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Raoul Coutard
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Diretor de fotografia francês, Raoul Coutard nasceu a 16 de setembro de 1924, em Paris. Serviu o exército francês na Ásia de 1945 a 1953, após o que decidiu ficar no Vietname para prosseguir uma carreira de fotojornalista. Trabalhou como fotojornalista para revistas como a Life e a Paris Match.

Em 1958, aceitou o seu primeiro trabalho como diretor de fotografia no documentário Le Passe du Diable, de Jacques Dupont e Pierre Schoendoerffer. Dois anos depois, colabora com Jean-Luc Godard no emblemático À Bout de Soufle (O Acossado), colaboração essa que se manteve duradoura em diversos filmes do realizador: a comédia dramática Une Femme est Une Femme (Uma Mulher é Uma Mulher, 1961); Vivre Sa Vie (Viver a Sua Vida, 1962); Le Petit Soldat (O Soldado das Sombras, 1963); Les Carabiniers (Os Carabineiros, 1963); Le Mépris (O Desprezo, 1963), adaptação do romance de Alberto Moravia com Brigitte Bardot; o drama Une Femme Mariée (A Mulher Casada, 1964); Pierrot le Fou (Pedro, O Louco, 1965), protagonizado por Jean-Paul Belmondo, entre outros. Ainda de Godard, o drama Passion (Paixão, 1982), protagonizado por Isabelle Huppert, valeu-lhe a nomeação para o César de Melhor Fotografia e o Grande Prémio Técnico do Festival de Cannes.
Por último, o seu trabalho em Prénom Carmen (1983), deu-lhe um prémio especial do Festival de Cinema de Veneza.

Cartaz de "Jules e Jim ", um filme realizado em 1962 por François Truffaut, com direção fotográfica de Raoul Coutard
Com François Truffaut teve também uma colaboração bem sucedida e extensa: Tirez sur le Pianiste (Disparem Sobre o Pianista, 1960), baseado no romance de David Goodis, com Charles Aznavour; Jules et Jim (Jules e Jim, 1962), drama protagonizado por Jeanne Moreau e Oskar Werner; La Peau Douce (Angústia, 1964) e La Mariée Était En Noir (A Noiva Estava de Luto, 1968).
Em 1977, ganhou o César de Melhor Fotografia pelo seu trabalho no filme Le Crabe-Tambour, do realizador Pierre Schoendoerffer.
Trabalhou também com outros realizadores como Jacques Demy - Lola (1961); Costa-Gavras - Z (A Orgia do Poder, 1969) e L'Aveu (A Confissão, 1970); Edouard Molinaro - Les Aveux les Plus Doux (1971) e L´Emmerdeur (O Chato, 1973); Nagisa Oshima - Max Mon Amour (Max, Meu Amor, 1986) - e Philippe Garrel - Le Coeur Fantôme (O Coração Fantasma, 1996) e Sauvage Innocence (2001), entre outros.

As experiências dramáticas e perturbadoras durante o seu tempo de soldado deram-lhe uma visão crítica e ideológica que mostrou nos filmes que realizou. A sua estreia atrás da câmara deu-se em 1970 com o filme Hoa-Binh, sobre a guerra do Vietname, que recebeu o prémio de melhor primeiro trabalho do Festival de Cannes. Voltou à realização com La Légion saute sur Kolwezi (1980), sobre uma operação militar no Congo levada a cabo pela Legião Estrangeira francesa, e S.A.S à San Salvador (S.A.S, Terror em São Salvador, 1983), baseado no livro de Gérard de Villiers.
Em 1997, recebeu o prémio internacional de carreira da American Society of Cinematographers.

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Porto Editora – Raoul Coutard na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 10:16:12]. Disponível em
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