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paradigma
O termo paradigma vem da linguística. Ele aparece a partir dos estudos do linguista suíço Ferdinand de Saussure, nos anos 20 e seguintes do século XX. Saussure estabeleceu a teoria do signo linguístico. Os signos linguísticos são os elementos constituintes de uma língua, os quais se relacionam, ou seja, existem solidários entre si. Antes do aparecimento desta teoria, havia os neogramáticos, que estudavam a linguística com uma perspetiva histórica, comparando textos da mesma época. Desta forma, os elementos da língua eram estudados isoladamente, sobretudo os aspetos fonéticos. Com Saussure, começou-se a estudar cada elemento articulado com os outros, levando a estabelecer a noção de língua como um sistema de elementos denominados signos. Os signos, ao associarem-se, podem produzir dois tipos de relações ou associações: sintagmáticas e paradigmáticas.
No primeiro caso, o que acontece é que os signos se encadeiam uns nos outros, formando combinações de sintagmas, que são unidades consecutivas, ou seja, que estão presentes umas ao lado das outras, num eixo horizontal, chamado eixo sintagmático ou das presenças ou das combinações (ex.: O João foi passear - o sujeito "João" combina-se com o predicado "foi passear" para formar a frase, estão os dois presentes na frase).
No segundo caso, o das relações paradigmáticas, estas estabelecem-se na ausência dos elementos, feitas por substituições em eixos verticais. Elas permitem passar, por exemplo, da frase: O Pedro tem um livro, para esta outra: A Maria leva alguns cadernos, fazendo substituições do determinante, do nome, do verbo, do pronome indefinido e do nome. Isto significa que os elementos que constituem um paradigma são comutáveis, podem-se trocar, desde que se distribuam sempre da mesma maneira, isto é, que ocupem sempre a mesma posição.
Assim, para que se estabeleçam relações paradigmáticas, os elementos que se substituem são tomados como modelos, pois é a partir deles que se operam as comutações.
A designação de paradigma passou da linguística para a gramática, designando o modelo de uma classe gramatical, por exemplo, o verbo "amar" é, habitualmente, o paradigma que serve de modelo para conjugar os verbos da primeira conjugação (terminados em -ar).
Daí, o termo paradigma passou para a linguagem em geral e entrou nas Ciências Sociais, onde tem igualmente a aceção de modelo ou matriz, de algo que serve de referência.
A sua carga semântica é forte, pois liga-se à norma, ao conjunto de regras que regem determinada situação ou grupo, destinando-se a servir de exemplo, por forma a ser imitado.
A qualidade do paradigma reside em possuir qualidades ou características que façam dele um tipo e o seu objetivo é ser reproduzido.
No primeiro caso, o que acontece é que os signos se encadeiam uns nos outros, formando combinações de sintagmas, que são unidades consecutivas, ou seja, que estão presentes umas ao lado das outras, num eixo horizontal, chamado eixo sintagmático ou das presenças ou das combinações (ex.: O João foi passear - o sujeito "João" combina-se com o predicado "foi passear" para formar a frase, estão os dois presentes na frase).
No segundo caso, o das relações paradigmáticas, estas estabelecem-se na ausência dos elementos, feitas por substituições em eixos verticais. Elas permitem passar, por exemplo, da frase: O Pedro tem um livro, para esta outra: A Maria leva alguns cadernos, fazendo substituições do determinante, do nome, do verbo, do pronome indefinido e do nome. Isto significa que os elementos que constituem um paradigma são comutáveis, podem-se trocar, desde que se distribuam sempre da mesma maneira, isto é, que ocupem sempre a mesma posição.
Assim, para que se estabeleçam relações paradigmáticas, os elementos que se substituem são tomados como modelos, pois é a partir deles que se operam as comutações.
A designação de paradigma passou da linguística para a gramática, designando o modelo de uma classe gramatical, por exemplo, o verbo "amar" é, habitualmente, o paradigma que serve de modelo para conjugar os verbos da primeira conjugação (terminados em -ar).
Daí, o termo paradigma passou para a linguagem em geral e entrou nas Ciências Sociais, onde tem igualmente a aceção de modelo ou matriz, de algo que serve de referência.
A sua carga semântica é forte, pois liga-se à norma, ao conjunto de regras que regem determinada situação ou grupo, destinando-se a servir de exemplo, por forma a ser imitado.
A qualidade do paradigma reside em possuir qualidades ou características que façam dele um tipo e o seu objetivo é ser reproduzido.
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Como referenciar
Porto Editora – paradigma na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-10 04:20:41]. Disponível em
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