S. Eusébio

Papa provavelmente natural da Magna Grécia. Durante o pontificado deste sucessor de São Pedro, viveram-se tempos de extrema dificuldade, uma vez que era necessário superar as consequências nefastas das perseguições empreendidas pelo imperador Diocleciano. Os sucessores deste imperador disputavam entre si o poder e os territórios, e a divisão do Império e as medidas ainda repressivas das autoridades complicavam a vida aos cristãos. Eusébio governou a Igreja entre 18 de agosto de 309 e 21 de outubro de 310, ou de 18 de abril de 309, ou 310, até 17 de agosto de 309, ou 310, segundo o Catálogo Liberiano.
Mais uma vez, devido às perseguições, se colocou o problema daqueles que tinham camuflado a sua pertença à Igreja cristã para escapar a represálias ou mesmo à morte. O papa defendia a sua readmissão, com cumprimento de determinadas penas, enquanto que Heráclio, partidário do Novacionismo (preconizado pelo antipapa Novaciano, que dizia não poderem os lapsi ser admitidos no seio da comunidade cristã após negação da Fé que professavam) preconizava a sua expulsão definitiva. Devido a esta questão, que se exacerbou, foram ambos desterrados para a ilha da Sicília pelo imperador Maxêncio, uma vez que tinham provocado um clima de instabilidade na cidade de Roma com os acesos conflitos sobre este assunto.
O corpo do pontífice Eusébio, que faleceu no exílio, foi levado para Roma no ano de 311, e no dia 26 de setembro inumado na catacumba de São Calisto. O papa Dâmaso mandou colocar um epitáfio na sepultura de Santo Eusébio, outorgando-lhe o título de mártir pelas vicissitudes que foi obrigado a suportar pela defesa da disciplina eclesiástica, sendo esta inscrição (conhecida hoje por reproduções) a maior fonte de informação sobre o citado santo e o seu reinado.
Numa altura posterior, o seu corpo foi transferido para a igreja de São Sebastião Fora de Muros, em Roma.