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Prússia
No século XIII, os Cavaleiros Teutónicos, Ordem religiosa e militar vocacionada para a expansão alemã na Europa de Leste, conquistam o território prussiano, que administram até à Paz de Torún em 1466, após a derrota na Batalha de Grunwald (1410), passando então a reconhecer a suserania da coroa polaca na região. Em 1525, porém, na ressaca da Reforma luterana que varria o Norte da Europa, o príncipe protestante alemão Alberto de Brandeburgo seculariza a catolicíssima Ordem Teutónica, passando a ostentar o título de duque da Prússia. Em 1618, uma outra família aristocrática alemã - os Hohenzollern, príncipes eleitores de Brandeburgo - toma posse do ducado prussiano.
Com a Paz de Vestefália, que pôs fim à Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), o Império Germânico, já dividido por questões religiosas (norte protestante e sul católico), vê a sua parte setentrional e central fragmentar-se ainda mais. Frederico Guilherme, príncipe de Brandeburgo (região no Norte da Alemanha), aproveitando as divisões de 1648, empenha-se na organização de um estado prussiano, cria um exército permanente e acolhe refugiados protestantes franceses, a maior parte dos quais trabalhadores qualificados ou intelectuais. Rapidamente se converte no mais poderoso príncipe protestante alemão.
Em 1701, os Habsburgos, dinastia católica do Sul da Alemanha, reconhecem Frederico III como rei da Prússia, com o nome de Frederico I. Sucede-lhe o Rei Sargento, Frederico Guilherme I, rei entre 1713 e 1740, que organiza um forte exército, com o qual obtém importantes vitórias e conquistas o seu sucessor, Frederico II, excelente administrador e militar. De facto, triunfa na Guerra de Sucessão da Áustria - na qual ganha, em 1741, a posse da Silésia, região ao sul da atual Polónia - e na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), em que, aliado à Inglaterra, resiste aos esforços combinados da França, Áustria e Rússia. Povoa o território prussiano, aumentado com o desmembramento da Polónia e a conquista da Silésia.
A Prússia sofrerá, todavia, o abalo da Revolução Francesa de 1789, ao ser derrotada pelas forças revolucionárias em Valmy, em 1792, e em Iena, em 1806. Em 1807, no Tratado de Tilsit, a Prússia cede a margem esquerda do Reno à França. Porém, a desforra prussiana chega em 1813, ao vencer os franceses em Leipzig. Em 1815, infligem nova derrota a Napoleão em Waterloo, reavendo no Congresso de Viena, nesse mesmo ano, os territórios anteriormente perdidos para a França.
Também naquele Congresso de Viena, a Prússia adere à Confederação Germânica, união alemã que também integrava a Áustria, dissolvida em 1866. Em detrimento desta nação, a Prússia adquire uma influência crescente no seio da Confederação, sofrendo apenas a contestação dos Habsburgos durante o reinado de Frederico Guilherme IV (1840-1861). Esta influência será ainda maior e mais proveitosa no reinado de Guilherme I (1861-1888).
Após a sua vitória sobre a Áustria em 1866, em Sadowa, a Confederação Germânica desaparece, sendo substituída pela Confederação da Alemanha do Norte, amplamente dominada pela Prússia. Liderando a nação alemã, a Prússia vence a França em 1870 (Guerra Franco-Alemã, 1870-71), sendo proclamado imperador da Alemanha Guilherme I, em Versalhes (1871). Com Bismarck e Guilherme II assiste-se, então, não só à industrialização da Alemanha, mas principalmente à sua "prussianização".
De facto, de 1871 até à Primeira Guerra Mundial, a História prussiana confunde-se com a da Alemanha unificada, na qual era a região política e economicamente preponderante, simbolizando ao mesmo tempo os interesses alemães para além das suas fronteiras. Neste contexto, as perdas territoriais advindas da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial recaem principalmente sobre a Prússia, que se torna um Estado Livre em 1918, após a queda da monarquia. A sua soberania nacional é transferida entre 1933 e 1945 para o Terceiro Reich, dominado por Hitler. Após a Segunda Guerra Mundial, deixa de existir como estado alemão, dividindo-se o seu território - do Reno às Repúblicas Bálticas - entre as duas antigas Alemanhas (RFA e RDA), a Polónia e a ex-URSS (na atual Lituânia).
Com a Paz de Vestefália, que pôs fim à Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), o Império Germânico, já dividido por questões religiosas (norte protestante e sul católico), vê a sua parte setentrional e central fragmentar-se ainda mais. Frederico Guilherme, príncipe de Brandeburgo (região no Norte da Alemanha), aproveitando as divisões de 1648, empenha-se na organização de um estado prussiano, cria um exército permanente e acolhe refugiados protestantes franceses, a maior parte dos quais trabalhadores qualificados ou intelectuais. Rapidamente se converte no mais poderoso príncipe protestante alemão.
Em 1701, os Habsburgos, dinastia católica do Sul da Alemanha, reconhecem Frederico III como rei da Prússia, com o nome de Frederico I. Sucede-lhe o Rei Sargento, Frederico Guilherme I, rei entre 1713 e 1740, que organiza um forte exército, com o qual obtém importantes vitórias e conquistas o seu sucessor, Frederico II, excelente administrador e militar. De facto, triunfa na Guerra de Sucessão da Áustria - na qual ganha, em 1741, a posse da Silésia, região ao sul da atual Polónia - e na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), em que, aliado à Inglaterra, resiste aos esforços combinados da França, Áustria e Rússia. Povoa o território prussiano, aumentado com o desmembramento da Polónia e a conquista da Silésia.
A Prússia sofrerá, todavia, o abalo da Revolução Francesa de 1789, ao ser derrotada pelas forças revolucionárias em Valmy, em 1792, e em Iena, em 1806. Em 1807, no Tratado de Tilsit, a Prússia cede a margem esquerda do Reno à França. Porém, a desforra prussiana chega em 1813, ao vencer os franceses em Leipzig. Em 1815, infligem nova derrota a Napoleão em Waterloo, reavendo no Congresso de Viena, nesse mesmo ano, os territórios anteriormente perdidos para a França.
Também naquele Congresso de Viena, a Prússia adere à Confederação Germânica, união alemã que também integrava a Áustria, dissolvida em 1866. Em detrimento desta nação, a Prússia adquire uma influência crescente no seio da Confederação, sofrendo apenas a contestação dos Habsburgos durante o reinado de Frederico Guilherme IV (1840-1861). Esta influência será ainda maior e mais proveitosa no reinado de Guilherme I (1861-1888).
Após a sua vitória sobre a Áustria em 1866, em Sadowa, a Confederação Germânica desaparece, sendo substituída pela Confederação da Alemanha do Norte, amplamente dominada pela Prússia. Liderando a nação alemã, a Prússia vence a França em 1870 (Guerra Franco-Alemã, 1870-71), sendo proclamado imperador da Alemanha Guilherme I, em Versalhes (1871). Com Bismarck e Guilherme II assiste-se, então, não só à industrialização da Alemanha, mas principalmente à sua "prussianização".
De facto, de 1871 até à Primeira Guerra Mundial, a História prussiana confunde-se com a da Alemanha unificada, na qual era a região política e economicamente preponderante, simbolizando ao mesmo tempo os interesses alemães para além das suas fronteiras. Neste contexto, as perdas territoriais advindas da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial recaem principalmente sobre a Prússia, que se torna um Estado Livre em 1918, após a queda da monarquia. A sua soberania nacional é transferida entre 1933 e 1945 para o Terceiro Reich, dominado por Hitler. Após a Segunda Guerra Mundial, deixa de existir como estado alemão, dividindo-se o seu território - do Reno às Repúblicas Bálticas - entre as duas antigas Alemanhas (RFA e RDA), a Polónia e a ex-URSS (na atual Lituânia).
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Porto Editora – Prússia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-08 08:07:30]. Disponível em
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