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sociolinguística (sociologia)
Parte da linguística que se dedica ao estudo de todo o contexto social que rodeia as diferentes línguas. Engloba os fatores sociais que fazem aparecer diferenças em cada língua, assim como as utilizações que dela fazem os seus falantes. Esta disciplina tem como objetivo pôr em evidência a covariância das estruturas linguísticas e sociais. Visa o estudo de inúmeras situações, entre outras: os tipos de discursos produzidos, os registos de língua relacionados com o nível sociocultural dos seus utilizadores, os julgamentos normativos sobre a língua, a planificação linguística.
Enquanto a linguística se ocupa dos fenómenos internos da língua, a sociolinguística trata dos fenómenos externos à língua que condicionam a sua existência.
A sociolinguística é uma disciplina relativamente jovem: o termo aparece no século XX, por volta dos anos 60. Todavia, já anteriormente se havia abordado a questão das línguas ligadas ao seu meio social. É o caso dos antropólogos E. Sapir e B. L. Whorf, que consideram que a língua em que se exprime cada comunidade condiciona a sua visão do mundo. Em contrapartida, há linguistas (N. I. Marr) que defendem que são as estruturas sociais que condicionam a evolução da língua.
A sociolinguística conhece um impulso definitivo com o americano W. Labov, que questiona o sentido atribuído ao conceito "competência". Para a linguística, o falante competente é aquele que não viola a norma, remetendo, por conseguinte, para a homogeneidade: falam bem todos os locutores que se exprimem segundo a norma. A sociolinguística, pelo contrário, contempla a heterogeneidade: existem meios alternativos de expressar a mesma ideia. Ou seja, enquanto a linguística defende a unicidade, a sociolinguística aceita a variedade.
Há diversas disciplinas próximas da sociolinguística, sendo, por vezes, difíceis de delimitar os contornos de cada uma, como a sociologia da linguagem e sobretudo a etnolinguística. A diferença mais comum que é estabelecida entre sociolinguística e etnolinguística é que a socio-linguística estuda os fenómenos linguístico-sociais de estruturas complexas, próprios das sociedades civilizadas, e a etnolinguística dedica-se ao estudo das estruturas simples, características das sociedades primitivas.
Enquanto a linguística se ocupa dos fenómenos internos da língua, a sociolinguística trata dos fenómenos externos à língua que condicionam a sua existência.
A sociolinguística é uma disciplina relativamente jovem: o termo aparece no século XX, por volta dos anos 60. Todavia, já anteriormente se havia abordado a questão das línguas ligadas ao seu meio social. É o caso dos antropólogos E. Sapir e B. L. Whorf, que consideram que a língua em que se exprime cada comunidade condiciona a sua visão do mundo. Em contrapartida, há linguistas (N. I. Marr) que defendem que são as estruturas sociais que condicionam a evolução da língua.
A sociolinguística conhece um impulso definitivo com o americano W. Labov, que questiona o sentido atribuído ao conceito "competência". Para a linguística, o falante competente é aquele que não viola a norma, remetendo, por conseguinte, para a homogeneidade: falam bem todos os locutores que se exprimem segundo a norma. A sociolinguística, pelo contrário, contempla a heterogeneidade: existem meios alternativos de expressar a mesma ideia. Ou seja, enquanto a linguística defende a unicidade, a sociolinguística aceita a variedade.
Há diversas disciplinas próximas da sociolinguística, sendo, por vezes, difíceis de delimitar os contornos de cada uma, como a sociologia da linguagem e sobretudo a etnolinguística. A diferença mais comum que é estabelecida entre sociolinguística e etnolinguística é que a socio-linguística estuda os fenómenos linguístico-sociais de estruturas complexas, próprios das sociedades civilizadas, e a etnolinguística dedica-se ao estudo das estruturas simples, características das sociedades primitivas.
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Como referenciar
Porto Editora – sociolinguística (sociologia) na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-20 19:13:20]. Disponível em
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