Serpa
Aspetos Geográficos
O concelho de Serpa, do distrito de Beja, localiza-se no Alentejo (NUT II), no Baixo Alentejo (NUT III). Ocupa uma área de 1106,5 km2 e abrange sete freguesias: Aldeia Nova de São Bento, Brinches, Pias, Salvador, Santa Maria, Vale de Vargo e Vila Verde de Ficalho.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Vidigueira, a nordeste por Moura, a oeste por Beja e a sul e a sudoeste por Mértola.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 13 768 habitantes.
O natural ou habitante de Serpa denomina-se serpense.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média varia entre os 29 ºC e os 31 ºC. No inverno, as temperaturas são baixas (2 ºC).
A sua morfologia é marcada pelas serras de Guadalupe (279 m), da Charneca
(164 m), da Adiça (522 m) e do Ficalho (522 m).
Nos recursos hídricos, podem referir-se o rio Guadiana, o rio Chança, a ribeira de Liras, a ribeira de Vidigão e a ribeira de Enxoé.
As terras concelhias estão abrangidas pelo Parque Natural do Vale do Guadiana, que tem um elevado interesse faunístico, florístico, geomorfológico, paisagístico e histórico-cultural. Na área deste parque são de realçar outros recursos, como o rio Guadiana, o Pulo do Lobo, o centro histórico de Mértola, a mina de S. Domingos, o Podarão e os moinhos de água e de vento. A área do parque é também denominada "troço médio do vale do Guadiana".
História e Monumentos
Serpa já era povoada antes do domínio dos Romanos, contudo, foram estes que fomentaram o desenvolvimento do concelho, em especial a nível agrícola.
Em 1166 foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, tendo sido perdida por várias vezes.
Foi definitivamente constituída como concelho por D. Dinis, que também mandou reconstruir o seu castelo e cercar Serpa por uma cintura de muralhas, em 1295.
Em 1512 D. Manuel I deu a Serpa um novo foral.
A sua localização, próxima da fronteira espanhola, acarretou graves problemas para o desenvolvimento deste concelho. Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase completamente destruída, nomeadamente a sua fortaleza.
No património arquitetónico, destacam-se a Igreja de São Francisco, do século XVI, e as muralhas de Serpa, tendo a fortaleza sofrido grandes danos com a Guerra da Sucessão de Espanha, mas conservando, contudo, importantes panos de muralhas, sendo de salientar o que é encimado por uma longa arcaria do aqueduto, que conduz a uma nora monumental mourisca.
De referir, ainda, o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, do século XVI, em estilo moçárabe, que apresenta no seu interior uma imagem do século XV de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira de Serpa. Este local é muito frequentado e é habitado por um ermitão.
Por último, salientam-se a Torre do Relógio, do século XVIII, e o Santuário de Nossa Senhora das Pazes, do qual a ermida foi erguida, como símbolo de unidade entre os povos de Ficalho e da vizinha povoação espanhola de Rosal de la Frontera. Este possui um valor artístico pouco relevante, sendo apenas de realçar o conjunto de pedra lavrada que circunda o nicho de Nossa Senhora.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São muitas as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar a festa de Santa Iria, realizada no fim de semana mais próximo de 20 de outubro; a festa de Vales Mortos, que ocorre a 15 de agosto; a festa de S. João, realizada a 24 de junho, e a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, realizada na altura da Páscoa, na qual se efetua uma procissão - no domingo de Páscoa, a imagem dirige-se para a cidade de Serpa, regressando à ermida na terça-feira seguinte. Realçam-se também a festa de Nossa Senhora das Pazes, no segundo domingo de Páscoa, a festa de Santa Luzia e a festa de S. Luís e do Santíssimo Sacramento, que decorre no primeiro fim de semana de setembro.
No artesanato, são típicos os trabalhos de cestaria, os cadeireiros, as miniaturas, o abegão, as cadeiras em buinho e as meias de linha de algodão.
Como personalidade natural do concelho destaca-se Correia da Serra (1750-1823), abade e cientista, responsável pela criação, em 1779, da Academia Real das Ciências de Lisboa.
Economia
Apesar de Serpa ser um centro administrativo, neste concelho predominam as atividades ligadas ao setor primário, seguidas do secundário, com a indústria ligada à olaria e à cerâmica, e só depois as do setor terciário, com algum pequeno comércio e alguns serviços ligados ao turismo.
A elevada percentagem de área agrícola, cerca de 59%, do concelho destina-se aos cultivos de cereais para grão, de prados temporários e de culturas forrageiras, de culturas industriais, de pousio, do olival, de prados e de pastagens permanentes.
A pecuária regista também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, aves e suínos.
Cerca de 3431 ha do território concelhio correspondem a área coberta por floresta.
O concelho de Serpa, do distrito de Beja, localiza-se no Alentejo (NUT II), no Baixo Alentejo (NUT III). Ocupa uma área de 1106,5 km2 e abrange sete freguesias: Aldeia Nova de São Bento, Brinches, Pias, Salvador, Santa Maria, Vale de Vargo e Vila Verde de Ficalho.
O concelho encontra-se limitado a norte pelo concelho de Vidigueira, a nordeste por Moura, a oeste por Beja e a sul e a sudoeste por Mértola.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 13 768 habitantes.
O natural ou habitante de Serpa denomina-se serpense.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média varia entre os 29 ºC e os 31 ºC. No inverno, as temperaturas são baixas (2 ºC).
A sua morfologia é marcada pelas serras de Guadalupe (279 m), da Charneca
(164 m), da Adiça (522 m) e do Ficalho (522 m).
Nos recursos hídricos, podem referir-se o rio Guadiana, o rio Chança, a ribeira de Liras, a ribeira de Vidigão e a ribeira de Enxoé.
As terras concelhias estão abrangidas pelo Parque Natural do Vale do Guadiana, que tem um elevado interesse faunístico, florístico, geomorfológico, paisagístico e histórico-cultural. Na área deste parque são de realçar outros recursos, como o rio Guadiana, o Pulo do Lobo, o centro histórico de Mértola, a mina de S. Domingos, o Podarão e os moinhos de água e de vento. A área do parque é também denominada "troço médio do vale do Guadiana".
História e Monumentos
Serpa já era povoada antes do domínio dos Romanos, contudo, foram estes que fomentaram o desenvolvimento do concelho, em especial a nível agrícola.
Em 1166 foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, tendo sido perdida por várias vezes.
Foi definitivamente constituída como concelho por D. Dinis, que também mandou reconstruir o seu castelo e cercar Serpa por uma cintura de muralhas, em 1295.
Em 1512 D. Manuel I deu a Serpa um novo foral.
A sua localização, próxima da fronteira espanhola, acarretou graves problemas para o desenvolvimento deste concelho. Com as guerras da Restauração, Serpa ficou quase completamente destruída, nomeadamente a sua fortaleza.
No património arquitetónico, destacam-se a Igreja de São Francisco, do século XVI, e as muralhas de Serpa, tendo a fortaleza sofrido grandes danos com a Guerra da Sucessão de Espanha, mas conservando, contudo, importantes panos de muralhas, sendo de salientar o que é encimado por uma longa arcaria do aqueduto, que conduz a uma nora monumental mourisca.
De referir, ainda, o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, do século XVI, em estilo moçárabe, que apresenta no seu interior uma imagem do século XV de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira de Serpa. Este local é muito frequentado e é habitado por um ermitão.
Por último, salientam-se a Torre do Relógio, do século XVIII, e o Santuário de Nossa Senhora das Pazes, do qual a ermida foi erguida, como símbolo de unidade entre os povos de Ficalho e da vizinha povoação espanhola de Rosal de la Frontera. Este possui um valor artístico pouco relevante, sendo apenas de realçar o conjunto de pedra lavrada que circunda o nicho de Nossa Senhora.
São muitas as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar a festa de Santa Iria, realizada no fim de semana mais próximo de 20 de outubro; a festa de Vales Mortos, que ocorre a 15 de agosto; a festa de S. João, realizada a 24 de junho, e a festa de Nossa Senhora de Guadalupe, realizada na altura da Páscoa, na qual se efetua uma procissão - no domingo de Páscoa, a imagem dirige-se para a cidade de Serpa, regressando à ermida na terça-feira seguinte. Realçam-se também a festa de Nossa Senhora das Pazes, no segundo domingo de Páscoa, a festa de Santa Luzia e a festa de S. Luís e do Santíssimo Sacramento, que decorre no primeiro fim de semana de setembro.
No artesanato, são típicos os trabalhos de cestaria, os cadeireiros, as miniaturas, o abegão, as cadeiras em buinho e as meias de linha de algodão.
Como personalidade natural do concelho destaca-se Correia da Serra (1750-1823), abade e cientista, responsável pela criação, em 1779, da Academia Real das Ciências de Lisboa.
Economia
Apesar de Serpa ser um centro administrativo, neste concelho predominam as atividades ligadas ao setor primário, seguidas do secundário, com a indústria ligada à olaria e à cerâmica, e só depois as do setor terciário, com algum pequeno comércio e alguns serviços ligados ao turismo.
A elevada percentagem de área agrícola, cerca de 59%, do concelho destina-se aos cultivos de cereais para grão, de prados temporários e de culturas forrageiras, de culturas industriais, de pousio, do olival, de prados e de pastagens permanentes.
A pecuária regista também alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos, aves e suínos.
Cerca de 3431 ha do território concelhio correspondem a área coberta por floresta.
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Como referenciar
Porto Editora – Serpa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-25 06:20:12]. Disponível em
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