Recontro de Arronches
Arronches, vila raiana do distrito de Portalegre, pela sua proximidade de Espanha, foi sempre uma localidade importante do ponto de vista estratégico, desde a sua tomada aos Mouros em 1166, por D. Afonso Henriques, e definitiva posse lusa em 1242. Foi também nas proximidades desta localidade alentejana, que em 1653, em plenas Guerras da Restauração (1641-1668) da independência de Portugal depois do domínio espanhol (1580-1640), se deu um choque militar entre unidades de cavalaria de ambas as coroas, portuguesa e espanhola. Estava-se então numa época de incursões espanholas em território português, constituindo a fronteira entre ambos os reinos terra de recontros e pelejas, quando não verdadeiras batalhas. A última grande batalha fora a de Montijo, em 1644, uma invasão portuguesa de território espanhol que mais não foi do que uma demonstração de força do exército português.
Em 1653, em pleno impasse político-militar das Guerras da Restauração (quando estas tinham maior impacte no Ultramar e menos na Península Ibérica), deu-se mais um combate fronteiriço entre portugueses e espanhóis, desta feita junto de Arronches, envolvendo apenas tropas de cavalaria, no dia 8 de novembro de 1653. Os portugueses eram comandados pelo general D. André de Albuquerque, contando nas suas fileiras 950 soldados, dos quais 800 montados, contra 1300 espanhóis (1200 em montada). De acordo com a memória artística deste recontro plasmada num dos painéis azulejares da Sala das Batalhas do Palácio Fronteira, em Lisboa, foi este recontro uma brilhante ação militar da cavalaria lusa, a qual se notabilizou num cenário pautado quer pela desigualdade numérica entre as forças em contenda quer na ação de contra-ataque liderada pelo tenente-general Tamericourt, ao serviço do rei de Portugal, D. João IV.
Do ponto de vista operacional, os portugueses conseguiram rechaçar a acometida dos espanhóis em terras de Arronches, obrigando-os a recuar. Depois, com a chegada de reforços, os espanhóis conseguiram repelir os portugueses. Estes, reorganizados pelo referido general francês, acabariam por decidir a sorte da peleja com um forte ataque de cavalaria sobre as tropas espanholas, que recuaram definitivamente para as suas fronteiras. Os espanhóis sofreram pesadas baixas entre os seus efetivos, na sequência de um combate que se diz ter sido "furioso". Este recontro essencialmente obrigou os espanhóis a abandonarem as incursões em território português. Até 1661, pelo menos, pois nesta data D. João de Áustria, de Espanha, tomou Arronches, abandonando esta vila fronteiriça alentejana pouco depois.
Em 1653, em pleno impasse político-militar das Guerras da Restauração (quando estas tinham maior impacte no Ultramar e menos na Península Ibérica), deu-se mais um combate fronteiriço entre portugueses e espanhóis, desta feita junto de Arronches, envolvendo apenas tropas de cavalaria, no dia 8 de novembro de 1653. Os portugueses eram comandados pelo general D. André de Albuquerque, contando nas suas fileiras 950 soldados, dos quais 800 montados, contra 1300 espanhóis (1200 em montada). De acordo com a memória artística deste recontro plasmada num dos painéis azulejares da Sala das Batalhas do Palácio Fronteira, em Lisboa, foi este recontro uma brilhante ação militar da cavalaria lusa, a qual se notabilizou num cenário pautado quer pela desigualdade numérica entre as forças em contenda quer na ação de contra-ataque liderada pelo tenente-general Tamericourt, ao serviço do rei de Portugal, D. João IV.
Do ponto de vista operacional, os portugueses conseguiram rechaçar a acometida dos espanhóis em terras de Arronches, obrigando-os a recuar. Depois, com a chegada de reforços, os espanhóis conseguiram repelir os portugueses. Estes, reorganizados pelo referido general francês, acabariam por decidir a sorte da peleja com um forte ataque de cavalaria sobre as tropas espanholas, que recuaram definitivamente para as suas fronteiras. Os espanhóis sofreram pesadas baixas entre os seus efetivos, na sequência de um combate que se diz ter sido "furioso". Este recontro essencialmente obrigou os espanhóis a abandonarem as incursões em território português. Até 1661, pelo menos, pois nesta data D. João de Áustria, de Espanha, tomou Arronches, abandonando esta vila fronteiriça alentejana pouco depois.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Recontro de Arronches na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 15:00:58]. Disponível em
Outros artigos
-
ArronchesAspetos Geográficos O concelho de Arronches, do distrito de Portalegre, localiza-se no Alentejo (NUT...
-
EspanhaGeografia País do Sudoeste da Europa. Ocupa a maior parte da Península Ibérica e inclui também os ar...
-
ÁustriaGeografia País da Europa Central. Estende-se por 300 km, de norte a sul, e por 560 km, de leste a oe...
-
D. João IVMonarca português, nasceu em Vila Viçosa a 19 de março de 1604 e a partir de 29 de outubro de 1630 t...
-
Palácio FronteiraSituado no Largo de S. Domingos de Benfica, em Lisboa, o palácio dos marqueses de Fronteira revela t...
-
MontijoAspetos Geográficos O concelho do Montijo, do distrito de Setúbal, localiza-se na Região da Grande L...
-
D. Afonso HenriquesCognominado "o Conquistador", foi o primeiro rei de Portugal, governando de 1128 a 1185. Filho de D....
-
Batalha de AljubarrotaEsta batalha travou-se no dia 14 de agosto de 1385, entre portugueses e castelhanos, e está inserida
-
Guerras com Castela e Guerra da Independência (1383-85)Depois da amizade luso-castelhana selada com a batalha do Salado, em 1340, uma série de casamentos e
-
Batalha de AroucaBatalha travada em 1102, entre o rei mouro de Lamego, Echa Martim, e o conde D. Henrique. Os muçulma
Partilhar
Como referenciar 
Porto Editora – Recontro de Arronches na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 15:00:58]. Disponível em