Silvana Mangano
Silvana Mangano nasceu em Roma, a 21 de abril de 1930, e morreu em Madrid, a 16 de dezembro de 1989, vítima de cancro.
Filha de mãe inglesa e de pai italiano, a carreira de Silvana começou em 1945 quando decidiu enveredar pela carreira de manequim. Numa peça teatral em que entrava como dançarina, conheceu Marcello Mastroianni com quem teve um breve relacionamento amoroso. Foi através de Mastroianni que se estreou cinematograficamente com uma pequena figuração no filme francês Le Jugement Dernier (1945). Em 1947, participou no concurso de beleza Miss Itália tendo ficado em segundo lugar num certame vencido pela futura cantora e atriz Lucia Bose e que contou também com a participação de Gina Lollobrigida.
O produtor Dino De Laurentiis reparou no seu potencial e convenceu-a a assinar um contrato cinematográfico. Foi o realizador Giuseppe de Santis quem a lançou para o estrelato ao explorar toda a sua sensualidade em Riso Amaro (Arroz Amargo, 1948), um dos títulos emblemáticos do cinema neorrealista italiano e que fez de Mangano uma atriz conhecida a nível internacional.
Em 1951, casou-se com De Laurentiis e continuou a filmar títulos de sucesso: Anna (1951), L' Oro di Napoli (O Ouro de Nápoles, 1954) e Ulisse (Ulisses, 1954). Mambo (1954) foi o seu primeiro filme rodado em Hollywood: realizado por Robert Rossen, retratou um triângulo amoroso em Veneza entre uma jovem vendedora, um jogador sem escrúpulos e um conde moribundo. Apesar da aposta dos produtores, Mangano não foi tão bem aceite pelo público americano como o foram Anna Magnani e Sophia Loren.
Decido a tornar a esposa numa estrela em Hollywood, De Laurentiis voltou à carga com This Angry Age (1958), tendo chamado Anthony Perkins e Alida Valli para compôr o elenco, mas o filme falharia em termos comerciais. Já Barabbas (Barrabás, 1961), onde trabalhou ao lado de Anthony Quinn e de Ernest Borgnine, teve melhores resultados, mas a atriz decidiu voltar à Itália para se dedicar aos seus dois filhos.
Nesse período e após algumas comédias de duvidosa qualidade, recebeu um convite para trabalhar com Pier Paolo Pasolini: Edipo Re (Édipo-Rei, 1967), apesar de martirizado pela crítica especializada assistiu ao amadurecimento de Silvana como atriz através da sua portentosa interpretação de Jocasta. Voltou a trabalhar com Pasolini em Teorema (1968) e Il Decameron (Decameron, 1970).
Em 1971, assinou uma inesquecível interpretação em Morte a Venezia (Morte em Veneza, 1971) de Luchino Visconti. Em 1981, anunciou a sua retirada do cinema por estar traumatizada com a morte do seu filho Federico num acidente de aviação no Alaska. Persuadida pelo seu marido, aceitou interpretar um pequeno papel em Dune (Duna, 1984) de David Lynch. A sua última aparição cinematográfica foi feita ao lado de Marcello Mastroianni em Ochi Chyornye (Olhos Negros, 1987).
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