Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC)
Movimento anticolonialista fundado por Amílcar Cabral, entre outros, em 1956, com orientação marxista-leninista. Foi na Guiné-Bissau que a guerra de independência das antigas colónias portuguesas foi mais dura, tendo o PAIGC infligido muitas baixas ao exército português. Em 1973, Amílcar Cabral foi assassinado, sendo substituído na presidência do Partido pelo seu irmão Luís Cabral.
A 24 de novembro de 1973, o PAIGC declarou, unilateralmente, a independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, não reconhecida por Portugal mas reconhecida por oitenta e dois membros da Organização das Nações Unidas.
Depois do 25 de abril, logo a 14 de novembro, foi declarada conjuntamente com Portugal a independência da Guiné-Bissau, sendo a Presidência da República ocupada por Luís Cabral. Em 1980, Luís Cabral foi afastado do cargo por João Bernardo Vieira (mais conhecido como "Nino" Vieira), tendo sido acusado de se ter desviado dos princípios do PAIGC. Este facto provocou a rutura entre a Guiné-Bissau e Cabo Verde, e também a divisão do partido, tendo-se formado em Cabo Verde, no ano seguinte, o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV).
O sistema de partido único constava da Constituição aprovada em maio de 1984, mas, com a crescente instabilidade no país, em 1991, houve uma revisão da Constituição que levou ao estabelecimento do multipartidarismo. Em agosto de 1994 realizaram-se eleições gerais, tendo "Nino" Vieira sido eleito presidente da República. Quatro anos mais tarde, rebentou uma guerra civil na Guiné-Bissau, causado por um grupo de revoltosos contra a ordem instituída por Nino Vieira. Esse grupo era liderado por Ansumane Mané, antigo companheiro de guerrilha do presidente. Nino é destituído do cargo em 1999. O país passou a ser governado por uma junta militar e, mais tarde, em janeiro de 2000, o líder do PAIGC perdeu para Kumba Ialá, do Partido de Renovação Social (PRS). Este renunciou ao cargo em 2003, após um golpe militar, e foi criado um Comité Militar para a Reposição da Ordem Constitucional e Democrática (CMROCD) que anunciou dois nomes para os cargos de Presidente da República e Primeiro-Ministro interinos, Henrique Rosa e Artur Sanha (secretário-geral do PRS) respetivamente. Nas eleições legislativas de março de 2004, o PAIGC foi o partido vencedor, liderado por Carlos Gomes Júnior.
A 24 de novembro de 1973, o PAIGC declarou, unilateralmente, a independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, não reconhecida por Portugal mas reconhecida por oitenta e dois membros da Organização das Nações Unidas.
Depois do 25 de abril, logo a 14 de novembro, foi declarada conjuntamente com Portugal a independência da Guiné-Bissau, sendo a Presidência da República ocupada por Luís Cabral. Em 1980, Luís Cabral foi afastado do cargo por João Bernardo Vieira (mais conhecido como "Nino" Vieira), tendo sido acusado de se ter desviado dos princípios do PAIGC. Este facto provocou a rutura entre a Guiné-Bissau e Cabo Verde, e também a divisão do partido, tendo-se formado em Cabo Verde, no ano seguinte, o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV).
O sistema de partido único constava da Constituição aprovada em maio de 1984, mas, com a crescente instabilidade no país, em 1991, houve uma revisão da Constituição que levou ao estabelecimento do multipartidarismo. Em agosto de 1994 realizaram-se eleições gerais, tendo "Nino" Vieira sido eleito presidente da República. Quatro anos mais tarde, rebentou uma guerra civil na Guiné-Bissau, causado por um grupo de revoltosos contra a ordem instituída por Nino Vieira. Esse grupo era liderado por Ansumane Mané, antigo companheiro de guerrilha do presidente. Nino é destituído do cargo em 1999. O país passou a ser governado por uma junta militar e, mais tarde, em janeiro de 2000, o líder do PAIGC perdeu para Kumba Ialá, do Partido de Renovação Social (PRS). Este renunciou ao cargo em 2003, após um golpe militar, e foi criado um Comité Militar para a Reposição da Ordem Constitucional e Democrática (CMROCD) que anunciou dois nomes para os cargos de Presidente da República e Primeiro-Ministro interinos, Henrique Rosa e Artur Sanha (secretário-geral do PRS) respetivamente. Nas eleições legislativas de março de 2004, o PAIGC foi o partido vencedor, liderado por Carlos Gomes Júnior.
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Como referenciar
Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$partido-africano-para-a-independencia-da [visualizado em 2025-06-19 07:14:57].
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