sedimentação pelágica
Acumulação de lamas, constituídas por elementos minerais (lamas argilosas) e esqueletos de microrganismos (lamas calcárias), nos mares e oceânos.
O essencial da sedimentação dos mares profundos é constituído por lamas formadas por elementos minerais e esqueletos de microrganismos, onde a fase ativa (coloides orgânicos ou minerais instáveis) está muito fracamente representada.
Com exceção da sedimentação devido às correntes túrbidas, só as partículas em suspensão atingem planícies abissais. Poeiras cósmicas e continentais, cinzas vulcânicas transportadas pelo vento, argilas e coloides provenientes dos rios costeiros e dispersas pelas correntes são exemplos das partículas que atingem os grandes fundos marinhos.
As lamas calcárias são constituídas pelo depósito do esqueleto calcário de organismos planctónicos. Estas lamas não existem nas zonas de depósito terrígenos onde os esqueletos estão dispersos entre as areias e as argilas. Estas lamas também não se sedimentam nas grandes profundidades porque no decurso da sua lenta sedimentação as conchas dissolvem-se. Com efeito, à medida que a temperatura diminui e a pressão aumenta, o teor em dióxido de carbono eleva-se e a dissolução acelera-se. O nível a partir do qual a dissolução aumenta bruscamente denomina-se disoclina. Quando se atinge o valor da dissolução total, diz-se que se atingiu o nível de compensação dos carbonatos. Este nível situa-se no oceano Atlântico a cerca de 5000 m de profundidade e no oceano Pacífico a cerca de 4200 - 4500 m porque apresenta águas mais "envelhecidas" e mais agressivas, e, devido a serem menos oxigenadas, são mais ricas em dióxido de carbono.
Entre as lamas calcárias distinguem-se: as lamas com foraminíferos que são de cor leitosa e frequentes sobretudo no oceano Atlântico; as lamas com nanofósseis calcários compostas essencialmente por cocólitos, mais pequenos que os foraminíferos; as lamas com gasterópodes planctónicos com conchas aragoníticas; as lamas siliciosas constituídas fundamentalmente por frústulas de Diatomáceas e Radiolários. As lamas com diatomáceas predominam nos mares frios enquanto as lamas de Radiolários ocupam uma cintura equatorial, estando bem representadas no oceano Pacífico.
As lamas argilosas são constituídas pela acumulação de minerais de argila de origem continental. São abundantes no Pacífico Norte e na vizinhança da América do Sul.
A grandes profundidades, encontram-se depósitos de argila vermelha dos grandes fundos, sedimento vermelho acastanhado constituído por minerais de argila, de grânulos cósmicos, poeiras vulcânicas e de micronódulos.
Os nódulos polimetálicos que são formados por óxido e sulfuretos de cobre, níquel e manganês têm um peso compreendido entre alguns gramas e uma centena de quilogramas. A sua origem ainda é objeto de discussão. São especialmente abundantes no oceano Pacífico onde ocupam uma área 10 vezes maior que a França no triângulo Marquesas-Hawai-Califórnia.
Outros sedimentos oceânicos que se encontram mais localizados, ou dispersos noutros depósitos, embora não expressos litologicamente, são os sedimentos hidrotermais ao nível dos riftes médio-oceânicos, as poeiras vulcânicas e desérticas arrastadas pelo vento, as poeiras cósmicas e os micrometeoritos que se julga atingirem o peso anual de 30 000 toneladas e os sedimentos glaciomarinhos libertados pela fusão do gelo.
A taxa de sedimentação pelágica é muito variável, geralmente compreendida entre 1 mm e 10 cm por cada 1000 anos. A título de exemplo, a taxa de sedimentação, no período Jurássico, foi em média de 20 a 50 mm por cada 1000 anos (20 a 50 m por milhão de anos) nas plataformas carbonatadas da bacia parisiense.
O essencial da sedimentação dos mares profundos é constituído por lamas formadas por elementos minerais e esqueletos de microrganismos, onde a fase ativa (coloides orgânicos ou minerais instáveis) está muito fracamente representada.
Com exceção da sedimentação devido às correntes túrbidas, só as partículas em suspensão atingem planícies abissais. Poeiras cósmicas e continentais, cinzas vulcânicas transportadas pelo vento, argilas e coloides provenientes dos rios costeiros e dispersas pelas correntes são exemplos das partículas que atingem os grandes fundos marinhos.
As lamas calcárias são constituídas pelo depósito do esqueleto calcário de organismos planctónicos. Estas lamas não existem nas zonas de depósito terrígenos onde os esqueletos estão dispersos entre as areias e as argilas. Estas lamas também não se sedimentam nas grandes profundidades porque no decurso da sua lenta sedimentação as conchas dissolvem-se. Com efeito, à medida que a temperatura diminui e a pressão aumenta, o teor em dióxido de carbono eleva-se e a dissolução acelera-se. O nível a partir do qual a dissolução aumenta bruscamente denomina-se disoclina. Quando se atinge o valor da dissolução total, diz-se que se atingiu o nível de compensação dos carbonatos. Este nível situa-se no oceano Atlântico a cerca de 5000 m de profundidade e no oceano Pacífico a cerca de 4200 - 4500 m porque apresenta águas mais "envelhecidas" e mais agressivas, e, devido a serem menos oxigenadas, são mais ricas em dióxido de carbono.
Entre as lamas calcárias distinguem-se: as lamas com foraminíferos que são de cor leitosa e frequentes sobretudo no oceano Atlântico; as lamas com nanofósseis calcários compostas essencialmente por cocólitos, mais pequenos que os foraminíferos; as lamas com gasterópodes planctónicos com conchas aragoníticas; as lamas siliciosas constituídas fundamentalmente por frústulas de Diatomáceas e Radiolários. As lamas com diatomáceas predominam nos mares frios enquanto as lamas de Radiolários ocupam uma cintura equatorial, estando bem representadas no oceano Pacífico.
As lamas argilosas são constituídas pela acumulação de minerais de argila de origem continental. São abundantes no Pacífico Norte e na vizinhança da América do Sul.
A grandes profundidades, encontram-se depósitos de argila vermelha dos grandes fundos, sedimento vermelho acastanhado constituído por minerais de argila, de grânulos cósmicos, poeiras vulcânicas e de micronódulos.
Os nódulos polimetálicos que são formados por óxido e sulfuretos de cobre, níquel e manganês têm um peso compreendido entre alguns gramas e uma centena de quilogramas. A sua origem ainda é objeto de discussão. São especialmente abundantes no oceano Pacífico onde ocupam uma área 10 vezes maior que a França no triângulo Marquesas-Hawai-Califórnia.
Outros sedimentos oceânicos que se encontram mais localizados, ou dispersos noutros depósitos, embora não expressos litologicamente, são os sedimentos hidrotermais ao nível dos riftes médio-oceânicos, as poeiras vulcânicas e desérticas arrastadas pelo vento, as poeiras cósmicas e os micrometeoritos que se julga atingirem o peso anual de 30 000 toneladas e os sedimentos glaciomarinhos libertados pela fusão do gelo.
A taxa de sedimentação pelágica é muito variável, geralmente compreendida entre 1 mm e 10 cm por cada 1000 anos. A título de exemplo, a taxa de sedimentação, no período Jurássico, foi em média de 20 a 50 mm por cada 1000 anos (20 a 50 m por milhão de anos) nas plataformas carbonatadas da bacia parisiense.
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Porto Editora – sedimentação pelágica na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-20 02:35:17]. Disponível em
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