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Roménia
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Geografia
País da Europa Oriental. Banhado pelo mar Negro, a leste, faz fronteira com a Ucrânia e a Moldávia, a nordeste e a norte, com a Hungria, a noroeste, com a Sérvia, a sudoeste, e com a Bulgária, a sul. Abrange uma área de 237 500 km2. As principais cidades da Roménia são Bucareste, a capital, com 1,877,155 habitantes (2024), Iasi 290,422 habitantes (2024), Timisoara 319,279 habitantes (2024), Constanta 283,872 habitantes (2024) e Galati 295 600 habitantes.
Grande parte do país é abrangida pelas montanhas dos Cárpatos. Os chamados Alpes Transilvânicos, com altitudes da ordem dos 2500 metros, localizam-se na parte central do território, segundo uma direção oeste-este. Limitam, a norte, a secção terminal do rio Danúbio, que drena uma extensa planície antes de desaguar no mar Negro.


Clima
O clima é temperado continental, com invernos rigorosos e verões relativamente quentes. A precipitação concentra-se mais nos meses de verão.

Praça Unirii emTimisoara, Roménia
Bandeira da Roménia
Teatro (Teatrul de Stat) dos arquitetos Ferdinand Fellner e Hermann Helmer, 1899-1900, Oradea, Roménia
O Castelo do Conde Drácula, na Transylvania
Parlamento, ou People's House, mandado construir por Ceausescu nos anos 80, em Bucareste
Na Roménia, em dezembro de 1989, as tropas vieram para a rua para derrubar o regime ditatorial

Economia
As principais produções agrícolas romenas são o milho, o trigo, a batata, a beterraba açucareira e a cevada. Na criação de gado, têm significado os efetivos de ovinos, suínos e bovinos. Na produção mineira e energética, merecem referência o petróleo e o gás natural, embora o esgotamento das reservas torne insuficiente o abastecimento interno. A indústria, anteriormente baseada na petroquímica, tenta diversificar as suas produções e evoluir tecnologicamente. Os principais parceiros comerciais da Roménia são a Alemanha, a Itália, a Rússia e a França.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 3,6.


População
A população era, em 2006, estimada em 22 303 552  habitantes. Corresponde a uma densidade populacional de 94,02 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 10,7%o e 11,77%o. A esperança média de vida é de 71,63 anos. O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,773 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,771 (2001). Estima-se que, em 2025, a população diminua para 20 854 000 habitantes. Os romenos constituem a maioria, com 89% da população da Roménia; a minoria húngara representa 7%. Em termos religiosos, predomina a Igreja Romena Ortodoxa (87%), sendo os católicos 5%, os ortodoxos gregos 3% e outros 5%. O romeno é a língua oficial, contudo as minorias preservam a sua comunidade linguística.

História
A antiga Roma subjugou este território, a então província da Dácia, constituída por povos que habitavam as montanhas dos Cárpatos e a Transilvânia, conduzindo-o à aceitação das suas leis e da sua linguagem própria (o romeno provém do latim). As constantes invasões, entre os séculos VI e XII, por Hunos, Búlgaros, Eslavos e outros invasores levaram ao abandono da Dácia pelos Romanos. No século XI a Transilvânia foi absorvida pelo Império Húngaro. O primeiro estado romeno foi estabelecido na Valáquia, no Sul dos Cárpatos, no século XIV. O segundo estado romeno foi a Moldávia, que foi fundada em 1349, a leste dos Cárpatos, no vale do rio Prut, tornando-se ambos parte do Império Otomano nos séculos XV e XVI.
Ao domínio turco sucedeu-se o domínio russo, entre 1829 e 1856. Os Romenos da Transilvânia continuaram a viver sob o controlo húngaro. O nacionalismo começou a nascer na Roménia no século XIX; surgiram insurreições na Valáquia, na Moldávia e na Transilvânia, que foram suprimidas pelos Otomanos e pelos Russos. Depois da Guerra da Crimeia (1853-56), a Valáquia e a Moldávia tornaram-se novamente principados independentes, elegendo um único príncipe e criando de facto o Estado Romeno. O estado uniu-se administrativamente em 1861, mas só foi reconhecido internacionalmente pelo Tratado de Berlim, em 1878, a seguir à Guerra Russo-Turca.
A Roménia participou na Primeira Guerra Mundial com os Aliados, mas as forças do poder central cedo ocuparam Bucareste e a maior parte do país. O território romeno duplicou com a anexação da Transilvânia, da Bukovina e da Bessarábia. A incorporação destes territórios não foi pacífica, por vários fatores, como a convivência, as novas minorias, a depressão económica dos anos trinta, o crescimento de uma política extremista e o surgimento de movimentos fascistas, à semelhança do que acontecia na Alemanha e na Itália. A Roménia fez uma aliança com o governo nazi alemão em 1941. Um total de 500 000 soldados alemães juntaram-se ao exército romeno com o fim de, em conjunto, invadirem a União Soviética. Em 1944 as tropas soviéticas assaltaram a Roménia. Sob esta ocupação, os líderes da direita e o rei abdicaram do poder. Os comunistas romenos adquiriram o controle total do país em 1948; proclamaram uma constituição, baseada na russa, e este país passou a chamar-se República Popular da Roménia.
O Partido Comunista da Roménia, liderado por Nicolae Ceausescu, começou a implementar uma política independente do Estado Soviético, embora usasse a bandeira do socialismo e as mesmas doutrinas económicas, o país era governado pela sua família e a população estava sob o seu autoritarismo, auxiliado pelo terror da polícia secreta. Enquanto o país se afundava em dívidas, a família do ditador desperdiçava a riqueza da nação em monumentos públicos e planos urbanísticos. Em 1989, com a queda do comunismo na Europa, Ceausescu tentou resistir, impondo medidas impopulares. Em dezembro desse ano imergiram manifestações antigovernamentais nas cidades, que tiveram o apoio do exército. O ditador romeno fugiu. Logo a seguir, foi preso e executado pelo novo governo provisório. No decorrer da revolução, um grupo denominado Frente Nacional de Salvação passou a chefiar o governo. Foi adotada em 1991 uma nova constituição. A Roménia dispõe de um sistema multipartidário, onde são garantidos às minorias lugares no parlamento.
Os Romenos deram um importante contributo para as artes e para as letras. O poeta Mikhail Eminescu fundou uma escola de poesia que viria a influenciar os escritores dos séculos XIX e XX. O compositor e violinista Georges Enesco tornou-se o mais conhecido compositor romeno.
O país passou a fazer parte da União Europeia a 1 de janeiro de 2007, doze anos após a solicitação de adesão, efetuada a 22 de junho de 1995.

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Como referenciar
Porto Editora – Roménia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-11 17:33:14]. Disponível em
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