Índia a companhias particulares, entrando os Welser com metade do dinheiro. Filipe II voltou a adotar uma política de abertura de tráfego e arrendou o exclusivo da pimenta aos Welser e Fugger entre 1581 e 1586.
A ligação a Carlos V veio a refletir-se mais tarde já quando o filho de Anton, Bartholomäus, se encontrava à frente dos negócios. Assim, passou a orientar os negócios da grande empresa para a América espanhola. Sediados primeiro nas Canárias e depois na ilha de São Domingos, obtêm do imperador a autorização de comercializar cobre extraído da ilha, negoceiam um monopólio do comércio de escravos e alcançam o direito de colonizar a Venezuela.
Todavia uma atitude de intransigência na condução dos negócios em São Domingos fez rescindir o contrato de exploração da ilha e marcaria definitivamente a queda da família Welser.
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Porto Editora – Os Welser na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-26 11:13:00]. Disponível em
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