Osamu Shimomura
Cientista e biólogo marinho japonês com nacionalidade norte-americana, Osamu Shimomura nasceu a 27 de agosto de 1928, no Quioto. Cresceu na Manchúria (China) e em Osaka (Japão) e mais tarde a sua família mudou-se para Nagasáqui, onde ele perdeu a visão temporariamente em consequência do lançamento da bomba atómica sobre a cidade, em 1945. Nos onze anos que se seguiram, Shimomura teve de ultrapassar diversos obstáculos para conseguir vencer no mundo académico. Formou-se em Química Orgânica, em 1958, na Universidade de Nagoya e dois anos mais tarde concluiu o seu doutoramento na mesma área, enquanto trabalhava como assistente do professor Yoshimasa Hirata na mesma universidade.
Um dos projetos que lhe foi atribuído enquanto assistente foi o de descobrir o que fazia os restos de um de tipo de molusco brilhar quando mergulhados na água. Este trabalho levou-o à descoberta da proteína que estava por detrás de tal fenómeno. As conclusões de Shimomura tiveram repercussões e em 1960 foi recrutado para trabalhar na Universidade de Princeton.
Lá, Shimomura trabalhou no Departamento de Biologia em conjunto com Frank Johnson e dedicou-se ao estudo da alforreca (ou medusa) Aequosa victoria encontrada ao largo da costa ocidental da América do Norte. Em 1962, o trabalho de ambos resultou na descoberta da proteína verde fluorescente (GFP – Green Fluorescent Protein) na alforreca: esta apresentava um verde brilhante sob o efeito da luz ultravioleta. Desde esse momento que a proteína verde fluorescente é uma das ferramentas mais importantes e mais usadas na Biociência. Esta proteína é de extremo valor e utilidade, pois com ela os cientistas desenvolveram processos de observação que, até então, eram invisíveis, como é o caso do desenvolvimento de células nervosas do cérebro.
Shimomura recebeu diversos prémios como reconhecimento do trabalho desenvolvido, dos quais se destacam o Pearse Prize, o Emile Chamot Award, o Asahi Prize e a Order of Culture.
Em 2008, Osamu Shimomura foi condecorado com o Prémio Nobel da Química, prémio que dividiu com os cientistas Roger Yonchien Tsien e Martin Chalfie. Os três cientistas foram galardoados pelo trabalho realizado em torno da proteína verde fluorescente. Osamu Shimomura pela descoberta da proteína, Martin Chalfie pela demonstração da sua importância em vários fenómenos biológicos e Roger Yonchien Tsien pelo desenvolvimento das suas potencialidades.
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