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Revoltas polacas
No último terço do século XVIII, a nação polaca, após dois séculos de sucessivas derrotas político-militares, é partilhada por grandes potências como a Rússia, a Áustria e a Prússia. Na década de 90 desse século, a velha nobreza, com o apoio de Catarina II, a Grande, da Rússia, procura restabelecer a velha ordem nobiliárquica, contra o desejo de larga fatia da população. Os conspiradores polacos organizam, assim, a chamada Confederação de Targowica (maio de 1792) com o apoio das tropas russas. Esta organização inicia, de imediato, diversas operações militares contra o Governo.
O exército polaco, dirigido pelo príncipe Józef Poniatowski, resistiu durante cerca de três meses; contudo, abandonado pela Prússia (que, ao que parece celebrara um acordo com a Rússia, ou pelo menos não a queria hostilizar) e confrontado com sucessivos desaires, não teve outro remédio senão capitular. Os regimentos russos ocupam então o Leste da Polónia e, pouco depois (1793), seguem-se-lhes os prussianos, que se instalam na parte oeste. Em face deste cenário, a Polónia perderá cerca de dois terços do seu território. Este facto será uma realidade em setembro desse ano aquando da partilha oficial.
Em 1794 os polacos envolvem-se numa guerra revolucionária pela recuperação dos territórios perdidos, sendo dirigidos por Tadeus Kosciusko, que havia combatido na guerra da independência dos Estados Unidos e que virá a assumir poderes ditatoriais. As tropas polacas, organizadas à pressa, conseguiram uma série de vitórias sobre os Russos. No verão, boa parte das zonas ocupadas pelos invasores russos haviam sido recuperadas. Estes, aliás, sofrem uma humilhante derrota em Varsóvia. Contudo, uma série de fatores tornou o esforço polaco inglório; entre eles, podem apontar-se dissensões e rivalidades entre os altos comandos polacos, a enorme superioridade numérica do adversário e, por fim, a intervenção prussiana e austríaca. Lutava-se por uma causa perdida; em outubro de 1794, os Russos conseguem uma decisiva vitória sobre Kosciusko em Maciejowice; em novembro, as forças russas, sob o comando de Aleksandr Suvorov, entram em Praga, um subúrbio de Varsóvia, e massacram a maior parte da população. Varsóvia rende-se e, pouco depois, o restante exército polaco capitula. Cerca de metade daquilo que restava do território polaco irá integrar o Império Russo; um quarto será dividido entre a Áustria e a Prússia. Com estes acontecimentos, o Estado polaco desaparece do mapa da Europa.
O exército polaco, dirigido pelo príncipe Józef Poniatowski, resistiu durante cerca de três meses; contudo, abandonado pela Prússia (que, ao que parece celebrara um acordo com a Rússia, ou pelo menos não a queria hostilizar) e confrontado com sucessivos desaires, não teve outro remédio senão capitular. Os regimentos russos ocupam então o Leste da Polónia e, pouco depois (1793), seguem-se-lhes os prussianos, que se instalam na parte oeste. Em face deste cenário, a Polónia perderá cerca de dois terços do seu território. Este facto será uma realidade em setembro desse ano aquando da partilha oficial.
Em 1794 os polacos envolvem-se numa guerra revolucionária pela recuperação dos territórios perdidos, sendo dirigidos por Tadeus Kosciusko, que havia combatido na guerra da independência dos Estados Unidos e que virá a assumir poderes ditatoriais. As tropas polacas, organizadas à pressa, conseguiram uma série de vitórias sobre os Russos. No verão, boa parte das zonas ocupadas pelos invasores russos haviam sido recuperadas. Estes, aliás, sofrem uma humilhante derrota em Varsóvia. Contudo, uma série de fatores tornou o esforço polaco inglório; entre eles, podem apontar-se dissensões e rivalidades entre os altos comandos polacos, a enorme superioridade numérica do adversário e, por fim, a intervenção prussiana e austríaca. Lutava-se por uma causa perdida; em outubro de 1794, os Russos conseguem uma decisiva vitória sobre Kosciusko em Maciejowice; em novembro, as forças russas, sob o comando de Aleksandr Suvorov, entram em Praga, um subúrbio de Varsóvia, e massacram a maior parte da população. Varsóvia rende-se e, pouco depois, o restante exército polaco capitula. Cerca de metade daquilo que restava do território polaco irá integrar o Império Russo; um quarto será dividido entre a Áustria e a Prússia. Com estes acontecimentos, o Estado polaco desaparece do mapa da Europa.
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Como referenciar
Porto Editora – Revoltas polacas na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-04 10:43:00]. Disponível em
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