redes sociais
A utilização do conceito de redes sociais implica, antes de mais, que consideremos os indivíduos a partir dos relacionamentos que mantêm entre si. Nessa perspetiva, o que importa, portanto, não é a caracterização dos indivíduos pelos seus atributos, mas a forma como cada um se relaciona com os outros ou, dito de outro modo, a forma como os relacionamentos estabelecidos permitem perceber e explicar o posicionamento social de cada indivíduo em relação a um conjunto de indivíduos. A deteção desses relacionamentos, que podem ser mais ou menos alargados em número de pessoas e variar na intensidade que cada uma estabelece com as demais, permite também perceber o posicionamento tendencialmente central ou distanciado dos indivíduos dentro de um sistema ou subsistema social: se são mais ou menos ativos, se os relacionamentos que fomentam se fazem ou não para além dos vínculos diretos, isto é, para além das dependências decorrentes dos laços familiares. As figuras da coluna seguinte retratam dois exemplos, entre muitos possíveis, de redes sociais:
1) A está em contacto direto com B e, por sua vez, este em contacto direto com C, D, E e F, mas estes, para a persecução das suas atividades ou dos seus objetivos, dependem igualmente de A, que com eles apenas mantém uma relação indireta por intermédio de B, que dele depende, existindo relacionamentos de diferente intensidade entre os indivíduos, muito embora as distâncias nos relacionamentos sejam equivalentes;
2) ou, pelo contrário, os indivíduos interagem uns com os outros, em posições mais ou menos próximas: A está em contacto direto, ao mesmo tempo, com B, C e F, embora a intensidade da relação estabelecida com este último seja menor do que com os outros; por sua vez, D, E e F interagem entre si com a mesma intensidade, sendo que este último também interage de igual forma com C; o mesmo já não se passa quanto à intensidade da relação existente entre B e C. Neste caso, as distâncias estabelecidas entre os indivíduos variam, podendo isso ser fator de uma menor intensidade nos relacionamentos existentes.
Desta forma, quanto maior for o número e a intensidade dos relacionamentos existentes, maior será também a importância de uma rede social, na qual interagem - de acordo com determinada hierarquia de funções - os indivíduos mediante diversos canais de comunicação. A complexidade que a adoção de uma perspetiva analítica fundada nas redes sociais impõe, até porque as redes sociais são de difícil perceção ou mesmo "invisíveis", implica que saibamos fixar muito bem os limites das observações pretendidas: se são de carácter instrumental, isto é, entre indivíduos que mutuamente procuram obter certo tipo de benefícios/vantagens, tais como o acesso a um emprego ou a passagem de bens, serviços e informações entre espaços; se são de carácter parental, isto é, relações fundadas nos laços familiares e se se reportam a questões de descendência, a questões sentimentais ou a questões de autoridade, ou se são de qualquer outro tipo. Na Sociologia têm sido inúmeros os estudos que, na totalidade ou parcialmente, se fundamentam na perspetiva analítica das redes sociais, tais são as suas potencialidades. Em cada rede é possível detetar a posição que nela ocupa cada um dos indivíduos que a compõem e de que forma os outros se encontram a ele ligados, ou vice-versa.
1) A está em contacto direto com B e, por sua vez, este em contacto direto com C, D, E e F, mas estes, para a persecução das suas atividades ou dos seus objetivos, dependem igualmente de A, que com eles apenas mantém uma relação indireta por intermédio de B, que dele depende, existindo relacionamentos de diferente intensidade entre os indivíduos, muito embora as distâncias nos relacionamentos sejam equivalentes;
2) ou, pelo contrário, os indivíduos interagem uns com os outros, em posições mais ou menos próximas: A está em contacto direto, ao mesmo tempo, com B, C e F, embora a intensidade da relação estabelecida com este último seja menor do que com os outros; por sua vez, D, E e F interagem entre si com a mesma intensidade, sendo que este último também interage de igual forma com C; o mesmo já não se passa quanto à intensidade da relação existente entre B e C. Neste caso, as distâncias estabelecidas entre os indivíduos variam, podendo isso ser fator de uma menor intensidade nos relacionamentos existentes.
Desta forma, quanto maior for o número e a intensidade dos relacionamentos existentes, maior será também a importância de uma rede social, na qual interagem - de acordo com determinada hierarquia de funções - os indivíduos mediante diversos canais de comunicação. A complexidade que a adoção de uma perspetiva analítica fundada nas redes sociais impõe, até porque as redes sociais são de difícil perceção ou mesmo "invisíveis", implica que saibamos fixar muito bem os limites das observações pretendidas: se são de carácter instrumental, isto é, entre indivíduos que mutuamente procuram obter certo tipo de benefícios/vantagens, tais como o acesso a um emprego ou a passagem de bens, serviços e informações entre espaços; se são de carácter parental, isto é, relações fundadas nos laços familiares e se se reportam a questões de descendência, a questões sentimentais ou a questões de autoridade, ou se são de qualquer outro tipo. Na Sociologia têm sido inúmeros os estudos que, na totalidade ou parcialmente, se fundamentam na perspetiva analítica das redes sociais, tais são as suas potencialidades. Em cada rede é possível detetar a posição que nela ocupa cada um dos indivíduos que a compõem e de que forma os outros se encontram a ele ligados, ou vice-versa.
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Como referenciar
redes sociais na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$redes-sociais [visualizado em 2025-06-23 08:07:25].
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