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Porto
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Aspetos geográficos
Cidade, sede de concelho e capital de distrito, localiza-se na Região Norte (NUT II) no Grande Porto (NUT III).
Situa-se na margem direita do rio Douro, próximo da sua foz, e é a segunda cidade de Portugal. Atingindo a altitude máxima de 163 m, está unida à margem esquerda do rio, onde se situa a cidade de Gaia, por quatro majestosas pontes rodoviárias - Arrábida, D. Luís, Freixo e Infante - e duas ferroviárias - S. João e D. Maria, esta já desativada e considerada monumento nacional.
O Porto dista 320 km de Lisboa e a sua população distribui-se por 15 freguesias: Aldoar, Bonfim, Campanhã, Cedofeita, Foz do Douro, Lordelo do Ouro, Massarelos, Miragaia, Nevogilde, Paranhos, Ramalde, Santo Ildefonso, S. Nicolau, Sé e Vitória. Tem uma área de aproximadamente 40,1 km2. Em 2024, o município apresenta 231,962 habitantes.
O natural ou habitante do Porto denomina-se portuense.
Cidade de granito, escura e austera, goza de um clima temperado mediterrâneo, embora bastante húmido. As amplitudes térmicas anuais não são muito elevadas, graças à proximidade do oceano e de um ramo da corrente quente do golfo, que passa próximo da costa.
O distrito do Porto é limitado a norte pelo distrito de Braga, a este pelo distrito de Vila Real, a sul pelo distrito de Aveiro, a sudeste pelo de Viseu e é banhado pelo oceano Atlântico a oeste.
É uma zona populacional muito densa, geograficamente situada numa região privilegiada e sem atingir altitudes significativas, apesar de alguns acidentes orográficos resultantes das ramificações das serras do Marão e da Cabreira e dos montes de Santa Eugénia, Agrela e Valongo.
No território do distrito distribuem-se 18 concelhos: Amarante, Baião, Felgueiras, Gondomar, Lousada, Maia, Matosinhos, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.

História e Monumentos
A cidade do Porto, cuja fundação se perde na noite dos séculos, desempenhou sempre papel relevante nos acontecimentos que têm marcado a vida nacional.
Designada Portucale desde o século V, deu o nome ao Condado Portucalense, onde teve origem Portugal. Em 1111, D. Teresa, mãe do futuro primeiro rei de Portugal, concedeu ao bispo D. Hugo o couto do Porto. Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido por "cidade da Virgem", epítetos a que se devem juntar os de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta", que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos, na sequência de feitos valorosos dos seus habitantes, e que foram ratificados por decreto de D. Maria II.
Foi dentro dos seus muros que se efetuou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa de Lencastre. A cidade orgulha-se de ter sido o berço do infante D. Henrique e de albergar numa das suas muitas igrejas - a da Lapa - o coração de D. Pedro IV, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal. Aliás, o liberalismo, o amor à liberdade e o patriotismo foram sempre valores muito caros aos portuenses. O próprio epíteto de "tripeiros", de que os genuínos portuenses muito se orgulham, provém de uma dessas manifestações de amor pátrio, pois, ao ajudarem a equipar a armada que saiu da barra do Douro para a conquista de Ceuta, entregavam nos porões dos navios as carcaças completas das reses que iam abatendo, reservando somente as vísceras para consumo próprio.
A riqueza histórica da cidade é atestada pelos seus inúmeros monumentos: a Sé Catedral, o Palácio da Bolsa, a Igreja de S. Francisco, a igreja românica de Cedofeita, a Igreja dos Clérigos, as igrejas e conventos de S. João Novo, S. Bento, Carmelitas, Trindade, a já referida Igreja da Lapa, vários museus e numerosas moradias particulares, sobretudo na sua parte antiga. A riqueza monumental da chamada zona histórica da cidade é tal que a UNESCO lhe conferiu, nos finais de 1996, o estatuto de Cidade Património Mundial.
Nos vários concelhos que compõem o distrito, encontram-se muitos outros monumentos. É o caso da Igreja Matriz de Rates, românica, e da Igreja Matriz de Vila Conde, a Igreja e Convento da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, a Igreja de S. Salvador, em Paços de Ferreira, a Citânia do Mozinho, em Penafiel, a Igreja e o Convento de S. Gonçalo, em Amarante, e a Igreja e Mosteiro de S. Bento, em Santo Tirso, entre muitos outros.
A cidade do Porto foi, juntamente com Roterdão, designada Capital Europeia da Cultura para o ano de 2001.

Tradições, Lendas e Curiosidades
Nas festas e romarias destaca-se o São João, no dia 24 de junho, sendo a noite de 23 para 24 o ponto alto da festa, com o tradicional fogo de artifício sobre o rio Douro. A tradição cumpre-se com a sardinha assada na brasa, com os manjericos e as suas quadras populares, com as cascatas, com o lançamento de balões de ar quente que ficam a brilhar no céu, com as célebres fogueiras para as pessoas saltarem e os cordões humanos que percorrem a cidade, e, finalmente, com os ramos de erva cidreira, os alhos porros e os ruidosos martelinhos que servem para bater na cabeça de quem passa.
Em Santo Tirso, realizam-se as festas de São Bento e, em Amarante, o São Gonçalo de Amarante. A 15 de agosto realiza-se a Festa de Nossa Senhora da Assunção, na Póvoa de Varzim. Em Penafiel, a tradição passa pelas festas do Corpo de Deus, em que as casas são enfeitadas e as mulheres desfilam em trajes de festa.
No Marco de Canaveses, o folclore engloba os clamores e os pregões. Os primeiros estão relacionados com cânticos para pedir boas colheitas e os segundos com um ritual de encomendação das almas. O folclore de Gondomar é composto por antigos costumes relacionados com as festas populares. Refiram-se danças como a tirana, a chula, o arrais da barca, a caninha-verde e o vira. Em Vila Nova de Gaia, existem muitas danças populares como a tirana, o vira de cruz, vira de meia volta, malhão, pastorinha, rabela, bonita-ó-linda e rusga.
No distrito do Porto, encontra-se o traje dos sargaceiros, que usam sobre o corpo uma túnica de lã, chamada branqueta. São vários os barcos do Douro. O mais conhecido é o barco rabelo, tradicional transporte do vinho do Porto. Outras embarcações típicas são o valboeiro e o rabão. Relacionado com a vida do mar encontra-se o tradicional barco poveiro.
No artesanato destaca-se: a filigrana do concelho de Gondomar, terra de ourives onde se desenvolveu um intenso labor relacionado com o ouro; as mantas de terroso e rendas de bilros de Vila do Conde; as rendas de Felgueiras; artefactos de palha, cestaria, olaria e talha, em Paços de Ferreira; rendas de Gatão, cobres, instrumentos musicais de cordas e linhos, em Penafiel; os brinquedos de lata pintada da Maia; os "santinhos de cascata" - pequenos bonecos de barro imitando figuras populares em situações quotidianas; e a cerâmica e os brinquedos de madeira em Vila Nova de Gaia.

Economia
O Porto foi sempre, tradicionalmente, uma cidade comercial. O principal produto objeto das suas trocas comerciais foi, e continua a ser, o chamado vinho do Porto, produzido nas vinhas das encostas do Alto Douro e exportado através das numerosas caves que se situam na margem esquerda do rio Douro, em Vila Nova de Gaia.
O rio Douro tem bastante tráfego, mas é através do porto de Leixões, no oceano Atlântico, que se faz a maior parte do comércio externo. No Porto cruzam-se várias linhas de caminho de ferro - Minho, Douro, Norte, Póvoa - que contribuem, também elas, para tornar a cidade o principal centro comercial de toda a região nortenha. Atualmente, a atividade industrial tem também grande relevância, laborando na sua cintura industrial fábricas de têxteis, calçado, metalomecânica, cerâmica, móveis, ourivesaria e outras atividades fabris, algumas ainda a nível artesanal.
Os seus habitantes dedicam-se, na sua maioria, à atividade comercial e industrial. Contudo, também a atividade agrícola, normalmente praticada em regime de minifúndio, tem algum peso na economia do distrito.

Estátua do Homem do Leme, na Foz, na cidade do Porto
Vista aérea da Avenida dos Aliados
Fachada do Teatro Nacional de S. João, Porto
Entrada principal da Igreja dos Congregados, Porto
Torre dos Clérigos
Arcos de Miragaia, na cidade do Porto
Palácio do Freixo, séc. XVIII, Porto
Monumento em homenagem aos combatentes da Primeira Grande Guerra, no Porto
Fachada do café Majestic, na baixa da cidade do Porto
Bairro portuense típico
Vendedor ou assador de castanhas, junto à Praça da Liberdade, no Porto
Casario em Miragaia, uma freguesia do Porto
Foz do Douro
Átrio da Estação de S. Bento
Barcos rabelos no Rio Douro
Castelo de S. João da Foz
Sé do Porto
Casa do Infante, no Porto
O Palácio de Cristal também conhecido por Pavilhão Rosa Mota
Vista aérea das pontes de S. João (à direita) e de D. Maria (à esquerda)
Vista da fachada principal do Palácio da Bolsa
Vista exterior da Igreja de S. Martinho de Cedofeita, no Porto
Viaduto rodoviário, no Porto
Rua de Santa Catarina, no Porto
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Porto Editora – Porto na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-16 05:30:21]. Disponível em
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