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Sé Nova de Coimbra
A Sé Nova foi a igreja do maior colégio de Coimbra, dedicado às onze Mil Virgens, pertencente à Companhia de Jesus e cuja construção foi iniciada em 1547. Este foi o primeiro colégio jesuítico em todo o mundo, conhecido pelo seu alto rigor de ensino, por ele passando um vasto número de evangelizadores que espalharam a doutrina cristã nos novos mundos conquistados pelos portugueses - como o conhecido Padre António Vieira. Aquando da extinção da Companhia de Jesus em Portugal, os edifícios foram entregues à Universidade e ao Cabido, que transferiu a catedral da Sé Velha para aqui, corria o ano de 1772. A edificação do templo, que teve a duração de um século, iniciou-se em 1598 e o primeiro culto foi celebrado em 1640.
A fachada é de sóbrio traçado e mostra duas fases de contrução. A parte inferior filia-se no denominado Estilo Chão, com pilastras sobrepostas a ritmar a frontaria, onde se rasgam portas e janelas retangulares ornadas, acima das vergas, por frontões mistilíneos e nichos que albergam as estátuas de Santo Inácio de Loyola, S. Luís Gonzaga, S. Francisco Xavier e S. Francisco de Borja. A parte superior, mais tardia, é rematada por frontão de linhas contracurvadas, coroadas por pináculos e cruz ao centro, sustentado nas extremidades por aletas de enrolamentos em volutas. Todo este conjunto cria um movimento já tipicamente barroco.
No interior, o templo é de ampla nave única com capelas laterais, curto transepto e cúpula no cruzeiro, seguindo o esquema da Igreja de Jesus de Roma - aliás, como era usual na construção de grande parte das igrejas da Companhia de Jesus na época. O interior, de grande sobriedade, é realçado pela ornamentação dos azulejos e da talha dos retábulos. Enquanto os retábulos da ousia e dos topos do transepto se salientam pelas suas dimensões, os das capelas laterais são de excecional qualidade. Destaca-se um que aborda passagens da vida da Virgem, datado de 1670 e da autoria de Manuel Rocha; outro, o de Santo Inácio (agora consagrado a S. Tomás de Vila Nova), ao Estilo Nacional, e um outro, já joanino, dedicado a Nossa Senhora das Neves.
Aquando da transferência do cabido, foi trazido para a capela-mor o cadeiral da velha catedral e ali se colocaram dois órgãos de grandes dimensões, traduzindo já linhas neoclássicas. Logo à entrada, na primeira capela do lado esquerdo, é de mencionar a notável pia batismal manuelina, obra da autoria de Pero e Filipe Henriques, encomendada para a Sé Velha pelo bispo D. Jorge de Almeida.
Outro motivo de interesse neste templo é a sacristia, onde podemos admirar a boa marcenaria dos arcazes e a excelente pintura, com especial destaque para uma tela da autoria do pintor da escola de Valência, Gaspar de la Huerta, representando S. Tomás de Vila Nova.
De particular interesse são também, na nave, as grades, magnífico trabalho de marcenaria em pau preto, os púlpitos com aplicações douradas, os candeeiros flamengos e o guarda-vento, esplendorosamante entalhado.
A fachada é de sóbrio traçado e mostra duas fases de contrução. A parte inferior filia-se no denominado Estilo Chão, com pilastras sobrepostas a ritmar a frontaria, onde se rasgam portas e janelas retangulares ornadas, acima das vergas, por frontões mistilíneos e nichos que albergam as estátuas de Santo Inácio de Loyola, S. Luís Gonzaga, S. Francisco Xavier e S. Francisco de Borja. A parte superior, mais tardia, é rematada por frontão de linhas contracurvadas, coroadas por pináculos e cruz ao centro, sustentado nas extremidades por aletas de enrolamentos em volutas. Todo este conjunto cria um movimento já tipicamente barroco.
Aquando da transferência do cabido, foi trazido para a capela-mor o cadeiral da velha catedral e ali se colocaram dois órgãos de grandes dimensões, traduzindo já linhas neoclássicas. Logo à entrada, na primeira capela do lado esquerdo, é de mencionar a notável pia batismal manuelina, obra da autoria de Pero e Filipe Henriques, encomendada para a Sé Velha pelo bispo D. Jorge de Almeida.
Outro motivo de interesse neste templo é a sacristia, onde podemos admirar a boa marcenaria dos arcazes e a excelente pintura, com especial destaque para uma tela da autoria do pintor da escola de Valência, Gaspar de la Huerta, representando S. Tomás de Vila Nova.
De particular interesse são também, na nave, as grades, magnífico trabalho de marcenaria em pau preto, os púlpitos com aplicações douradas, os candeeiros flamengos e o guarda-vento, esplendorosamante entalhado.
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Como referenciar
Porto Editora – Sé Nova de Coimbra na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-05 02:03:39]. Disponível em
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