sistema social
Podemos equacionar cada sociedade, adscrita a um território específico, como um conjunto de sistemas sociais que é parte integrante da estrutura que constitui a sociedade global: cada um deles - quer sejam espaços urbanos ou rurais, para usar a clássica dicotomia - é, paradoxalmente, autónomo e dependente dos demais: autónomo, porque tem instituições e meios próprios, produz e desenvolve um conjunto de bens e atividades que o distinguem, tornam-no necessário perante os outros; dependente, porque se "alimenta" de inputs provenientes dos outros sistemas, como, por exemplo, é o caso da população migrante proveniente dos espaços periféricos que fornece força de trabalho ao subsistema produtivo da cidade, ou dos estudantes que, vindos de várias populações mais ou menos distanciadas, alimentam o subsistema escolar das instituições de ensino do espaço urbano, nomeadamente das que não existem ou rareiam nos seus espaços de origem.
Estes inputs, constituindo fatores exógenos ao sistema social urbano, não deixam, por isso, de ter nele uma função ativa, isto é, contribuem para modificar os fatores endógenos, os "equilíbrios" estabelecidos. Por sua vez, cada um dos sistemas fornece um conjunto mais ou menos alargado de outputs, consoante os distintos potenciais existentes (demográfico, económico, cultural, etc.), que lhes permitem, ao mesmo tempo, a sobrevivência e a autonomia e contribuem para que se promovam constantemente as necessárias reestruturações e equilíbrios "ecológicos", isto é, a saída ou a entrada de pessoas nos espaços constitui, nesta perspetiva, um importante mecanismo de equilíbrio social, uma espécie de resposta espontânea às situações de pressão ou de necessidade demográfica, respetivamente. Um sistema social pode, assim, caracterizar-se, não apenas como uma soma das partes que o constituem, mas, sobretudo, pela forma como essas partes em interação se organizam num todo, que é produto de constantes mutações geradas interna e externamente e que lhe asseguram coerência e viabilidade no tempo.
Qualquer dos sistemas referidos, o que fornece elementos ou o que os recebe, não deixa, contudo, de participar, por integração, na sociedade global que, institucional e culturalmente, lhe impõe determinadas "regras" condicionantes ou estruturantes das suas ações.
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