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Ponta do Sol
Aspetos Geográficos
O concelho de Ponta do Sol ocupa uma área de 46,8 km2 e abrange três freguesias: Canhas, Madalena do Mar e Ponta do Sol e localiza-se na Região Autónoma da Madeira (RAM) (NUTs I, II e III).
O concelho apresentava, em 2021, um total de 8 367 habitantes.
O concelho encontra-se limitado a oeste por Calheta, a norte por S. Vicente, a este por Ribeira Brava e a sul pelo oceano Atlântico.
Tal como os outros concelhos da ilha da Madeira, possui um clima de influência marítima, com verões amenos, com uma temperatura média que ronda os 26 °C, e invernos também amenos, com temperaturas geralmente por volta dos 18 °C, sendo considerado o concelho mais quente da ilha.
A sua morfologia é bastante acidentada, destacando-se alguns montes com altitudes superiores a 1000 m, como Fonte do Juncal (1595 m) e Loiral (1415 m), e serras, de menor altitude, como a de Salões, com 479 m. Destaque também para o paul da Serra, um planalto com 10 km2 de superfície e 1500 m de altitude, e para a praia de Calhau.
Como recursos hídricos são de destacar a ribeira da Ponta do Sol e a ribeira de Santiago.
História e Monumentos
Nas terras deste concelho fixaram-se os povoadores no século XV (1440), sendo um dos seus fundadores Rodrigo Enes, o Coxo.
O topónimo deriva da existência de uma ponta de rocha que entra pelo mar e na qual se refletem os raios solares, daí a designação de Ponta do Sol.
A 2 de dezembro de 1501 foi outorgado foral por D. Manuel I, sendo elevado o lugar da Ponta do Sol elevado à categoria de vila.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se o Solar dos Esmeraldos, construído no final do século XV, e que era a casa do flamengo João Esmeraldo, grande senhor de canaviais e escravos; a Igreja Matriz da Ponta do Sol, construída no século XV e que foi restaurada no século XVIII, conservando, no interior, uma capela do século XV, também denominada Capela do Fundador, dado que foi construída por Rodrigo Enes, destinando-se a ser a sua sepultura; e a Capela do Espírito Santo, construída no princípio do século XVI e que apresenta trabalhos de talha nos altares e uma imagem flamenga de Nossa Senhora da Luz, do século XVI.
Tradições, Lendas e Curiosidades
Das manifestações populares e culturais do concelho, destaca-se a festa de Nossa Senhora do Livramento, realizada em outubro, festa religiosa e cultural muito bonita, dado que a capela é decorada com açucenas naturais, colhidas nas serras do Loreto pelas raparigas e rapazes solteiros. De 2 a 9 de setembro há uma mostra de produtos agrícolas e de floricultura, que coincide com o feriado municipal, no dia 8. Há também uma romagem de Natal, a 24 de dezembro.
No artesanato são de referir os tapetes de retalhos, os bordados, a tanoaria, as obras de vime e os quadros em tela.
Como curiosidade, conta-se (não se sabe se é lenda ou história) que Ladislau III da Polónia (cavaleiro de Santa Catarina com o nome de Henrique Alemão) recebeu as terras da Madalena (1457), sendo o fundador da povoação. O referido cavaleiro de Santa Catarina casou com a Senhorinha Annes, de quem teve um filho e uma filha. O facto é que este homem recebia regularmente mantimentos de Lisboa e prestavam-lhe deferências especiais na casa do capitão, o que leva a crer que se tratava de uma personalidade muito importante a viver incógnita na Madeira.
Terá sido reconhecido como Ladislau III por monges polacos na casa do capitão. Teve morte trágica no mar, perto do cabo Girão, quando regressava do Algarve, onde estivera em conferência com el-rei D. Afonso V. O filho também viria a morrer no mar.
Economia
No concelho predominam atividades ligadas ao setor terciário, logo seguido pelo setor secundário, com destaque para a indústria de mobiliário e de panificação. O setor primário mantém ainda um peso significativo e está ligado à agroindústria.
Na agricultura predomina o cultivo da batata, de culturas hortícolas extensivas, a horta familiar, os frutos subtropicais (banana) e a vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, coelhos e de ovinos. Somente cerca de 3% (132 ha) do seu território se encontra coberto de floresta e cerca de 440 ha correspondem a terrenos para a prática agrícola.
O concelho de Ponta do Sol ocupa uma área de 46,8 km2 e abrange três freguesias: Canhas, Madalena do Mar e Ponta do Sol e localiza-se na Região Autónoma da Madeira (RAM) (NUTs I, II e III).
O concelho apresentava, em 2021, um total de 8 367 habitantes.
O concelho encontra-se limitado a oeste por Calheta, a norte por S. Vicente, a este por Ribeira Brava e a sul pelo oceano Atlântico.
Tal como os outros concelhos da ilha da Madeira, possui um clima de influência marítima, com verões amenos, com uma temperatura média que ronda os 26 °C, e invernos também amenos, com temperaturas geralmente por volta dos 18 °C, sendo considerado o concelho mais quente da ilha.
A sua morfologia é bastante acidentada, destacando-se alguns montes com altitudes superiores a 1000 m, como Fonte do Juncal (1595 m) e Loiral (1415 m), e serras, de menor altitude, como a de Salões, com 479 m. Destaque também para o paul da Serra, um planalto com 10 km2 de superfície e 1500 m de altitude, e para a praia de Calhau.
Como recursos hídricos são de destacar a ribeira da Ponta do Sol e a ribeira de Santiago.
História e Monumentos
Nas terras deste concelho fixaram-se os povoadores no século XV (1440), sendo um dos seus fundadores Rodrigo Enes, o Coxo.
O topónimo deriva da existência de uma ponta de rocha que entra pelo mar e na qual se refletem os raios solares, daí a designação de Ponta do Sol.
A 2 de dezembro de 1501 foi outorgado foral por D. Manuel I, sendo elevado o lugar da Ponta do Sol elevado à categoria de vila.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se o Solar dos Esmeraldos, construído no final do século XV, e que era a casa do flamengo João Esmeraldo, grande senhor de canaviais e escravos; a Igreja Matriz da Ponta do Sol, construída no século XV e que foi restaurada no século XVIII, conservando, no interior, uma capela do século XV, também denominada Capela do Fundador, dado que foi construída por Rodrigo Enes, destinando-se a ser a sua sepultura; e a Capela do Espírito Santo, construída no princípio do século XVI e que apresenta trabalhos de talha nos altares e uma imagem flamenga de Nossa Senhora da Luz, do século XVI.
Das manifestações populares e culturais do concelho, destaca-se a festa de Nossa Senhora do Livramento, realizada em outubro, festa religiosa e cultural muito bonita, dado que a capela é decorada com açucenas naturais, colhidas nas serras do Loreto pelas raparigas e rapazes solteiros. De 2 a 9 de setembro há uma mostra de produtos agrícolas e de floricultura, que coincide com o feriado municipal, no dia 8. Há também uma romagem de Natal, a 24 de dezembro.
No artesanato são de referir os tapetes de retalhos, os bordados, a tanoaria, as obras de vime e os quadros em tela.
Como curiosidade, conta-se (não se sabe se é lenda ou história) que Ladislau III da Polónia (cavaleiro de Santa Catarina com o nome de Henrique Alemão) recebeu as terras da Madalena (1457), sendo o fundador da povoação. O referido cavaleiro de Santa Catarina casou com a Senhorinha Annes, de quem teve um filho e uma filha. O facto é que este homem recebia regularmente mantimentos de Lisboa e prestavam-lhe deferências especiais na casa do capitão, o que leva a crer que se tratava de uma personalidade muito importante a viver incógnita na Madeira.
Terá sido reconhecido como Ladislau III por monges polacos na casa do capitão. Teve morte trágica no mar, perto do cabo Girão, quando regressava do Algarve, onde estivera em conferência com el-rei D. Afonso V. O filho também viria a morrer no mar.
Economia
No concelho predominam atividades ligadas ao setor terciário, logo seguido pelo setor secundário, com destaque para a indústria de mobiliário e de panificação. O setor primário mantém ainda um peso significativo e está ligado à agroindústria.
Na agricultura predomina o cultivo da batata, de culturas hortícolas extensivas, a horta familiar, os frutos subtropicais (banana) e a vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, coelhos e de ovinos. Somente cerca de 3% (132 ha) do seu território se encontra coberto de floresta e cerca de 440 ha correspondem a terrenos para a prática agrícola.
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Como referenciar
Porto Editora – Ponta do Sol na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-16 23:29:05]. Disponível em
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