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Paz das Alcáçovas
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Este tratado de paz foi negociado, no ano de 1479, entre D. Afonso V de Portugal e os reis católicos de Espanha, D. Isabel de Castela e D. Fernando V de Aragão.

Neste tratado, que celebrava o fim da Guerra da Sucessão de Castela, ficou acordado que Portugal tinha o senhorio da Guiné, da ilha da Madeira, dos Açores e de Cabo e Verde, bem como a conquista de Fez.

Espanha, por seu lado, tinha o senhorio das ilhas Canárias e a conquista do reino de Granada, que viria a ser tomado aos Muçulmanos em 1492. Ratificado algum tempo depois em Toledo (1480) - daí o facto de, habitualmente, ser também chamado Tratado de Alcáçovas-Toledo - e confirmado pelo Papa em 1481, este acordo diplomático entre as duas coroas ibéricas refletia claramente o processo de expansão marítima em que ambas estavam envolvidas.

O seu aspeto mais importante tem a ver com a tentativa de colocar fim às rivalidades que surgiam entre ambos os reinos pela posse de terras descobertas e a descobrir. Assim, os embaixadores de Portugal e de Castela, representantes dos monarcas, negociaram uma solução que funcionou apenas durante alguns anos. De acordo com ela, Castela mantinha a posse das Canárias, mas aceitava a existência de um paralelo que dividia as conquistas e descobertas a realizar pelos dois reinos: a Castela caberia o hemisfério norte e a Portugal o hemisfério sul. Por pouco tempo: quando entrou no Tejo, chegado da América, a 4 de agosto de 1493, Colombo acreditava ter chegado a Cipango (Japão) mas, ao ouvir o relato do navegador, D. João II, com base nesta empresa, objetou que a terra por ele descoberta pertencia à coroa portuguesa. Adivinhava-se um novo conflito diplomático, apenas resolvido depois com um novo acordo - o Tratado de Tordesilhas.

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Como referenciar
Porto Editora – Paz das Alcáçovas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-27 08:00:29]. Disponível em

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