sedimentos oceânicos
O fundo oceânico, exceto em algumas áreas mais próximas das cristas médio-oceânicas, está coberto por sedimentos. Parte deste material foi depositado por correntes túrbidas e o restante depositou-se lentamente. A espessura desta camada de sedimentos varia grandemente.
Em algumas fossas que atuam como sifão para os sedimentos, as acumulações podem atingir a espessura de 10 Km. Contudo, em geral, as acumulações de sedimentos são bastante menores. No oceano Pacífico sedimentos não compactados atingem a espessura de cerca de 600 metros ou menos, enquanto no oceano Atlântico, a espessura varia entre os 500 e os 1000 metros.
Embora se encontrem depósitos de partículas de diversos tamanhos, a lama ou vasa é o sedimento mais comum que cobre o fundo marinho. As lamas também se encontram no talude e margem continental mas não são facilmente identificadas pois estão misturadas com grandes quantidades de areia.
Os sedimentos oceânicos podem ser classificados, de acordo com a sua origem, em três grandes categorias: sedimentos terrígenos (com origem na terra), sedimentos biogénicos (com origem nos seres vivos) e sedimentos hidrógenos (com origem na água). Embora possam ser estudados separadamente, devemos lembrar-nos que os sedimentos são misturas. Nenhum corpo sedimentar provém unicamente de uma fonte.
Os sedimentos terrígenos são constituídos essencialmente por grãos de minerais, resultantes da erosão das rochas, transportadas para o oceano. As partículas terrígenas, em geral, depositam-se próximo da costa. Como as partículas mais pequenas demoram anos a depositar-se no fundo dos oceanos, podem ser carregadas pelas correntes oceânicas durante centenas de quilómetros. Em consequência, virtualmente, toda a área dos oceanos recebe alguns sedimentos terrígenos.
A taxa a que estes sedimentos se depositam no fundo oceânico é muito lenta. São precisos de 5000 a 50 000 anos para se formar uma camada de 1 centímetro de espessura.
Contudo, nas margens continentais próximo da foz dos grandes rios os sedimentos terrígenos acumulam-se rapidamente. No golfo do México, por exemplo, os sedimentos atingem a espessura de muitos quilómetros.
Se as partículas se mantêm em supensão na água durante muito tempo, há uma enorme possibilidade de ocorrerem reações químicas. Por esta razão, muitas vezes, as cores dos sedimentos dos fundos oceânicos são vermelhas ou castanhas. Esta cor resulta da oxidação do ferro que se transforma num áxido de ferro.
Os sedimentos biogénicos são constituídos por conchas e esqueletos de animais marinhos e de plantas. Estes detritos são produzidos por organismos microscópicos que vivem nas águas iluminadas próximo da superfície oceânica. Caem continuamente como "chuva" nos fundos oceânicos. Os sedimentos biogénicos mais comuns são conhecidos por vasas calcárias e têm a consistência de um lodo fino.
Estes detritos são resultantes de organismos que habitam superfícies de água mais ou menos quente. Quando as porções calcárias atravessam lentamente camadas de água fria, começam a dissolver-se.
Este fenómeno ocorre pelo facto de a água fria do mar conter mais dióxido de carbono e por isso ser mais ácida do que a água a temperatura mais elevada. Em água que atinja a profundidade de 4500 m as conchas calcárias são totalmente dissolvidas antes de atingir o fundo. Consequentemente, as vasas calcárias não se depositam quando a profundidade é grande.
Outros sedimentos biogénicos são constituídos pelas vasas siliciosas. São compostos principalmente por esqueletos de diatomáceas (algas unicelulares) e radiolários (animais unicelulares). Outros sedimentos biogénicos são derivados de ossos, dentes e escamas de peixes e outros organismos marinhos.
Os sedimentos hidrogénicos são constituídos por minerais que cristalizam diretamente na água do mar através de variadas reações químicas. Por exemplo, alguns calcários formam-se quando o carbonato de cálcio precipita diretamente da água. Contudo, muitos calcários têm origem biogénica.
Um tipo de sedimento é importante pelo seu potencial valor económico. São os nódulos de manganésio que são esferas compostas por uma complexa mistura de minerais que se formam muito lentamente nas bacias oceânicas. A sua taxa de formação corresponde a uma das reações mais lentas conhecidas. Podem conter cerca de 20 % de manganésio e ainda quantidades significativas de ferro, cobre, níquel e cobalto.
Em algumas fossas que atuam como sifão para os sedimentos, as acumulações podem atingir a espessura de 10 Km. Contudo, em geral, as acumulações de sedimentos são bastante menores. No oceano Pacífico sedimentos não compactados atingem a espessura de cerca de 600 metros ou menos, enquanto no oceano Atlântico, a espessura varia entre os 500 e os 1000 metros.
Embora se encontrem depósitos de partículas de diversos tamanhos, a lama ou vasa é o sedimento mais comum que cobre o fundo marinho. As lamas também se encontram no talude e margem continental mas não são facilmente identificadas pois estão misturadas com grandes quantidades de areia.
Os sedimentos oceânicos podem ser classificados, de acordo com a sua origem, em três grandes categorias: sedimentos terrígenos (com origem na terra), sedimentos biogénicos (com origem nos seres vivos) e sedimentos hidrógenos (com origem na água). Embora possam ser estudados separadamente, devemos lembrar-nos que os sedimentos são misturas. Nenhum corpo sedimentar provém unicamente de uma fonte.
Os sedimentos terrígenos são constituídos essencialmente por grãos de minerais, resultantes da erosão das rochas, transportadas para o oceano. As partículas terrígenas, em geral, depositam-se próximo da costa. Como as partículas mais pequenas demoram anos a depositar-se no fundo dos oceanos, podem ser carregadas pelas correntes oceânicas durante centenas de quilómetros. Em consequência, virtualmente, toda a área dos oceanos recebe alguns sedimentos terrígenos.
A taxa a que estes sedimentos se depositam no fundo oceânico é muito lenta. São precisos de 5000 a 50 000 anos para se formar uma camada de 1 centímetro de espessura.
Contudo, nas margens continentais próximo da foz dos grandes rios os sedimentos terrígenos acumulam-se rapidamente. No golfo do México, por exemplo, os sedimentos atingem a espessura de muitos quilómetros.
Se as partículas se mantêm em supensão na água durante muito tempo, há uma enorme possibilidade de ocorrerem reações químicas. Por esta razão, muitas vezes, as cores dos sedimentos dos fundos oceânicos são vermelhas ou castanhas. Esta cor resulta da oxidação do ferro que se transforma num áxido de ferro.
Os sedimentos biogénicos são constituídos por conchas e esqueletos de animais marinhos e de plantas. Estes detritos são produzidos por organismos microscópicos que vivem nas águas iluminadas próximo da superfície oceânica. Caem continuamente como "chuva" nos fundos oceânicos. Os sedimentos biogénicos mais comuns são conhecidos por vasas calcárias e têm a consistência de um lodo fino.
Estes detritos são resultantes de organismos que habitam superfícies de água mais ou menos quente. Quando as porções calcárias atravessam lentamente camadas de água fria, começam a dissolver-se.
Este fenómeno ocorre pelo facto de a água fria do mar conter mais dióxido de carbono e por isso ser mais ácida do que a água a temperatura mais elevada. Em água que atinja a profundidade de 4500 m as conchas calcárias são totalmente dissolvidas antes de atingir o fundo. Consequentemente, as vasas calcárias não se depositam quando a profundidade é grande.
Outros sedimentos biogénicos são constituídos pelas vasas siliciosas. São compostos principalmente por esqueletos de diatomáceas (algas unicelulares) e radiolários (animais unicelulares). Outros sedimentos biogénicos são derivados de ossos, dentes e escamas de peixes e outros organismos marinhos.
Os sedimentos hidrogénicos são constituídos por minerais que cristalizam diretamente na água do mar através de variadas reações químicas. Por exemplo, alguns calcários formam-se quando o carbonato de cálcio precipita diretamente da água. Contudo, muitos calcários têm origem biogénica.
Um tipo de sedimento é importante pelo seu potencial valor económico. São os nódulos de manganésio que são esferas compostas por uma complexa mistura de minerais que se formam muito lentamente nas bacias oceânicas. A sua taxa de formação corresponde a uma das reações mais lentas conhecidas. Podem conter cerca de 20 % de manganésio e ainda quantidades significativas de ferro, cobre, níquel e cobalto.
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Como referenciar
Porto Editora – sedimentos oceânicos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-17 23:29:54]. Disponível em
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