Poesia satírica
A literatura medieval portuguesa testemunha uma vocação satírica cultivada desde os cancioneiros primitivos até à poesia palaciana.
Na lírica trovadoresca galego-portuguesa, as cantigas de escárnio e maldizer, visando com frequência certas personagens como jograis, soldadeiras, clérigos, fidalgos, plebeus nobilitados, satirizam certos aspetos da vida da corte, circunstâncias políticas, situações anedóticas e picarescas que apresentam uma ridicularização do amor cortês.
Menos licenciosa, a poesia satírica do Cancioneiro Geral, assumindo também a sátira à sociedade do tempo, moteja costumes, indumentárias, constrangimentos da vida da corte; assume, frequentemente, uma postura antiexpansionista; denuncia a desordem social e apresenta, num ataque às damas, o reverso do amor cortês, privilegiando as composições coletivas de tom jocoso.
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Cancioneiro GeralVolumosa coletânea poética, reunida e organizada por Garcia de Resende, impressa em Lisboa, em 1516,...
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RamalheteEm Os Maias, de Eça de Queirós, o Ramalhete é a residência da família Maia, em Lisboa, na Rua de S.
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RécitaRecitação de poemas, com ou sem acompanhamento musical, que ocorria não apenas no âmbito de saraus c
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quiasmoFigura de retórica baseada na simetria que é construída com quatro termos, dois dos quais geralmente
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RegionalismoTendência política ou doutrinária que consiste em atribuir uma maior autonomia e importância às regi
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repetição (retórica)Em estilística, a repetição é um termo genérico que engloba as repetições de palavras e as repetiçõe
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RenascimentoMovimento cultural que se desenvolveu em países da Europa Central e Ocidental como a Itália (passand
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quiproquóDo latim quid pro quo, que significa "uma coisa pela outra", inicialmente o conceito referia-se a um
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quintilhaEstância de cinco versos. Não foi muito apreciada pelos trovadores, mas foi a estrofe preferida dos
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RecensãoEtimologicamente, recensão vem do latim recensionem (= enumeração), que, por sua vez, deriva de cens