Revolução Americana
Movimento de ampla base popular, teve como principal motor a burguesia colonial e levou à independência dos Estados Unidos da América (proclamada em 4 de julho de 1776), o primeiro país a dotar-se de uma constituição política escrita.
A Guerra dos Sete Anos, terminada pela vitória da Inglaterra sobre a França (Tratado de Paris, 1763), deixou a nação vencedora na posse de ricos territórios no continente americano, já colonizados, sendo reconhecido o seu direito de expandir o seu domínio em direção ao interior do continente. Esta possibilidade agradou aos colonos, que prontamente se prepararam para explorar e aproveitar novas terras, mas, para sua grande surpresa, o governo de Londres, por recear o desencadear de guerras com as nações índias, determinou que nenhuma nova exploração ou colonização de territórios pudesse ser feita sem a assinatura de tratados com os índios. Foi esta a primeira fonte de conflito entre os colonos e a Coroa inglesa. Mas, pouco depois, outros se lhe juntavam, como a obrigação de albergar e sustentar tropas inglesas em solo americano (prática que pesava gravosamente sobre as finanças coloniais) e o lançamento de impostos pesados sobre importações vitais para a economia e a subsistência das colónias (açúcar, café, têxteis, etc.), a que se acrescentou o imposto de selo sobre jornais, documentos legais e outros. As reações dos colonos foram, de início, exaltadas mas pacíficas: exigiram o direito de eleger representantes para o Parlamento de Londres (para poderem discutir e votar as leis que lhes diziam respeito), passando depois a atos de boicote às mercadorias inglesas. Esta guerra económica desencadearia motins e forçou o governo inglês a alguns recuos, que contudo não satisfizeram os colonos. O conflito agravou-se com a presença de tropas enviadas para conter os protestos. Como resposta, em 1774 os representantes das colónias reuniram-se em Filadélfia, num primeiro Congresso Continental que, a partir daí, embora com divergências no seu seio, foi a voz política dos colonos. O extremar das posições levou à criação de milícias, à constituição de depósitos de munições e a um aumento contínuo de tensão que iria degenerar em guerra.
No decorrer do conflito, o segundo Congresso (1775) procede à constituição de um exército, cujo comando confia ao general George Washington, e dá um passo irreversível ao proclamar a independência, em 4 de julho de 1776. A guerra iria ainda prolongar-se até à derrota final das tropas inglesas em 1781 e a independência do novo país (constituído pelas treze colónias da costa atlântica) só viria a ser reconhecida pelo tratado de Paris de 1783. Pela primeira vez na História da expansão europeia, uma colónia tornava-se independente por meio de um ato revolucionário. E fazia-o não só proclamando ao mundo, no documento histórico aprovado no 4 de julho, o direito à independência e à livre escolha de cada povo e de cada pessoa ("o direito à vida, à liberdade e à procura da felicidade" é definido como inalienável e de origem divina), mas ainda construindo uma federação de estados dotados de uma grande autonomia e aprovando uma constituição política (a primeira da História mundial) onde se consignavam os direitos individuais dos cidadãos, se definiam os limites dos poderes dos diversos estados e do governo federal, e se estabelecia um sistema de equilíbrio entre os poderes legislativo, judicial e executivo de modo a impedir a supremacia de qualquer deles, além de outras disposições inovadoras.
A Guerra dos Sete Anos, terminada pela vitória da Inglaterra sobre a França (Tratado de Paris, 1763), deixou a nação vencedora na posse de ricos territórios no continente americano, já colonizados, sendo reconhecido o seu direito de expandir o seu domínio em direção ao interior do continente. Esta possibilidade agradou aos colonos, que prontamente se prepararam para explorar e aproveitar novas terras, mas, para sua grande surpresa, o governo de Londres, por recear o desencadear de guerras com as nações índias, determinou que nenhuma nova exploração ou colonização de territórios pudesse ser feita sem a assinatura de tratados com os índios. Foi esta a primeira fonte de conflito entre os colonos e a Coroa inglesa. Mas, pouco depois, outros se lhe juntavam, como a obrigação de albergar e sustentar tropas inglesas em solo americano (prática que pesava gravosamente sobre as finanças coloniais) e o lançamento de impostos pesados sobre importações vitais para a economia e a subsistência das colónias (açúcar, café, têxteis, etc.), a que se acrescentou o imposto de selo sobre jornais, documentos legais e outros. As reações dos colonos foram, de início, exaltadas mas pacíficas: exigiram o direito de eleger representantes para o Parlamento de Londres (para poderem discutir e votar as leis que lhes diziam respeito), passando depois a atos de boicote às mercadorias inglesas. Esta guerra económica desencadearia motins e forçou o governo inglês a alguns recuos, que contudo não satisfizeram os colonos. O conflito agravou-se com a presença de tropas enviadas para conter os protestos. Como resposta, em 1774 os representantes das colónias reuniram-se em Filadélfia, num primeiro Congresso Continental que, a partir daí, embora com divergências no seu seio, foi a voz política dos colonos. O extremar das posições levou à criação de milícias, à constituição de depósitos de munições e a um aumento contínuo de tensão que iria degenerar em guerra.
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Porto Editora – Revolução Americana na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-25 16:08:19]. Disponível em
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