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Panteão de Roma
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Tal como o nome o sugere, o Panteão de Roma foi dedicado a todos os deuses, ou, mais especificamente, às divindades planetárias que, em número de sete, justificam os nichos com altares existentes no interior da cella.
O edifício que atualmente se observa no Campo de Marte foi mandado erguer entre 118 e 128 pelo imperador Adriano que, segundo alguns autores, terá participado ativamente na sua conceção. Substitui uma construção mais pequena, consagrada a Júpiter, construída por Marcus Agrippa em 27 a. C. que sofrera um devastador incêndio.
Exteriormente, este edifício é formado por um tambor cilíndrico liso de quarenta e quatro metros de diâmetro, sem decoração, que contém a cella do templo, coroada por uma cúpula de curvatura suave, rematada interiormente por uma série de degraus concêntricos. A entrada no templo é marcada por um profundo pórtico, solução tradicional para os templos romanos de planta retangular. Originalmente este pronaus apresentava um envasamento alto ao qual se subia por largos degraus, no entanto, a subida do nível da praça soterrou este elemento arquitetónico. Para além de constituir um átrio que resolve a transição enrte exterior e interior, este pórtico de três naves e oito colunas responde a uma vontade genuinamente romana de criação de uma fachada monumental.
Fachada principal do Panteão de Roma, em Itália
Abóbada do Panteão de Roma
No entablamento desta fachada, coroada por um amplo frontão, Adriano mandou colocar uma inscrição de Agripa, aproveitada dos restos do edifício anterior.
À aparente desconexão entre os vários volumes exteriores e à sobriedade da imagem exterior do templo contrasta a monumentalidade assumida pelo espaço interior, um dos momentos maiores da arquitetura romana, no que toca à solução compositiva e estilística.
Se, por um lado, tanto a planta circular como a cúpula foram já testadas noutros tipos de edifícios civis, como as termas ou mesmo em construções religiosas, ganham aqui uma monumentalidade e qualidade espacial inusitadas.
No interior a cúpula não é abatida como aparenta quando vista de fora. De facto, espessura da sua parede vai diminuindo, por causa das cargas laterais, entre os seis e os dois metros no topo, definindo um perfil interno perfeitamente circular. Para além do seu valor construtivo, enquanto testemunho do aperfeiçoamento técnico da construção em tijolo e pedra pelos romanos, a cúpula tinha um sentido eminentemente simbólico, representando a abóbada celeste.
Uma rede de correspondências métricas permite unificar o plano e ligar os diferentes elementos. A relação proporcional mais significativa é a igualdade entre o diâmetro da planta e a altura do espaço interior do templo, que permite inscrever uma circunferência na sua secção.
A parede do templo é articulada por oito nichos profundos, alternando a forma retangular com a semicircular, cada um deles fechado por três colunas. Sobre este nível e separado por uma cornija ergue-se o tambor de suporte da cúpula, ritmado por aberturas retangulares.
A cúpula apresenta uma sólida estrutura formada por cinco ordens de caixotões que apontam na direção ao óculo circular que a remata.
O revestimento das paredes e do pavimento em mármore colorido conservam-se tal como foram definidos pelos romanos. Também originais são os caixotões da cúpula, embora tenha desaparecido a camada dourada que a recobria.
Nos inícios do século VII (em 609) o edifício foi consagrado como igreja recebendo a designação de Santa Maria dos Mártires, processo de apropriação religiosa que foi responsável pela sua conservação durante mais de dezoito séculos. Nesta altura os grandes nichos laterais foram redecorados, recebendo imagens cristãs.
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Como referenciar
Porto Editora – Panteão de Roma na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-14 10:56:18]. Disponível em
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