Morro da Pena Ventosa

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Pedra e Sombra

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Carlos de Matos Gomes

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silepse
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Figura de retórica (no grego sýllepsis significa "ação de reunir, de tomar em conjunto") em que se verifica uma ausência de concordância gramatical entre sintagmas mas que é substituída por uma concordância ao nível semântico. Segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, a silepse referia-se originariamente apenas à ausência de concordância de número. Mais tarde passou a aplicar-se também a falta de concordância em género e pessoa. Seguem-se exemplos respetivamente de silepse de número, de género e de pessoa:
Silepse de número:
"- E o povo de Maravalha? Perguntava ele aos canoeiros.
- Estão em S. Miguel."
(José Lins do Rego, Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio: 63)
"Destarte o Mouro, atónito e torvado,
Toma sem tento as armas mui depressa; (...)
O Português o encontra denodado
Pelos peitos as lanças lhe atravessa;
Uns caem meios mortos, e outros vão
A ajuda convocando do Alcorão."
(Camões, Os Lusíadas, III, 50)
Silepse de género:
"Vossa Excelência parece magoado..."
(Carlos Drummond de Andrade, Cadeira de Balanço, Rio de Janeiro: José Olympio: 119)
Silepse de pessoa:
"Sós os quatro velhos – o desembargador com os três – fazíamos planos futuros."
(Machado de Assis, 1959, Obra Completa. Rio de Janeiro: Aguilar: I, 1.126)
A silpese é também considerada uma anomalia formal, como se pode verificar no exemplo seguinte:
Incorreto: "a maior parte deles foram" - Correto: "a maior parte deles foi"
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Como referenciar
Porto Editora – silepse na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 04:09:33]. Disponível em

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