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psicoterapia de sonho acordado
O sonho acordado dirigido é uma técnica terapêutica que decorre em estado de relaxamento e em ambiente privado de estímulos luminosos e sonoros ou outros, através do desencadeamento dirigido de imagens pelo terapeuta.
Esta abordagem psicoterapêutica é proposta por Robert Desoille por volta de 1925.
Inscreve-se no movimento do pensamento que utiliza o imaginário como via de acesso à vida afetiva subjetiva. Desoille aceitou as técnicas de relaxamento de Schultz como uma técnica introdutória eficaz. O indivíduo tem que ter características adequadas para poder fazer esta fantasia guiada: tem que estar bastante envolvido nos aspetos psicanalíticos da terapia; tem que ter um papel ativo na terapêutica e tem que ter confiança no terapeuta. Os níveis de ansiedade têm de estar bastante baixos para não criarem defesas, já que é suposto que se fantasie.
Nas sessões face a face o sujeito é informado de como a terapia vai decorrer. O terapeuta tem de enfatizar que esta técnica lhe vai proporcionar novos insights e uma compreensão diferente. O paciente é preparado para as emoções que vai viver e para as enfrentar. É ele que controla as fantasias. Quando se obtém um estado de atenção passiva, o terapeuta desencadeia a atividade imaginária do indivíduo, sugerindo-lhe uma imagem, pedindo uma descrição exata da imagem, do lugar onde se encontra. Após 45 minutos, pede-se ao indivíduo que percorra em sentido inverso todas as etapas, para facilitar o regresso ao estado normal de consciência.
No início da terapia, a sugestão é limitada tendo em conta diversos fatores: é limitada a uma imagem de partida; à ideia de movimento, descida ou ascensão; a uma imagem indutora cujo papel é provocar novas associações e fazer evoluir no sentido desejado uma imagem espontânea e a convidar o indivíduo a tomar uma atitude ativa em face de uma imagem angustiante.
Na conversa prévia, deve-se explicar ao paciente que, na experiência que se vai seguir, é ele próprio o verdadeiro elemento ativo. Sentir-se-á livre no imaginário para tomar iniciativas, assim como para aceitar ou recusar os estímulos que lhe são sugeridos.
O trabalho do terapeuta é o de dirigir a fantasia. Não deve intervir muito e deve deixar que o paciente fantasie como quer. Pode é orientar e tentar clarificar algum ponto. O terapeuta deve terminar a fantasia, o sonho, num momento que seja favorável ao sujeito. Nas sessões face a face, o material do sonho é trabalhado e explorado. Tem a duração de 90 minutos realizada numa sessão semanal. A maior parte do tempo é aproveitada para explorar o sonho e não do sonho em si.
Segundo Desoille, esta terapia faz aparecer três tipos distintos de imagens: imagens da vida real comparáveis aos fantasmas dos sonhos noturnos; imagens de fábula (são nestas imagens que melhor se desenham o material com interesse terapêutico), que se ajustam ao folclore; imagens místicas que lembram as visões de certos religiosos.
O terapeuta tem um papel de grande responsabilidade, que ultrapassa de longe qualquer outra terapia, pois aqui tem de ser um vigilante atento e pronto a intervir com prudência e acerto e ao mesmo tempo tem de ser um companheiro na participação onírica.
Com esta terapia pretende-se decifrar o significado dos mecanismos inconscientes, ultrapassar conflitos, reestruturar a personalidade, estimular a criatividade, restabelecer o diálogo entre consciente e inconsciente.
Esta terapia é utilizada com êxito em toxicómanos, homossexuais, na gaguez e em toda a gama de neuroses e alguns estados-limite, de desadaptados sociais e conjugais.
Esta abordagem psicoterapêutica é proposta por Robert Desoille por volta de 1925.
Inscreve-se no movimento do pensamento que utiliza o imaginário como via de acesso à vida afetiva subjetiva. Desoille aceitou as técnicas de relaxamento de Schultz como uma técnica introdutória eficaz. O indivíduo tem que ter características adequadas para poder fazer esta fantasia guiada: tem que estar bastante envolvido nos aspetos psicanalíticos da terapia; tem que ter um papel ativo na terapêutica e tem que ter confiança no terapeuta. Os níveis de ansiedade têm de estar bastante baixos para não criarem defesas, já que é suposto que se fantasie.
Nas sessões face a face o sujeito é informado de como a terapia vai decorrer. O terapeuta tem de enfatizar que esta técnica lhe vai proporcionar novos insights e uma compreensão diferente. O paciente é preparado para as emoções que vai viver e para as enfrentar. É ele que controla as fantasias. Quando se obtém um estado de atenção passiva, o terapeuta desencadeia a atividade imaginária do indivíduo, sugerindo-lhe uma imagem, pedindo uma descrição exata da imagem, do lugar onde se encontra. Após 45 minutos, pede-se ao indivíduo que percorra em sentido inverso todas as etapas, para facilitar o regresso ao estado normal de consciência.
No início da terapia, a sugestão é limitada tendo em conta diversos fatores: é limitada a uma imagem de partida; à ideia de movimento, descida ou ascensão; a uma imagem indutora cujo papel é provocar novas associações e fazer evoluir no sentido desejado uma imagem espontânea e a convidar o indivíduo a tomar uma atitude ativa em face de uma imagem angustiante.
Na conversa prévia, deve-se explicar ao paciente que, na experiência que se vai seguir, é ele próprio o verdadeiro elemento ativo. Sentir-se-á livre no imaginário para tomar iniciativas, assim como para aceitar ou recusar os estímulos que lhe são sugeridos.
O trabalho do terapeuta é o de dirigir a fantasia. Não deve intervir muito e deve deixar que o paciente fantasie como quer. Pode é orientar e tentar clarificar algum ponto. O terapeuta deve terminar a fantasia, o sonho, num momento que seja favorável ao sujeito. Nas sessões face a face, o material do sonho é trabalhado e explorado. Tem a duração de 90 minutos realizada numa sessão semanal. A maior parte do tempo é aproveitada para explorar o sonho e não do sonho em si.
Segundo Desoille, esta terapia faz aparecer três tipos distintos de imagens: imagens da vida real comparáveis aos fantasmas dos sonhos noturnos; imagens de fábula (são nestas imagens que melhor se desenham o material com interesse terapêutico), que se ajustam ao folclore; imagens místicas que lembram as visões de certos religiosos.
O terapeuta tem um papel de grande responsabilidade, que ultrapassa de longe qualquer outra terapia, pois aqui tem de ser um vigilante atento e pronto a intervir com prudência e acerto e ao mesmo tempo tem de ser um companheiro na participação onírica.
Com esta terapia pretende-se decifrar o significado dos mecanismos inconscientes, ultrapassar conflitos, reestruturar a personalidade, estimular a criatividade, restabelecer o diálogo entre consciente e inconsciente.
Esta terapia é utilizada com êxito em toxicómanos, homossexuais, na gaguez e em toda a gama de neuroses e alguns estados-limite, de desadaptados sociais e conjugais.
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Como referenciar
Porto Editora – psicoterapia de sonho acordado na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-18 16:17:28]. Disponível em
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