Pascoal II
Papa italiano, pertencendo a uma humilde família da Emilia-Romagha, Rainier nasceu na localidade de Bieda de Galeta, tendo sido abade de São Lourenço Fora de Muros e cardeal presbítero de São Clemente, ambas as igrejas em Roma.
Este pontífice (de 13 de agosto de 1099 a 21 de janeiro de 1118) persistiu radicalmente na posição contra as investiduras, conforme tinha sido instituído no sínodo realizado durante o pontificado de São Gregório VII, em 1075, o que lhe valeu o confronto com dois antipapas, Teodorico e Albano.
No ano de 1107 realizou-se um concílio em Châlon-sur-Marne e outro em Troyes, onde o papa, o rei Henrique I de Inglaterra e São Anselmo (arcebispo de Cantuária e legado do papa em Inglaterra, apesar de o ser contra a vontade de Henrique, que pensava que o senhor temporal devia também ser o espiritual - cesaropapismo), chegaram finalmente a um acordo sobre as investiduras: o rei não designaria a pessoa para o cargo mas esta estaria pendente da sua aprovação, e o bispo investido teria de lhe prestar um juramento de fidelidade.
Tendo falecido o imperador germânico Henrique IV em 1106, o seu filho Henrique V dirigiu-se a Roma quatro anos depois para ser coroado, com um exército de trinta mil homens com o qual visava subjugar as cidades leais ao papa. Este fez-lhe saber que apenas poderia ser coroado se renunciasse às investiduras, tendo proposto a entrega das terras de que os bispos eram possuidores ao imperador, vivendo os eclesiásticos de esmolas e outros recursos e sob a lei exclusiva da Igreja. Obviamente, Henrique V aceitou, tendo contudo o chamado acordo de Sutri, de fevereiro de 1111, provocado uma onde de descontentamento quando o texto foi lido publicamente, na altura da coroação do imperador. Este conferenciou então com os seus bispos e chegou à conclusão de que o acordo era herético, prendendo o papa no monte Mário até ao seu reconhecimento das investiduras laicas e chamou Silvestre IV, para o caso de ser necessário um novo pontífice. Pascoal assinou em abril de 1111 o Privilégio de Ponte Mammola, reconhecendo o direito de investidura laica.
Por outro lado, o prestígio do papado tinha subido, amparado pela tomada de Jerusalém pelos cruzados em 1099; deste modo, surgiu naturalmente a ideia de tomar Constantinopla aos católicos bizantinos que se tinham afastado da doutrina romana e contestavam a supremacia desta Sede. Foi assim que o imperador do Oriente, Aleixo I, quis negociar a paz em 1112 (ameaçada pela bênção que fora já dada em 1105 aos soldados de Bohemundo de Tarento para que a sua missão tivesse êxito), vendo-se obrigado a reconhecer a supremacia incontestável da Sede de São Pedro.
Este papa instituiu também que o colégio cardinalício seria composto por dezoito diáconos, vinte e oito presbíteros e sete bispos.
Este pontífice (de 13 de agosto de 1099 a 21 de janeiro de 1118) persistiu radicalmente na posição contra as investiduras, conforme tinha sido instituído no sínodo realizado durante o pontificado de São Gregório VII, em 1075, o que lhe valeu o confronto com dois antipapas, Teodorico e Albano.
No ano de 1107 realizou-se um concílio em Châlon-sur-Marne e outro em Troyes, onde o papa, o rei Henrique I de Inglaterra e São Anselmo (arcebispo de Cantuária e legado do papa em Inglaterra, apesar de o ser contra a vontade de Henrique, que pensava que o senhor temporal devia também ser o espiritual - cesaropapismo), chegaram finalmente a um acordo sobre as investiduras: o rei não designaria a pessoa para o cargo mas esta estaria pendente da sua aprovação, e o bispo investido teria de lhe prestar um juramento de fidelidade.
Tendo falecido o imperador germânico Henrique IV em 1106, o seu filho Henrique V dirigiu-se a Roma quatro anos depois para ser coroado, com um exército de trinta mil homens com o qual visava subjugar as cidades leais ao papa. Este fez-lhe saber que apenas poderia ser coroado se renunciasse às investiduras, tendo proposto a entrega das terras de que os bispos eram possuidores ao imperador, vivendo os eclesiásticos de esmolas e outros recursos e sob a lei exclusiva da Igreja. Obviamente, Henrique V aceitou, tendo contudo o chamado acordo de Sutri, de fevereiro de 1111, provocado uma onde de descontentamento quando o texto foi lido publicamente, na altura da coroação do imperador. Este conferenciou então com os seus bispos e chegou à conclusão de que o acordo era herético, prendendo o papa no monte Mário até ao seu reconhecimento das investiduras laicas e chamou Silvestre IV, para o caso de ser necessário um novo pontífice. Pascoal assinou em abril de 1111 o Privilégio de Ponte Mammola, reconhecendo o direito de investidura laica.
Por outro lado, o prestígio do papado tinha subido, amparado pela tomada de Jerusalém pelos cruzados em 1099; deste modo, surgiu naturalmente a ideia de tomar Constantinopla aos católicos bizantinos que se tinham afastado da doutrina romana e contestavam a supremacia desta Sede. Foi assim que o imperador do Oriente, Aleixo I, quis negociar a paz em 1112 (ameaçada pela bênção que fora já dada em 1105 aos soldados de Bohemundo de Tarento para que a sua missão tivesse êxito), vendo-se obrigado a reconhecer a supremacia incontestável da Sede de São Pedro.
Este papa instituiu também que o colégio cardinalício seria composto por dezoito diáconos, vinte e oito presbíteros e sete bispos.
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Porto Editora – Pascoal II na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-21 16:28:39]. Disponível em
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