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Sami-Ali
Psicanalista francês e professor catedrático. De naturalidade egípcia, Sami-Ali não tem influências culturais predominantemente ocidentais, apesar de viver em França, podendo então considerar-se um homem entre duas culturas. É um dos responsáveis por colocar a psicossomática como disciplina científica com autonomia própria. Com raízes de investigação associadas à psicanálise, o seu modelo afasta-se desta e cria um espaço próprio.
Professor na Universidade de Paris VII, onde dirige a Unidade de Investigação em Psicossomática, é também diretor do Centro Internacional de Psicossomática. Desenvolveu uma reflexão muito original, ainda que radical, sobre a psicossomática, por estar em rutura com a sua definição tradicional. Criticou o pensamento somático de Freud e de Groddeck, mas não deixa, por esse facto, de ser considerado um mestre da psicossomática.
Para Sami-Ali, na psicossomática tem de se levar em conta que o mais importante é a própria relação e verificar quais os fatores orgânicos e psíquicos que estão em jogo nessa relação. A ideia fulcral é que tudo é relacional, nada se faz fora da relação. Para ele, existem situações de vida que determinam doenças e torna-se mais importante a situação real da vida da pessoa que o seu funcionamento mental, para o surgimento de uma doença. O seu modelo para se pensar a psicossomática, coloca as relações do individuo e sua subjetividade como elementos fulcrais para o surgimento de uma doença psicossomática. Segundo Sami-Ali, outros aspetos fundamentais na sua abordagem à psicossomática são o sonho, enquanto criação de um mundo subjetivo, o real, enquanto espaço real e tempo real, e o imaginário e as suas correlações positivas e negativas. O imaginário tem uma função enquanto processo invisível pelo qual se constrói a representação a partir da noção de espaço e do tempo. O recalcamento da função do imaginário influencia o início de uma doença. Para Sami-Ali, as pessoas que têm um mundo imaginário mais rico estão mais protegidas de doenças orgânicas.
Publica livros, desde 1970, sobre este assunto, entre os quais se destacam De la projection, desse mesmo ano; L'espace imaginaire, Corps Réel-Corps imaginaire, que aborda as diferentes formas de uma pessoa lidar com o seu corpo, mais numa base real ou numa base imaginária (como é o caso das anoréticas) e a necessidade de construir conceitos interligados e com funções associadas, Le banal, le visuel et le tactile: Essai sur la psychose et l'allergie; Penser le somatique: imaginaire et pathologie, que é o seu primeiro livro editado em versão portuguesa, onde Sami-Ali explicita o seu Modelo Multidimensional de psicossomática e Le corps: l'espace et le temps. Todos estes livros abordam a psicossomática e as diversas doenças que lhes são associadas.
Professor na Universidade de Paris VII, onde dirige a Unidade de Investigação em Psicossomática, é também diretor do Centro Internacional de Psicossomática. Desenvolveu uma reflexão muito original, ainda que radical, sobre a psicossomática, por estar em rutura com a sua definição tradicional. Criticou o pensamento somático de Freud e de Groddeck, mas não deixa, por esse facto, de ser considerado um mestre da psicossomática.
Para Sami-Ali, na psicossomática tem de se levar em conta que o mais importante é a própria relação e verificar quais os fatores orgânicos e psíquicos que estão em jogo nessa relação. A ideia fulcral é que tudo é relacional, nada se faz fora da relação. Para ele, existem situações de vida que determinam doenças e torna-se mais importante a situação real da vida da pessoa que o seu funcionamento mental, para o surgimento de uma doença. O seu modelo para se pensar a psicossomática, coloca as relações do individuo e sua subjetividade como elementos fulcrais para o surgimento de uma doença psicossomática. Segundo Sami-Ali, outros aspetos fundamentais na sua abordagem à psicossomática são o sonho, enquanto criação de um mundo subjetivo, o real, enquanto espaço real e tempo real, e o imaginário e as suas correlações positivas e negativas. O imaginário tem uma função enquanto processo invisível pelo qual se constrói a representação a partir da noção de espaço e do tempo. O recalcamento da função do imaginário influencia o início de uma doença. Para Sami-Ali, as pessoas que têm um mundo imaginário mais rico estão mais protegidas de doenças orgânicas.
Publica livros, desde 1970, sobre este assunto, entre os quais se destacam De la projection, desse mesmo ano; L'espace imaginaire, Corps Réel-Corps imaginaire, que aborda as diferentes formas de uma pessoa lidar com o seu corpo, mais numa base real ou numa base imaginária (como é o caso das anoréticas) e a necessidade de construir conceitos interligados e com funções associadas, Le banal, le visuel et le tactile: Essai sur la psychose et l'allergie; Penser le somatique: imaginaire et pathologie, que é o seu primeiro livro editado em versão portuguesa, onde Sami-Ali explicita o seu Modelo Multidimensional de psicossomática e Le corps: l'espace et le temps. Todos estes livros abordam a psicossomática e as diversas doenças que lhes são associadas.
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Como referenciar
Porto Editora – Sami-Ali na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-13 12:40:10]. Disponível em
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