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Ronald David Laing
Psiquiatra escocês, Ronald David Laing nasceu em Glasgow a 7 de outubro de 1927.
Laing estudou Medicina e especializou-se em Psiquiatria. Mais tarde, doutorou-se pela Universidade de Glasgow, no ano de 1951.
Durante a guerra, ao serviço do exército britânico, serviu como psiquiatra. Trabalhou no Royal Medical Hospital de Glasgow e lecionou no departamento de Psicologia Médica da Universidade da mesma cidade até 1956. Dirigiu investigações médicas na Clínica Tavistock de 1956 a 1960, e nesse mesmo ano iniciou a sua colaboração com o Instituto de relações humanas também em Tavistock, lugar que ocupou até 1989, ano em que morreu.
A propósito do seu interesse pela origem e pelas causas da psicose esquizofrénica, escreveu The Divided (1960), onde refere que a insegurança ontológica sugere uma reação depressiva em que o próprio self se divide em várias partes separadas, degenerando-se e causando assim sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia. Foi sempre completamente contra os tratamentos que se usavam na altura para a esquizofrenia, tais como a hospitalização e os choques elétricos. Para Laing, os doentes esquizofrénicos necessitavam da presença e da comunicação com o médico de forma a estabelecer-se uma relação estreita.
Mais tarde desenvolveu uma análise profunda da dinâmica interna dos doentes esquizofrénicos em The Self and Others (1961) e publicou ainda Sanity, Madness and the Family (1965). Este último livro compreende um conjunto de estudos efetuados em pessoas cuja doença mental foi associada e relacionada pelas suas relações com os outros membros da sua família.
Publicou ainda The Politics of the Family (1971) livro considerado muito controverso na altura pela sua abordagem negativa sobre os comportamentos familiares e os seus efeitos nas crianças. Esta posição foi anos depois um pouco alterada pelo próprio Laing.
A expressão política da família foi usada inicialmente por Laing neste seu livro, e significava a ideia de que os pais usam táticas subtis para criar, no meio familiar, respeito em relação a alguns de seus filhos, enquanto promovem o preconceito contra ao demais. Muito do que no tempo de Laing era considerado efeito de experiências abusivas, hoje é dito ser problema de falha genética.
Laing, apresentou algumas ideias sobre as diferenças antagónicas de personalidade, relacionadas com a ordem de nascimento dos filhos. Em três filhos, por exemplo, o primeiro seria o "filho-prodígio", educado para vencer, o segundo seria educado para ser útil e por exemplo o terceiro poderia ser o privilegiado, por lhe ser permitido fazer o que quisesse.
Para ele os instrumentos de que os pais dispõem para aumentar a confiança ou a insegurança de seus filhos é o que realmente conta.
À medida que a mente da criança se desenvolve, a sua perspetiva da vida, do que elas próprias são e do que as outras pessoas são, cristaliza-se no seu subconsciente e leva-a a desenvolver um comportamento que a resguarda dos perigos no seio da sua própria família.
Segundo Laing, na educação dos filhos, os pais estimulam ou negam a realização pessoal da criança fazendo-lhes desconsiderações, injunções, atribuições, uma técnica que, para Laing, tem um efeito decisivo na génese do comportamento do adulto.
O seu livro Wisdom, Madness and Folly: The Making of a Psychiatrist, (1927-1957) publicado em 1985, é uma autobiografia.
Faleceu em 23 de agosto de 1989, quando se encontrava de férias em St. Tropez, França.
Laing estudou Medicina e especializou-se em Psiquiatria. Mais tarde, doutorou-se pela Universidade de Glasgow, no ano de 1951.
Durante a guerra, ao serviço do exército britânico, serviu como psiquiatra. Trabalhou no Royal Medical Hospital de Glasgow e lecionou no departamento de Psicologia Médica da Universidade da mesma cidade até 1956. Dirigiu investigações médicas na Clínica Tavistock de 1956 a 1960, e nesse mesmo ano iniciou a sua colaboração com o Instituto de relações humanas também em Tavistock, lugar que ocupou até 1989, ano em que morreu.
A propósito do seu interesse pela origem e pelas causas da psicose esquizofrénica, escreveu The Divided (1960), onde refere que a insegurança ontológica sugere uma reação depressiva em que o próprio self se divide em várias partes separadas, degenerando-se e causando assim sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia. Foi sempre completamente contra os tratamentos que se usavam na altura para a esquizofrenia, tais como a hospitalização e os choques elétricos. Para Laing, os doentes esquizofrénicos necessitavam da presença e da comunicação com o médico de forma a estabelecer-se uma relação estreita.
Mais tarde desenvolveu uma análise profunda da dinâmica interna dos doentes esquizofrénicos em The Self and Others (1961) e publicou ainda Sanity, Madness and the Family (1965). Este último livro compreende um conjunto de estudos efetuados em pessoas cuja doença mental foi associada e relacionada pelas suas relações com os outros membros da sua família.
Publicou ainda The Politics of the Family (1971) livro considerado muito controverso na altura pela sua abordagem negativa sobre os comportamentos familiares e os seus efeitos nas crianças. Esta posição foi anos depois um pouco alterada pelo próprio Laing.
A expressão política da família foi usada inicialmente por Laing neste seu livro, e significava a ideia de que os pais usam táticas subtis para criar, no meio familiar, respeito em relação a alguns de seus filhos, enquanto promovem o preconceito contra ao demais. Muito do que no tempo de Laing era considerado efeito de experiências abusivas, hoje é dito ser problema de falha genética.
Laing, apresentou algumas ideias sobre as diferenças antagónicas de personalidade, relacionadas com a ordem de nascimento dos filhos. Em três filhos, por exemplo, o primeiro seria o "filho-prodígio", educado para vencer, o segundo seria educado para ser útil e por exemplo o terceiro poderia ser o privilegiado, por lhe ser permitido fazer o que quisesse.
Para ele os instrumentos de que os pais dispõem para aumentar a confiança ou a insegurança de seus filhos é o que realmente conta.
À medida que a mente da criança se desenvolve, a sua perspetiva da vida, do que elas próprias são e do que as outras pessoas são, cristaliza-se no seu subconsciente e leva-a a desenvolver um comportamento que a resguarda dos perigos no seio da sua própria família.
Segundo Laing, na educação dos filhos, os pais estimulam ou negam a realização pessoal da criança fazendo-lhes desconsiderações, injunções, atribuições, uma técnica que, para Laing, tem um efeito decisivo na génese do comportamento do adulto.
O seu livro Wisdom, Madness and Folly: The Making of a Psychiatrist, (1927-1957) publicado em 1985, é uma autobiografia.
Faleceu em 23 de agosto de 1989, quando se encontrava de férias em St. Tropez, França.
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Como referenciar
Porto Editora – Ronald David Laing na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-11-08 20:48:15]. Disponível em
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