Palácio Nacional da Pena
No alto da Serra de Sintra implanta-se o romântico Palácio Nacional da Pena, rodeado por um ambiente de deslumbrante beleza natural. O palácio foi edificado nos meados do século XIX sobre as ruínas de um antigo mosteiro quinhentista da Ordem de S. Jerónimo, adquirido em 1838 pelo príncipe de origem alemã D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, marido da rainha D. Maria II. Este esclarecido mecenas, amante da arte portuguesa, pretendia restaurar o arruinado mosteiro, mas acabou por reconvertê-lo numa residência de veraneio, de acordo com os planos do engenheiro alemão Von Eschweg.
A conceção deste palácio inspirou-se nas ecléticas correntes artísticas que procuravam recuperar a Idade Média como uma das referências conceptuais, por excelência, do romantismo oitocentista. Von Eschweg efetua uma viagem pela Europa e Norte de África inspirando-se em monumentos alemães, franceses, do sul de Espanha e da Argélia. Amalgamando estas diversas influências com a recuperação das soluções propostas pela arte manuelina do século XVI, este engenheiro concebe aquele que é o primeiro palácio romântico da arte portuguesa.
Do primitivo cenóbio jerónimo do século XVI subsistiu parte do claustro e da capela, com o seu magnífico retábulo renascentista, em alabastro e mármore, composição cenográfica preenchida por temas alusivos à vida de Cristo e da Virgem, saído das mãos do notável escultor francês Nicolau Chanterene.
Neste surpreendente palácio acastelado, organizado em torno de sólidos e equilibrados módulos arquitetónicos, podem observar-se diferentes estilos de influência oriental e mudéjar nos seus azulejos, portas, cúpulas e minaretes de torres e torreões, mesclado com outros elementos inspirados na arte manuelina, de cariz naturalista. Esta confluência revivalista de diferentes estilos originou criações não menos fantásticas, como são exemplo o monumental pórtico do Tritão ou da janela neo-manuelina, inspirada na original existente no Convento de Cristo em Tomar. As sugestões revivalistas reinventadas prolongam-se no sereno e gracioso claustro forrado com azulejos hispano-árabes ou nos aposentos e salões reais, profusamente decorados com policromas pinturas e azulejos, com os móveis mais elegantes, os serviços de prata e porcelanas mais delicadas e os tecidos de melhor qualidade, criando uma atmosfera romântica e acolhedora de grande intimidade.
Serviu o Palácio da Pena de derradeira morada a D. Manuel II, após o triunfo da República em 5 de outubro de 1910, e daqui partiu o último monarca português para um longo e definitivo exílio.
Este palácio faz parte de um local classificado como Património Mundial pela UNESCO com a designação Paisagem Cultural de Sintra.
A conceção deste palácio inspirou-se nas ecléticas correntes artísticas que procuravam recuperar a Idade Média como uma das referências conceptuais, por excelência, do romantismo oitocentista. Von Eschweg efetua uma viagem pela Europa e Norte de África inspirando-se em monumentos alemães, franceses, do sul de Espanha e da Argélia. Amalgamando estas diversas influências com a recuperação das soluções propostas pela arte manuelina do século XVI, este engenheiro concebe aquele que é o primeiro palácio romântico da arte portuguesa.
Do primitivo cenóbio jerónimo do século XVI subsistiu parte do claustro e da capela, com o seu magnífico retábulo renascentista, em alabastro e mármore, composição cenográfica preenchida por temas alusivos à vida de Cristo e da Virgem, saído das mãos do notável escultor francês Nicolau Chanterene.
Serviu o Palácio da Pena de derradeira morada a D. Manuel II, após o triunfo da República em 5 de outubro de 1910, e daqui partiu o último monarca português para um longo e definitivo exílio.
Este palácio faz parte de um local classificado como Património Mundial pela UNESCO com a designação Paisagem Cultural de Sintra.
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Como referenciar
Palácio Nacional da Pena na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$palacio-nacional-da-pena [visualizado em 2025-06-14 18:40:32].
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